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[[Ficheiro:GradskitoranjRijeka.jpg|right|250px|thumb|Torre municipal de Rijeka]]
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'''Rijeka''' (em [[língua italiana|italiano]] e [[língua húngara|húngaro]] ''Fiume''; em [[Língua eslovena|esloveno]] ''Reka'', em [[língua alemã|alemão]] ''Pflaum'') é a terceira maior cidade da [[Croácia]] e principal porto do país. Está localizada no golfo do Carnaro (ou baía de Kvarner), uma reentrância do [[mar Adriático]]. A sua população é de 144.043{{fmtn|144043}} habitantes (censo de 2001), o que a faz a terceira maior cidade da Croácia. A maior parte dos seus habitantes é de origem croata (80,39%, segundo o censo de 2001).
 
Rijeka é a capital do [[condado]] de ''Primorje-Gorski Kotar''. A economia da cidade depende, em grande medida, do transporte marítimo, da construção naval e do turismo.
 
Rijeka é a sede do Teatro Nacional Croata "[[Ivan pl. Zajc]]", construído originalmente em [[1765]], bem como da Universidade de Rijeka, fundada em [[1632]].
 
== História ==
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Com exceção de vestígios de assentamentos [[neolítico]]s, as comunidades mais antigas de que se tem registro no local foram a ''Tarsatica'' celta (atualmente Trsat, hoje parte de Rijeka), numa colina, e a tribo ilíria dos ''Liburni'', no ancoradouro natural, mais abaixo. A cidade manteve esta dupla identidade por muito tempo.
 
No tempo de [[César Augusto|Augusto]], os [[Império Romano|romanos]] reorganizaram Tarsatica como um município na margem direita do Riječina , com o nome de ''Flumen'' (tanto ''Riječina'' quanto ''Flumen'' significam "rio"). Há uma menção a Tarsatica em [[Plínio o Velho|Plínio]] ([[Naturalis Historia|História Natural]] iii.140). Após o século IV, o nome da cidade foi alterado para ''Flumen Sancti Viti'', em homenagem ao seu santo padroeiro. A partir do [[século V]], os [[francos]], os croatas e dos húngaros controlaram, sucessivamente, a cidade, passando esta às mãos dos [[Habsburgos]] austríacos em [[1466]].
 
Constituída como porto franco em [[1723]], Fiume passou de mão em mão pelos territórios [[Habsburgos]] da [[Áustria]], da [[Croácia]] e da [[Hungria]], durante os [[século XVIII|séculos XVIII]] e [[século XIX|XIX]], até ser incorporada ao [[Reino da Hungria]] pela terceira e última vez em [[1870]]. Embora a Croácia gozasse de autonomia constitucional dentro da Hungria, a cidade de Fiume era governada diretamente a partir de [[Budapeste]], sendo o único porto internacional húngaro.
 
A população cresceu rapidamente (de 21.000{{fmtn|21000}} em [[1880]] para 50.000{{fmtn|50000}} em [[1910]]), devido ao desenvolvimento portuário, à expansão do comércio internacional e à conexão da cidade às redes ferroviárias da Áustria e da Hungria ([[1873]]).
 
Com a derrota e dissolução da [[Áustria-Hungria]] dos [[Habsburgos]] ao término da [[Primeira Guerra Mundial]], tanto a [[Reino de Itália (1861–1946)|Itália]] quanto o [[Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos]] (a futura Iugoslávia) reivindicaram a cidade, com base na composição étnica da população.
 
Em seguida a um breve período de ocupação italiana, uma força internacional com tropas francesas, britânicas e norte-americanas foi posicionada na cidade (novembro de [[1918]]), enquanto seu futuro era debatido na Conferência de Paz de Paris, durante o ano de [[1919]].
 
A Itália baseava sua reivindicação no fato de que os italianos constituíam o maior grupo étnico dentro da cidade. O restante da população era, em sua quase totalidade, de origem étnica croata, como também o eram os habitantes da região circunvizinha, inclusive o lugarejo de Sušak. As negociações foram subitamente interrompidas quando a cidade foi tomada em setembro de 1919 por uma milícia de nacionalistas italianos, chefiada pelo escritor [[Gabriele d'Annunzio]], criando-se ali um [[Estado]] chamado "Regência Italiana de Carnaro".
 
Mudanças políticas no governo italiano permitiram à Itália e à [[Iugoslávia]] concluir o [[Tratado de Rapallo]] em novembro de [[1920]], segundo o qual Fiume se tornaria um Estado independente com um regime aceitável a ambas as partes.
 
Uma ocupação italiana em [[1921]] pôs fim ao governo de d'Annunzio. A eleição de uma assembleia constituinte de tendência autonomista não encerrou as controvérsias: a tomada do poder por nacionalistas italianos foi interrompida pela intervenção de um comissário real italiano; um golpe [[fascista]] em março de [[1922]] terminou numa terceira ocupação militar italiana. Sete meses depois, a própria Itália se tornava fascista.
 
O Tratado de Roma (janeiro de [[1924]]) atribuiu Fiume à Itália e Sušak à Iugoslávia, estabelecendo uma administração portuária conjunta. A anexação formal da cidade pela Itália (março de [[1924]]) deu início a vinte anos de governo fascista e a uma política de italianização forçada da população de origem croata, seguidos de vinte meses de ocupação militar alemã.
 
No período final da [[Segunda Guerra Mundial]], as tropas iugoslavas avançaram até [[Trieste]] na sua campanha contra as forças alemãs que ocupavam tanto a Itália quanto a Iugoslávia. Fiume tornou-se finalmente a cidade croata (e, até [[1991]], iugoslava) de Rijeka, situação formalizada pelo Tratado de Paz de Paris concluído entre a Itália e os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]] em fevereiro de [[1947]].
 
Com a mudança de soberania, a maior parte da população de origem italiana foi expulsa, durante o chamado [[êxodo istriano]], ou foi vítima dos [[partisans iugoslavos]] de [[Josip Broz Tito|Tito]], em episódios de [[genocídio]] e [[limpeza étnica]], dentre os quais se destaca o [[massacre das foibe|massacre das ''foibe'']] ('fossas' em [[friulano]]), também conhecido simplesmente como [[Foibe]]. <ref>Vocabolario Treccani: [http://www.treccani.it/vocabolario/foiba/ foiba]</ref><ref name="Study">(em [[língua italiana|italiano]] e em [[língua croata|croata]]) [http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http%3A%2F%2Fwww.archivi.beniculturali.it%2FDGA-free%2FSussidi%2FSussidi_12.pdf ''Le vittime di nazionalita italiana a Fiume e dintorni (1943-1947)'' / ''Žrtve talijanske nacionalnosti u Rijeci i okolici (1939.-1947.)''] - Società di Studi Fiumana, Rome / Hrvatski Institut za Povijest, Zagreb, Rome 2002 {{ISBN|88-7125-239-X}} : Tablica ubijenima od 2. svibnja 1945. do 31. prosinca 1947 : « Statistički podaci », stranice 206 i 207] {{pdf}}.</ref><ref>{{it}} [http://www.storiadelmondo.com/3/micich.esodo.pdf L’esodo dall’Istria, Fiume e Zara]. Por Marino Micich.</ref>
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==Ligações externas==
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