Abuso sexual de menor: diferenças entre revisões

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[[Abuso infantil]], incluindo o abuso sexual, especialmente abuso crônico de partida em idades precoces, foi encontrado estar relacionado com o desenvolvimento de níveis elevados de sintomas dissociativos, que inclui amnésia com relação as memórias de abuso.<ref name=chu>{{Cite journal|author=Chu JA, Frey LM, Ganzel BL, Matthews JA |title=Memories of childhood abuse: dissociation, amnesia, and corroboration |journal=The American Journal of Psychiatry |volume=156 |issue=5 |pages=749–55 |year=1999 |month=May |pmid=10327909 |url=http://ajp.psychiatryonline.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=10327909}}</ref> Em casos de abuso sexual grave (penetração, vários autores, duração de mais de um ano), os sintomas dissociativos são ainda mais proeminentes.<ref name=draijer>{{Cite journal|author=Draijer N, Langeland W |title=Childhood trauma and perceived parental dysfunction in the etiology of dissociative symptoms in psychiatric inpatients |journal=The American Journal of Psychiatry |volume=156 |issue=3 |pages=379–85 |year=1999 |month=March |pmid=10080552 |doi=10.1016/j.biopsych.2003.08.018}}</ref>
 
BesidesAlém de [[Transtorno dissociativo de identidade]] (TDI) e [[Transtorno de estresse pós-traumático]] (TEPT), crianças vítimas de abuso sexual podepodem apresentar [[Transtorno de Personalidade Limítrofe]] (TPL) e distúrbios alimentares tais como [[bulimia nervosa]].<ref name="Honor2010">{{Cite journal|author=Hornor, G. |title=Child sexual abuse: Consequences and implications |journal=Journal of Pediatric Health Care |volume=24|issue=6 |pages=358–364 |year=2010 |doi=10.1016/j.pedhc.2009.07.003}}</ref>
 
====Fatores de pesquisa====
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====Danos neurológicos====
A pesquisa têm mostrado que o estresse traumático, incluindo o estresse causado pelo abuso sexual, provoca mudanças notáveis ​​no funcionamento do cérebro e e seu desenvolvimento.<ref>Developing Mind, Daniel Siegel, Guilford Press, 1999</ref><ref>{{Cite book|author=Maia Szalavitz; Perry, Bruce |title=The boy who was raised as a dog: and other stories from a child psychiatrist's notebook: what traumatized children can teach us about loss, love and healing |publisher=Basic Books |location=New York |year=2006 |pages= |isbn=0-465-05652-0}}</ref> Vários estudos têm sugerido que o abuso sexual infantil grave pode ter um efeito deletério sobre o desenvolvimento do cérebro. Ito ''et al''. (1998) encontrou "assimetria hemisférica invertida e uma maior coerência no hemisfério esquerdo em indivíduos vítimas de abuso";<ref>{{Cite journal|author=Ito Y, Teicher MH, Glod CA, Ackerman E |title=Preliminary evidence for aberrant cortical development in abused children: a quantitative EEG study |journal=The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences |volume=10 |issue=3 |pages=298–307 |year=1998 |pmid=9706537}}</ref> <!--Teicher et al. (1993) found that an increased likelihood of "ictal temporal lobe epilepsy-like symptoms" in abused subjects;--><ref name="epi">{{Cite journal|author=Teicher MH, Glod CA, Surrey J, Swett C |title=Early childhood abuse and limbic system ratings in adult psychiatric outpatients |journal=The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences |volume=5 |issue=3 |pages=301–6 |year=1993 |pmid=8369640}}</ref> Anderson ''et al'' (2002) registrou [[Relaxação (RMN) | relaxamento transversal]] anormal de tempo no [[vermis cerebelar|''vermis'' cerebelar]] dos adultos abusados ​​sexualmente na infância;<ref>{{Cite journal|author=Anderson CM, Teicher MH, Polcari A, Renshaw PF |title=Abnormal T2 relaxation time in the cerebellar vermis of adults sexually abused in childhood: potential role of the vermis in stress-enhanced risk for drug abuse |journal=Psychoneuroendocrinology |volume=27 |issue=1–2 |pages=231–44 |year=2002 |pmid=11750781 |doi=10.1016/S0306-4530(01)00047-6}}</ref> Teicher ''et al''. (1993) descobriram que o abuso sexual infantil está associado com uma redução da área de [[corpo caloso]], vários estudos têm encontrado uma associação da redução do volume do hipocampo esquerdo com o abuso sexual de crianças;<ref name="scars">{{Cite journal|author=Teicher MH |title=Scars that won't heal: the neurobiology of child abuse |journal=Scientific American |volume=286 |issue=3 |pages=68–75 |year=2002 |month=March |pmid=11857902 |doi=10.1038/scientificamerican0302-68}}</ref> e Ito ''et al''. (1993) encontraram aumento de anormalidades eletrofisiológicas em crianças abusadas sexualmente.<ref>{{Cite journal|author=Ito Y, Teicher MH, Glod CA, Harper D, Magnus E, Gelbard HA |title=Increased prevalence of electrophysiological abnormalities in children with psychological, physical, and sexual abuse |journal=The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences |volume=5 |issue=4 |pages=401–8 |year=1993 |pmid=8286938}}</ref>
 
==Incesto==
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A forma mais frequentemente relatados de incesto é entre pai-filha e padrasto-enteada, com a maioria dos relatórios restantes consistindo de mãe/madrasta e filha/filho.<ref name=Turner>{{Cite book|last=Turner |first=Jeffrey S. |title=Encyclopedia of relationships across the lifespan |publisher=Greenwood Press |location=Westport, Conn |year=1996 |page=92 |isbn=0-313-29576-X}}</ref> O incesto pai-filho é relatado com pouca frequência, no entanto, não se sabe se a real prevalência é menor ou se é sub-relatada por uma margem maior.<ref>{{Cite book|last1=Meyer |first1=Isabel Denholm |last2=Dorais |first2=Michel |title=Don't tell: the sexual abuse of boys |publisher=McGill-Queen's University Press |location=Montreal |year=2002 |page=24 |isbn=0-7735-2261-1}}</ref><ref>{{Cite book|last=Courtois |first=Christine A. |title=Healing the incest wound: adult survivors in therapy |publisher=Norton |location=New York |year=1988 |pages= |isbn=0-393-31356-5}}</ref> Da mesma forma, alguns argumentam que o incesto entre irmãos pode ser tão comum, ou mais comum, que outros tipos de incesto: Goldman e Goldman<ref>{{Cite journal|author=Goldman JD, Padayachi UK |title=The prevalence and nature of child sexual abuse in Queensland, Australia |journal=Child Abuse & Neglect |volume=21 |issue=5 |pages=489–98 |year=1997 |month=May |pmid=9158908 |doi=10.1016/S0145-2134(97)00008-2}}</ref> relatou 57% de incesto entre irmãos; Finkelhor relatou mais de 90%;<ref>Finkelhor, D. (1979). Sexually victimised children. New York: Free Press</ref> enquanto Cawson et ''al''. mostram que o incesto entre irmãos foi relatado duas vezes mais que o incesto perpetrado por pais/padrastos.<ref>{{Cite book|first1=Pat |last1=Cawson |first2=Corinne |last2=Wattam |first3=Sue |last3=Brooker |title=Child Maltreatment in the United Kingdom: A Study of the Prevalence of Child Abuse and Neglect |publisher=National Society for the Prevention of Cruelty to Children |location=London |year=2000 |pages= |isbn=978-1-84228-006-5}}</ref>
 
Prevalência de busoabuso sexual infantil pelos pais é difícil de avaliar devido ao sigilo e privacidade, algumas estimativas indicam que 20 milhões de americanos foram vítimas de incesto dos próprios pais quando crianças.<ref name=Turner />
 
==Tipos==
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==Descoberta do abuso==
As crianças que recebem respostas de apoio após a descoberta apresentaram menos sintomas traumáticos e foram abusadas ​​por um período de tempo mais curto do que as crianças que não receberam apoio.<ref>{{cite journal | doi = 10.1300/J070v09n01_03 | last1 = Gries | first1 = L. | last2 = Goh | first2 = D. | last3 = Andrews | first3 = M. | last4 = Gilbert | first4 = J. | last5 = Praver | first5 = F. | last6 = Stelzer | first6 = D. | year = 2000 | title = Positive reaction to disclosure and recovery from child sexual abuse | url = | journal = Journal of Child Sexual Abuse | volume = 9 | issue = 1| pages = 29–51 }}</ref><ref>{{cite journal | doi = 10.1300/J070v14n02_02 | last1 = Kogan | first1 = S. | year = 2005 | title = The Role of Disclosing Child Sexual Abuse on Adolescent Adjustment and Revictimization | url = | journal = Journal of Child Sexual Abuse | volume = 14 | issue = 2| pages = 25–47 | pmid = 15914409 }}</ref> Em geral, os estudos mostraram que as crianças precisam de apoio e recursos de redução do estresse após a descoberta de abuso sexual.<ref>Arata, C. (1998). To tell or not to tell: Current functioning of child sexual abuse survivors who disclosed their [[victimization]]. ''Child Maltreatment'', 3(1), 63.71.</ref><ref name = "pwmjhq">{{cite journal | last1 = Palmer | first1 = S. | last2 = Brown | first2 = R. | last3 = Rae-Grant | first3 = N. | last4 = Loughlin | first4 = J. M. | year = 1999 | title = Responding to children's disclosure of familial abuse: what survivors tell us | url = | journal = Child Welfare | volume = 2 | issue = 78| pages = 259–282 }}</ref> As reações sociais negativas quanto a descoberta mostraram ser prejudiciais ao bem-estar da vítima.<ref>{{cite journal | doi = 10.1300/J070v12n01_05 | last1 = Ullman | first1 = S.E. | year = 2003 | title = Social reactions to child abuse disclosure: A critical review | url = | journal = Journal of Child Sexual Abuse | volume = 12 | issue = 1| pages = 89–121 | pmid = 16221661 }}</ref> Um estudo relatou que as crianças que receberam uma reação negativa da primeira pessoa a quem relataram o abuso - especialmente um membro próximo da família - tiveram piores escoresregistros como adultos em relação os sintomas gerais de trauma, sintomas de transtorno de estresse pós-traumático e de dissociação.<ref>{{cite journal | doi = 10.1097/00005053-199411000-00004 | last1 = Roesler | first1 = T.A. | year = 1994 | title = Reactions to disclosure of childhood sexual abuse: the effect on adult symptoms | url = | journal = Journal of Nervous and Mental Disease | volume = 182 | issue = 11| pages = 618–624 | pmid = 7964669 }}</ref> Outro estudo descobriu que na maioria dos casos, quando as crianças relatam um abuso, a pessoa a quem relataram não respondeu de forma eficaz, culpou ou rejeitou a criança e mostrou pouca ou nenhuma ação para parar o abuso.<ref name = "pwmjhq"/> A não-validação e as respostas não-favoráveis ​​ao relato por parte da figura de apego primário da criança podem indicar um distúrbio relacional anterior ao abuso sexual, um fator de risco para o abuso que pode continuar e ser também um fator de risco por suas conseqüências psicológicas.<ref>Schechter DS, Brunelli SA, Cunningham N, Brown J, Baca P (2002). Mother-daughter relationships and child sexual abuse: A pilot study of 35 mothers and daughters (ages 1-9 years). Bulletin of the Menninger Clinic, 66(1), 39-60. [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11999103]</ref>
 
==Tratamento==
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A prevalência global de abuso sexual infantil foi estimada em 19,7% para as mulheres e 7,9% para os homens, de acordo com um estudo de 2009 publicado no ''Clinical Psychology Review'' que examinou 65 estudos de 22 países. Usando os dados disponíveis, a maior taxa de prevalência de abuso sexual infantil geograficamente foi encontrado em África (34,4%), principalmente por causa das altas taxas na África do Sul, a Europa apresentou a menor taxa de prevalência (9,2%), América e Ásia tiveram as taxas de prevalência entre 10,1% e 23,9%.<ref>{{cite web|url = http://journalistsresource.org/studies/government/criminal-justice/global-prevalence-child-sexual-abuse/ |title = Prevalence of Child Sexual Abuse in Community and Student Samples: A Meta-Analysis |publisher = Journalist's Resource.org }}</ref> No passado, outros estudos concluíram similarmente que na [[América do Norte]], por exemplo, cerca de 15% a 25% das mulheres e 5% a 15% dos homens foram sexualmente abusados quando eram crianças.<ref name=Whealin>{{Cite web|url=http://www.ptsd.va.gov/public/pages/child-sexual-abuse.asp |title=Child Sexual Abuse |author=Julia Whealin, Ph.D. |publisher=National Center for Post Traumatic Stress Disorder, US Department of Veterans Affairs |date=22/5/2007}} {{en}}</ref><ref name="Finkelhor1994">{{Cite journal|author=Finkelhor D |title=Current information on the scope and nature of child sexual abuse |journal=The Future of Children |volume=4 |issue=2 |pages=31–53 |year=1994 |pmid=7804768 |url=http://www.unh.edu/ccrc/pdf/VS75.pdf |doi=10.2307/1602522 |jstor=1602522}}</ref><!-- Should be specific citations, not homepages <ref>[http://www.unh.edu/ccrc/ Crimes against Children Research Center]</ref><ref>[http://www.unh.edu/frl/ Family Research Laboratory]</ref> --><ref name="Kevin M. Gorey and Donald R. Leslie 1997 pp391–398">{{Cite journal|author=Gorey KM, Leslie DR |title=The prevalence of child sexual abuse: integrative review adjustment for potential response and measurement biases |journal=Child Abuse & Neglect |volume=21 |issue=4 |pages=391–8 |year=1997 |month=April |pmid=9134267 |doi=10.1016/S0145-2134(96)00180-9}}</ref>
 
A maioria dos infratores de abuso sexual são próximos de suas vítimas; cerca de 30% são parentes da criança, na maioria das vezes irmãos, pais, tios ou primos, cerca de 60% são outros conhecidos como "amigos" da família, babás ou vizinhos, estranhos são os infratores em cerca de 10% dos casos de abuso sexual infantil.<ref name=Whealin/> A maioria dos abusos sexuais ea crianças é cometido por homens, os estudos mostram que as mulheres cometem 14% a 40% dos crimes relatados contra meninos e 6% dos crimes relatados contra meninas.<ref name=Whealin/><ref name="Finkelhor1994"/><ref>{{Cite journal|author=Dube SR, Anda RF, Whitfield CL, ''et al.'' |title=Long-term consequences of childhood sexual abuse by gender of victim |journal=American Journal of Preventive Medicine |volume=28 |issue=5 |pages=430–8 |year=2005 |month=June |pmid=15894146 |doi=10.1016/j.amepre.2005.01.015}}</ref> Algumas fontes indicam que a maioria dos infratores que abusam sexualmente de crianças pré-púberes são [[Pedofilia|pedófilos]],<ref name="ames">{{cite journal | doi = 10.1007/BF01541928 | last1 = Ames | first1 = A. | last2 = Houston | first2 = D. A. | year = 1990 | title = Legal, social, and biological definitions of pedophilia | url = http://www.springerlink.com/content/g8g66p6370731x85/ | journal = Archives of Sexual Behavior | volume = 19 | issue = 4| pages = 333–342 | pmid = 2205170 }} {{en}}</ref> mas alguns infratores não cumprem as normas de diagnóstico clínico de pedofilia.<ref name="barbaree-seto">{{Cite book|last= Laws|first=Dr. Richard |coauthors= William T. O'Donohue |year=1997 |title=''Sexual Deviance: Theory, Assessment, and Treatment'' |pages= 175–193 |publisher=Guilford Press |isbn=1-57230-241-0|contribution=H. E.Barbaree, M. C.Seto }} {{en}}</ref><ref name=Oxford>{{Cite book| last1 = Blaney | first1 = Paul H. | last2 = Millon | first2 = Theodore | title = Oxford Textbook of Psychopathology (Oxford Series in Clinical Psychology) |edition= 2nd | year= 2009 | publisher = Oxford University Press, USA | quote = Alguns casos de abuso sexual de crianças, especialmente aquelas que envolvem incesto, são cometidos na ausência de qualquer preferência desviante erótica de idade identificável. | isbn = 0-19-537421-5 | pages = 528}}</ref>
 
==Europa==