Messalina: diferenças entre revisões

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== Primeiros anos ==
Messalina era a mais nova - e única menina - dos dois filhos de [[Domícia Lépida, a Jovem]], e seu primo e marido [[Marco Valério Messala Barbato]]<ref>''Prosopographia Imperii Romani'' V 88</ref><ref>[[Suetônio]], ''Vita Claudii'', 26.29</ref>. Sua mãe era a filha mais nova do [[Cônsul (Roma Antiga)|cônsul]] [[Lúcio Domício Enobarbo (cônsul em 16 a.C.)|Lúcio Domício Enobarbo]] com [[Antônia Maior]]. Domício já havia sido casado com a futura imperatriz [[Agripina, a Jovem]], e era o pai biológico do futuro imperador [[Nero]], que era, portanto, primo de Messalina apesar de ser dezessete anos mais velho. As avós de Messalina, [[Cláudia Marcela]] e Antônia Maior eram meio-irmãs. Cláudia, a paterna, era filha da irmã de Augusto, [[Otávia, a Jovem]], e de [[Caio Cláudio Marcelo Menor]]. Antônia, a materna, era a filha mais velha da mesma Otávia com [[Marco Antônio]] e era tia de [[Cláudio]]. Como se pode ver, a família tinha muitos casamentos de parentes próximos.
 
Pouco se sabe sobre a vida de Messalina antes do casamento em 38 com Cláudio, que já tinha por volta de 48 anos de idade. Dois filhos nasceram desta união:
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[[Ficheiro:Messalina.jpg|thumb|left|Retrato de 1881 por [[Peder Severin Krøyer]], no [[Museu de Arte de Gotemburgo]].]]
 
Os historiadores que contam estas histórias, principalmente [[Tácito]] e [[Suetônio]], escreveram por volta de 70 anos depois dos eventos, quando o ambiente era hostil à linhagem imperial de Messalina. A história de Suetônio é majoritariamente alarmismo escandaloso. Tácito alega estar transmitindo ''"o que foi ouvido e escrito pelos mais velhos que eu"'', sem nomear suas fontes, com exceção das memórias de Agripina, a Jovem, que havia conseguido retirar os filhos de Messalina da sucessão imperial e que, portanto, tinha todo interesse em manchar a imagem de sua predecessora<ref> K.A.Hosack, “Can One Believe the Ancient Sources That Describe Messalina?“ [http://digitalcommons.iwu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1158&context=constructing&sei-redir=1&referer=http%3A%2F%2Fwww.google.co.uk%2Furl%3Fsa%3Dt%26rct%3Dj%26q%3Dsuetonius%2520%2520%2522messalina%2522%26source%3Dweb%26cd%3D2%26cad%3Drja%26ved%3D0CDMQFjAB%26url%3Dhttp%253A%252F%252Fdigitalcommons.iwu.edu%252Fcgi%252Fviewcontent.cgi%253Farticle%253D1158%2526context%253Dconstructing%26ei%3DX5LAUYLTL8XxOoGmgLAP%26usg%3DAFQjCNE5A5cIBfPj4ZOuDY_TXta4RV9qlg#search=%22suetonius%20messalina%22 ‘’Constructing the Past’’ 12.1, 2011]</ref>. Já se argumentou que o que se passa por história seria puramente o resultado de sanções políticas que se seguiram à morte de Messalina<ref>Harriet I. Flower, ''The Art of Forgetting: Disgrace and Oblivion in Roman Political Culture'', Uiversity of North Carolina 2011, [http://books.google.co.uk/books?id=JSccdOtgTboC&lpg=PA42-IA3&ots=o4NqY5e0aB&dq=%22The%20sanctions%20against%20the%20memory%20of%20valeria%20messalina%22&pg=PA42-IA3#v=onepage&q=%22The%20sanctions%20against%20the%20memory%20of%20valeria%20messalina%22&f=false pp 182-9]</ref>.
 
As acusações de excessos sexuais, principalmente, eram uma tática já testada e aprovada para manchar a reputação e geralmente era resultado de "hostilidade politicamente motivado"<ref>Thomas A. J. McGinn, ''Prostitution, Sexuality, and the Law in Ancient Rome'', Oxford University 1998 [http://books.google.co.uk/books?id=tYrwh9ZD_6wC&lpg=PA170&dq=Messalina%20Juvenal&pg=PA170#v=onepage&q=Messalina%20Juvenal&f=false p 170]</ref>. Dois relatos foram os principais culpados pela má reputação da imperatriz. Um é a história de uma suposta competição de sexo com uma prostituta no livro X da "[[História Natural (Plínio)|História Natural]]", de [[Plínio, o Velho]], que teria durado 24 horas e que Messalina venceu com um placar de 25 parceiros diferentes<ref>Online translation, [http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A1999.02.0137%3Abook%3D10 X ch.83]</ref>. O poeta [[Juvenal]] apresenta uma descrição igualmente famosa em sua [[:wikt:misógino|misógina]] [[Sátira VI|sexta sátira]] de como a imperatriz costumava trabalhar clandestinamente a noite toda num bordel sob o nome de "Loba"<ref>[http://www.poetryintranslation.com/PITBR/Latin/JuvenalSatires6.htm#_Toc282858857 Poetry in translation, VI.114-135]</ref>. Ele também menciona a história de como ela teria compelido Sílio a se divorciar de sua esposa para casar-se com ela em sua décima sátira<ref> Translation by A. S. Kline, [http://www.poetryintranslation.com/PITBR/Latin/JuvenalSatires10.htm#_Toc284248936 lines 329-336]</ref>.
 
{{Árvore genealógica da Dinastia júlio-claudiana}}