Eduardo I de Inglaterra: diferenças entre revisões

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O corpo de Eduardo foi levado de volta para o sul, ficando na Abadia de Waltham até ser enterrado em 27 de outubro na Abadia de Westminster. Existem poucos registros de seu funeral, porém sabe-se que custou 473 libras.<ref> {{harvnb|Duffy|2003|p=96}} </ref> Sua tumba foi incomum já que consistia apenas de um sarcófago simples feito de mármore, sem nenhuma [[efígie]], provavelmente pela falta de dinheiro no tesouro real após a morte do rei.<ref> {{harvnb|Duffy|2003|pp=96–98}} </ref> Pode ser que o sarcófago fosse normalmente coberto com um rico manto, talvez originalmente cercado por bustos entalhados com imagens religiosas, porém tudo se perdeu.<ref> {{harvnb|Duffy|2003|p=98}} </ref> A Sociedade dos Antiquários abriu a tumba em 1774, descobrindo que o corpo estava bem preservado ao longo de 467 anos, aproveitando a oportunidade para determinar a altura de Eduardo.<ref> {{harvnb|Prestwich|1997|pp=566–567}} </ref> É possível ver até hoje na lateral da tumba traços da inscrição em [[latim]] ''Edwardus Primus Scottorum Malleus hic est, 1308. Pactum Serva'' ("Aqui está Eduardo I, Martelo dos Escoceses, 1308. Mantenha a Promessa"), fazendo referência a sua promessa de vingança contra Roberto de Bruce.<ref> {{harvnb|Duffy|2003|p=97}}; {{harvnb|Morris|2009|p=378}} </ref> Isso fez com que Eduardo recebesse dos historiadores o [[epíteto]] de "Martelo dos Escoceses", que não é de origem contemporânea mas sim adicionado no século XVI pelo abade João Feckenham.<ref> {{harvnb|Duffy|2003|p=97}}; {{harvnb|Prestwich|1997|p=566}} </ref>
 
==Historiografia==
As primeiras histórias de Eduardo nos séculos XVI e XVII se baseavam principalmente na obra de crônicos contemporâneos e semi-contemporâneos e usaram muito pouco dos registros oficiais do período.<ref> {{harvnb|Templeman|1950|pp=16–18}} </ref> Elas se limitavam a comentários gerais sobre sua significância como monarca e repetiam os elogios dos crônicos sobre suas realizações.<ref> {{harvnb|Morris|2009|pp=364–365}}; {{harvnb|Templeman|1950|pp=16–18}} </ref> O advogado sir Edward Coke do século XVII escreveu bastante sobre as legislações de Eduardo, chamando o rei de o "Justiniano Inglês" em homenagem ao renomado legislador bizantino imperador [[Justiniano|Justiniano I]].<ref> {{harvnb|Templeman|1950|p=17}} </ref> Mais tarde no mesmo século, historiadores utilizaram os registros disponíveis para comentar o papel do parlamento sob Eduardo, elaborando comparações entre seu reinado e as disputas políticas do século XVII.<ref> {{harvnb|Templeman|1950|p=18}} </ref> Historiadores do século seguinte estabeleceram uma imagem do rei como um monarca capaz, mesmo que implacável, condicionado pelas circunstâncias de sua época.<ref> {{harvnb|Templeman|1950|pp=21–22}} </ref>
 
== Descendência ==