Cartagena das Índias: diferenças entre revisões

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|id = 285
|região = América Latina e Caribe
|coordenadas = {{Coor dms |latd=10 |latm=2523 |lats=0,040 |latNS=N |longd=75 |longm=3229 |longs=0,003 |longEW=W}}
}}[[Categoria:Patrimônio Mundial da UNESCO na Colômbia]]
'''Cartagena das Índias''' ou '''Cartagena''' localiza-se, sendo a capital, no [[Bolívar|Departamento de Bolívar]], [[Colômbia]]. É a quinta maior cidade do país, e a segunda maior da região, depois de [[Barranquilla]], e sua [[região metropolitana]] é a quinta maior concentração urbana da Colômbia. Suas mais significantes atividades econômicas são os complexos marítimos, pesqueiros, petroquímicos e o turístico.
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O progresso da sociedade do [[rio Sinú|Sinú]], nos atuais departamentos de [[Córdoba (departamento)|Córdoba]] e [[Sucre (departamento)|Sucre]], ofuscou os primeiros desenvolvimentos ao redor da Baía de Cartagena. Até a colonização espanhola, muitas culturas derivadas das famílias linguísticas de [[Caraíbas (etnia)|Karib]], [[Línguas Malibu|Malibu]] e [[Línguas aruaques|Arawak]] viveram ao longo da costa caribenha da Colômbia. No final da era pré-colombiana, a [[Sierra Nevada de Santa Marta]] foi o lar do povo Tayrona, cuja língua estava estreitamente relacionada com a família linguística Chibcha.<ref>"X Cátedra de Historia Ernesto Restrepo Tirado – "El Caribe en la Nación Colombiana" Guerra, Langbaek et al. Ed. Aguilar, Bogotá, 2007. ISBN 958-8250-31-5.</ref><ref>Allaire, Louis (1997). "The Caribs of the Lesser Antilles". In Samuel M. Wilson, ''The Indigenous People of the Caribbean,'' pp. 180–185. Gainesville, Florida: University of Florida. ISBN 0-8130-1531-6.</ref>
Por volta de 1500 d.C, a área foi habitada por diferentes tribos da família línguisticalinguística de Karib, mais precisamente a sub-família Mocanae, incluindo:
 
:*No centro da ilha: Tribo Kalamarí
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:*Na área suburbana de [[Turbaco]]: Tribo Yurbaco
 
Algumas tribos subsidiárias dos Kalamari viveram na região do atual bairro de ''Pie de la Popa'', e outras subsidiárias dos Cospique se estabeleceram nas áreas de ''Membrillal'' e ''Pasacaballos''. Entre essas tribos, de acordo com os últimos documentos disponíveis, os Kalamari tiveram preeminência. No entanto, apesar de física e administrativamente separadas, todas compartilharam uma arquitetura comum, tal como cabanas que contavam com espaços internos circulares e teto alto, rodeadas por madeiras paliçadas[[paliçada]]s defensivas.<ref>[[Lemaitre, Eduardo]]; ''Historia Extensa de Cartagena de Indias,'' Ed. Aguilar 1976. Editada antes do sistema ISBN ser utilizado na Colômbia; sem reedição.</ref>
 
===Primeiros avistamentos por europeus: 1500-1533===
 
As tentativas falhas, feitas por [[Alonso de Ojeda]], de criar [[Santa María la Antiga del Darién|Antiga del Darién]] em [[1506]], além dos subsequentes esforços igualmente mal sucedidos de [[Diego de Nicuesa]] de realizar a fundação de [[San Sebastián de Urabá]] em [[1517]], fizeram com que a costa sul do mar caribenho se tornasse pouco atrativo para os colonizadores europeus. Eles preferiram, ao invés, as já melhor conhecidas [[Ilha de São Domingos|Hispaniola]] e [[Cuba]].<ref>{{cite web|url=http://www.bruceruiz.net/PanamaHistory/diego_de_nicuesa.htm |title=Diego de Nicuesa |publisher=Bruceruiz.net |date=2002-04-22 |accessdate=2010-06-24}}</ref>
 
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===Período Colonial:1533-1717===
 
Cartagena foi um importante porto comercial espanhol durante o período colonial. Era especialmente utilizado para escoar ouro e prata para a [[Império Espanhol|Coroa Espanhola]] por rotas que terminavam nos portos espanhóis de [[Cartagena (Espanha)|Cartagena]], [[Cádiz]] e [[Sevilha]]<ref name="COLAPREND">{{cita web|título=‘Heroica’ independencia|url=http://www.colombiaaprende.edu.co/html/home/1592/article-90211.html}}</ref>. Também foi o maior ponto de comércio de escravos trazidos do continente africano<ref name="colombiaaprende.edu.co">[http://www.colombiaaprende.edu.co/html/home/1592/article-90231.html#h2_1 UNED: Brujas e inquisidores en la América colonial]</ref>. Esses metais preciosos, originários das minas em [[Vice-Reino de Nova Granada|Nova Granada]] e [[Vice-Reino do Peru|Peru]] escoavam para o porto da cidade, e de lá embarcavam para a [[Espanha]], via [[Havana]]. Cartagena era também um ponto comercial de escravos. Juntamente com [[Veracruz (cidade)|Veracruz]], no atual [[México]], era a única cidade autorizada, pela coroa espanhola, a realizar tais negociações nas Américas. Os primeiros escravos ali, foram transportados por [[Pedro de Heredia]] e eram usados como cortadores de cana, mão-de-obra para se abrir estradas e construir prédios e fortalezas e, também, para destruir tumbas da população aborígene do Sinú. Os agentes das portuguesas Companhia de Cacheu, Rios e Comércio da Guiné e, mais tarde, da [[Companhia de Cacheu e Cabo Verde]] venderam escravos para Cartagena, os quais seriam usados para trabalhar em minas na [[Venezuela]], nas Antilhas Espanholas, na [[Vice-Reino de Nova Granada|Nova Granada]] e no [[Vice-Reino do Peru|Peru]].
 
O primeiro espanhol a chegar no que hoje é Cartagena das Índias foi [[Rodrigo de Bastidas]], que havia participado da segunda viagem de [[Cristóvão Colombo]] à [[América]]. Inicialmente, a área foi batizada pelo navegador como "Golfo de Barú".<ref name="Cartcarib">{{cita web|título=Rodrigo de Bastidas descubre la Bahía de Cartagena|url=http://cartagenacaribe.com/historia/colonia/bahia.htm|idioma=Español}}</ref>. No entanto, em [[1503]], o [[cosmógrafo]] [[Cantábria|cântabro]] [[Juan de la Cosa]], mais tarde, pediu à Rainha [[Isabel I de Castela|Isabel, a Católica]] que trocasse o nome da região para "Baía de Cartagena", devido a semelhança com a baía de Cartagena de Levante na [[Espanha]].<ref name="Cartcarib" />.
 
A cidade foi fundada em [[1 de junho]] de [[1533]], pelo comandante espanhol [[Pedro de Heredia]], onde antigamente se encontrava uma vila da tribo indígena Calamarí. Rapidamente, Heredia prosseguiu em nomear o Cabildo e traçar as linhas da cidade. Em [[1538]], a Coroa autorizou a divisão dos índios entre os vizinhos, e taxou os tributos. Cartagena se converteria, nessa época, em uma sociedade colonial de [[Encomienda|encomenderos]]. O porto da cidade foi ganhando importância graças a sua baía protegida pelos militares espanhóis, à construção de fortes e muralhas e à sua proximidade com a [[Cidade do Panamá]], outro porto espanhol importante. Nos anos seguintes, Heredia seria preso por crimes contra o povo Sinú e, mais tarde, condenado a morte. Ao contrário do que se pensa, a Coroa velava pelos direitos humanos segundo as "[[Leis das Índias]]". Apesar de ter escapado para a Espanha, Heredia morreria durante o naufrágio de seu navio.
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[[File:El Madrileño Pedro de Heredia.JPG|thumb|right|200px|[[Pedro de Heredia]] fundou Cartagena no ano de 1533.]]
 
Em [[5 de fevereiro]] de [[1610]], foi estabelecido o [[Inquisição espanhola|Tribunal do Santo Ofício da Inquisição]], em Cartagena, através de um decreto emitido pelo rei [[Filipe II de Espanha|Filipe II]].<ref name="colombiaaprende.edu.co" />. O Palácio da Inquisição, de arquitetura colonial, concluído em 1770, ainda preserva sua fachada original. Quando Cartagena declarou sua independência da [[Espanha]], em [[11 de novembro]] de [[1811]], os inquisidores foram intimados a deixar a cidade. A Inquisição voltaria, depois da Reconquista, em [[1815]], mas acabaria por desaparecer completamente, seis anos depois, após a derrota espanhola, forçada por tropas lideradas por [[Simón Bolívar]].
 
Com a fama de esbanjar grande riqueza e prosperidade, transformou-se em um local de pilhagem atraente para [[pirata]]s e [[corsário]]s. Por isso, o Rei [[Filipe II de Espanha|Filipe II]] encomendou ao marechal de campo [[Luis de Tejada]] e ao engenheiro militar italiano [[Bautista Antonelli]] 11onze [[km]]quilômetros de muralhas e fortes que serviriam de defesa para a cidade entre os séculos [[Século XVII|séculos XVII]] e [[Século XVIII|XVIII]]. A fortificação é considerada a mais completa da [[América do Sul]] e foi terminada em [[1796]] pelo engenheiro espanhol [[Antonio de Arévalo]]. Este projeto incluía, dentre outros, a construção o [[Castelo de San Felipe de Barajas]], nomeado em homenagem ao rei espanhol [[Filipe IV de Espanha|Felipe IV]]. O castelo foi construído durante o mandato do Governador [[Pedro Zapata de Mendoza]], Marquês de Barajas, e serviu para repelir ataques terrestres. Ele é equipado com guaritas, possui edificações para armazenamento de alimentos e armas, além de conter túneis subterrâneos que fazem ligações do castelo com as fortificações. O forte original foi construído entre [[1639]] e [[1657]], no topo do monte San Lazaro. Em [[1762]], uma extensiva expansão foi realizada, e o resultado final é o atual complexo, no centro histórico de Cartagena.
 
O ataque a Cartagena, também conhecida como [[Expedição de Cartagena]], ocorrido em 1697, realizado por [[Jean Baptiste Ducasse]] e pelo Baron de Pointis, foi uma invasão motivada por fins políticos. Na ausência de um sucessor do sexo masculino para o trono espanhol dos [[Casa de Habsburgo|Habsburgos]], o rei francês [[Luís XIV]] queria que seu neto, [[Filipe V de Espanha|Felipe V]], tivesse direito à sucessão, e conquistar Cartagena poderia ajudá-lo significativamente. O objetivo político por trás da invasão foi prejudicado por Ducasse, governador de ''[[Saint-Domingue]]''- hoje [[Haiti]]-, que tinha planos de roubar a cidade. A entrada para o local foi dificultada pelos, até então, recém terminados projetos de amuralhamento, o que fez a invasão terminar altamente custosa para seus realizadores. Ducasse permaneceu apenas alguns meses na cidade, mas deixou grande destruição, inclusive em igrejas e locais sagrados, desonrando uma promessa feita ao Baron.
 
===Período Vice-Reinal: 1717-1810===
Apesar de o [[século XVIII]] ter começado com muitos problemas para a cidade, aos poucos a conjuntura apresentaria melhoras. As políticas econômicas favoráveis ao comércio, após a subida ao trono de uma nova dinastia em [[Madri]], bem como o estabelecimento do [[Vice-Reino de Nova Granada]], em [[1717]], colocaram Cartagena como uma das cidades mais beneficiadas da Colônia. Durante este novo período, a cidade se tornaria a mais povoada do Vice-reino, passando a marca de 18.000{{fmtn|18000}} habitantes.
 
A reconstrução após o Ataque a Cartagena (1697) foi inicialmente devagar, mas com o fim da [[Guerra da Sucessão Espanhola]], por volta de 1711, e a administração competente de Juan Díaz de Torrezar Pimienta, as muralhas foram reconstruídas, os fortes reorganizados e restaurados, bem como serviços públicos e prédios reabertos à população. Por volta de [[1710]], a cidade estava completamente recuperada. Ao mesmo tempo, as reformas nas políticas restritivas de comércio do [[Império Espanhol]] encorajaram o estabelecimento de novas casas comerciais e projetos privados. Durante o governo de [[Filipe V de Espanha|Filipe V]], a cidade teve muitos projetos públicos em construção, entre eles o Forte de San Fernando, o Hospital da Obra Pía e a pavimentação de todas as ruas, bem como a abertura de novas estradas.
 
Em [[13 de Março]] de [[1741]], a cidade sofreu um novo ataque de grande escala, liderado por tropas coloniais britânicas e norte-americanas, subordinadas ao almirante [[Edward Vernon]] (1648-1757). Os atacantes chegaram a Cartagena com uma frota massiva de 186 navios e 23.600{{fmtn|23600} homens, incluindo 12 mil{{fmtn|12000}} de infantaria. Contra eles, estavam 6 navios espanhóis e menos de 3 mil{{fmtn|3000}} homens. Esta ação ficou conhecida como [[Sítio de Cartagena de Índias]], que fez parte da [[Guerra da Orelha de Jenkins]]. O cerco foi interrompido devido ao início da estação chuvosa tropical, depois de semanas de intenso combate, em que os grupos de desembarque britânicos foram repelidos com sucesso pelas forças espanholas e indígenas, essas lideradas pelo comandante General [[Blas de Lezo]], morto na batalha. A batalha foi um absoluto desastre para as forças inglesas, e representou uma perda significativa para suas tropas (estima-se que as baixas girem em torno de 8.000{{fmtn|8000}} e 11.000{{fmtn|11000}} homens).
 
A vitória aumentou o controle espanhol sob as águas caribenhas, o que ajudou a garantir a segurança de seu grande Império até o [[século XIX]]. O Almirante Vernon foi acompanhado em sua retirada pelas tropas coloniais norte-americanas, que incluíam o irmão de [[George Washington]], [[Lawrence Washington]], que ficou tão impressionado com Vernon que nomeou sua propriedade de [[Mount Vernon]] em homenagem a ele.
 
===Idade de prata: 1750-1808===
 
O período pós-Vernon ficou conhecido como "Idade de prata" da cidade. Nele, houve uma expansão dos edifícios existentes, uma imigração em massa originada de várias cidades do Vice-reino, e um aumento do poder político-econômico da cidade.
 
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===1808-Século XX===
 
Em [[11 de Novembro]] de [[1811]], a cidade declarou sua independência, após estar sob o domínio espanhol por mais de 275 anos. Havia sido a maior cidade do Vice-reino da Nova Granada até 1811, até que a [[Guerra Peninsular]], que acabaria por se converter em [[Guerras de Independência|Independência da América Espanhola]], e a [[Revolta dos Comuneros]], marcou um declínio dramático em todos os aspectos para a cidade que havia se convertido na capital virtual da Nova Granada. Em decorrência disso, ela foi quase totalmente destruída e viu seus antigos palácios e edifícios públicos virarem ruínas. Nenhum censo existe para a época, mas há relatos de como Cartagena se converteu em praticamente uma cidade fantasma, salvo pelos cerca de 500 escravos libertos que ali passaram a viver.
 
Em meados de 1815, uma grande frota expedicionária espanhola, sob comando de [[Pablo Morillo]], havia chegado a Nova Granada e forçou um sítio contra os insurgentes. Depois de cinco meses de resistência, e baixo fome e doenças, a cidade se rendeu em dezembro de 1815. Como consequência deste episódio, Cartagena receberia o titulo de "Cidade Heróica". No ano seguinte, os esforços combinados das tropas espanholas e coloniais, marchando ao sul desde Cartagena e ao norte desde redutos monarquistas em [[Quito]], [[Pasto (Colômbia)|Pasto]] e [[Popayán]], completaram a reconquista de Nova Granada, tomando [[Bogotá]], em [[6 de maio]] de [[1816]].
 
Em 1821, o General ''Mariano Montilla''<ref>https://es.wikipedia.org/wiki/Mariano_Montilla</ref> realizou outro cerco a Cartagena, com o objetivo de expulsar as tropas monarquistas da cidade. Assistido por forças navais sob o comando de [[José Prudencio Padilla]], a cidade se entregaria em [[1 de outubro]] de [[1821]], após 159 dias. Entre os que se renderam estavam o Brigadeiro Gabriel Torres, comandante das forças monarquistas. Os patriotas capturaram grandes quantidades de pólvora, chumbo, espingardas e peças de campo.
 
Cartagena foi a última cidade na Colômbia a ser libertada do governo hispânico. Tantos cercos e a guerra de independência fariam com que a cidade se convertesse em fantasma. Em torno de 500quinhentos escravos libertos viviam na cidade, cujos palácios e edifícios públicos se encontravam em ruínas. Passada a guerra, a recuperação foi lenta, devido às políticas isolacionistas das elites andinas da época e à instabilidade política da região. Somente a partir de 1880 a cidade começaria a se desenvolver. Imigrantes de todas as partes do mundo, principalmente Sírios, Palestinos, Libaneses e Chineses, se estabeleceram na área, neste período.
 
===Século XX-Atualidade===
 
O novo milênio trouxe profundas transformações para a Cartagena, tanto no quesito econômico, como no social, político e cultural. O desenvolvimento industrial e a consolidação de uma elite empresarial, representada por comerciantes, banqueiros e industriais, associados à imigração estrangeira, tornaram possíveis esta nova fase para a cidade.
 
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== Literatura ==
O renomado jornalista e escritor colombiano [[Gabriel García Márquez]], laureado com o [[Prêmio Nobel da Literatura|Prêmio Nobel de Literatura de 1982]], autor do clássico do [[gênero literário]] ''realismo-fantástico'' [[latino-americano]] ''[[Cem Anos de Solidão]]'', de [[1967]], viveu por muitos anos em [[Cartagena]], sendo a cidade inspiração para 2dois de seus livros: ''[[Ninguém Escreve ao Coronel]]'', de [[1961]] e ''[[El amor en los tiempos del cólera]]'' (em ptbr - ''O Amor nos Tempos do Cólera e em pteuropeu - O Amor nos Tempos de Cólera''), de [[1985]].<ref>[http://www.britannica.com/biography/Gabriel-Garcia-Marquez Gabriel García Márquez] {{en}}</ref>.
 
Em [[2015]] foi publicado o [[romance]] ''[[Cartagena (romance)|Cartagena]]'', da uruguaia [[Claudia Amengual]], ambientada na Cartagena das Índias, com ''Gabriel García Márquez'' como personagem.