Plano da ONU para a partilha da Palestina de 1947: diferenças entre revisões

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== História ==
Pouco depois do fim da [[Segunda Guerra Mundial]], em maio de [[1947]], a [[ONU]], a pedido do [[Reino Unido]], criou o [[UNSCOP]] (''United Nations Special Committee on Palestine''), para elaborar o plano de partição da área do [[Mandato Britânico da Palestina]]. O plano consistia na [[partição (política)|partição]] da banda ocidental do território em dois [[Estado]]s - um [[judeu]] e outro árabe -, ficando as áreas de [[Jerusalém]] e Belém sob controlo internacional. 53% do território seriam atribuídos aos 700 mil judeus, e 47% aos 1 milhão e 400 mil árabes sendo desses 900 mil que imigraram durante o inicio do seculoséculo XX e 500 mil viviam no local (antes desse acontecimento, judeus provenientes da europaEuropa ocidentalOcidental e do norte da africaÁfrica também já haviam imigrado a [[Palestina]] se juntando a outros poucos milhares de judeus que viviam historicamente ali , anteriormente aà publicação dos [[Livros Brancos]], e comprado 65% das terras daquela região, do antigo mandato Turcoturco-Otomanootomano, por isso essa proporção de terras).
 
Em 1917, o governo britânico, através da [[Declaração Balfour]] (uma carta de [[Arthur Balfour]], secretário [[britânico]] dos Assuntos Estrangeiros, ao [[Barão Rothschild]], líder da comunidade judaica do [[Reino Unido]]), manifestou seu apoio ao plano [[sionista]] de colonizar a Palestina e lá estabelecer o "lar nacional judeu". Poucos anos depois, em [[1922]], a [[Liga das Nações]] aprovou o [[Mandato Britânico da Palestina]]. O mandato previa que a mandatária se responsabilizaria por colocar em prática a Declaração Balfour, isto é, favorecer o estabelecimento, na Palestina, de um lar nacional para povo judeu.
<ref>[http://periodicos.bce.unb.br/index.php/MED/article/view/767 Responsabilidade sistêmica e o conflito no Oriente Médio]. Por Thiago Gehre Galvão. ''Boletim Meridiano'' v. 10, n° 102 (2009)</ref>
 
Após a [[Segunda Guerra Mundial]], a criação do lar nacional judeu passou a ser vista pela opinião pública como uma forma de reparação pelo [[Holocausto]]. Em julho de 1947, forças britânicas interceptaram o navio posteriormente denominado "Exodus 1947", que levava ilegalmente 4.500 refugiados judeus para a área do Mandato, violando as restrições à imigração judia, estabelecidas pelo chamado [[Livro Branco de 1939]]. A viagem fora custeada por um grupo de judeus [[EUA|americanos]]. O caso obteve grande repercussão na mídia, provocando comoção internacional e fortalecendo a posição das organizações [[sionista]]s, que lutavam pela criação de um Estado judeu.<ref>[http://www.exodus1947.com/synopsis.php ''Êxodus 1947''] (sinopse do documentário).</ref>
 
Assim, poucos meses depois, na sessão de 29 de Novembro de 1947 - presidida pelo [[brasil]]eiro [[Oswaldo Aranha]] -, quando 56 dos 57 países membros se encontravam representados, 33 deles votaram favor do Plano, 13 votaram contra e 10 se abstiveram. Apenas a [[Tailândia]] esteve ausente. Os países da [[Liga Árabe]] ([[Egito]], [[Síria]], [[Líbano]] e [[Jordânia]]) manifestaram-se abertamente contrários à proposta e não reconheceram o novo Estado.<ref>[http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-24052002-163759/ Gomes, Aura R. - ''A Questão da Palestina e a Fundação de Israel'' (tese). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo, 2001.]</ref>
 
A [[Agência Judaica]] aceitou a resolução, embora não tivesse ficado satisfeita com as soluções propostas para as restrições à imigração judia da Europa e os limites territoriais do futuro estado judeu (menores que os 65% adquiridos). Já os árabes palestinos, assim como os [[Estados Árabes]], não aceitaram o Plano, pois consideraram que a proposta contrariava a [[Carta das Nações Unidas]], segundo a qual cada povo tem o direito de decidir seu próprio destino, e declararam sua oposição a qualquer plano que propusesse a separação, segregação ou divisão do seu país ou que atribuísse direitos ou estatuto especiais e preferenciais a uma minoria.<ref>[http://www.un.org/spanish/Depts/dpi/palestine/index.html La cuestión de Palestina]. Capítulo 2. [http://www.un.org/spanish/Depts/dpi/palestine/ch2.pdfEl Plan de Partición y la terminación del Mandato Británico]. Departamento de Informação Pública das Nações Unidas - DIP/2276. Março de 2003.</ref>
 
Meses depois, em [[14 de maio]] de [[1948]], poucas horas antes de se extinguir o [[Mandato Britânico]] e já em meio a uma [[Guerra Civil na Palestina 1947-1948|guerra civil entre árabes e judeus]], foi declarada a [[Declaração de Independência do Estado de Israel|Independência do Estado de Israel]], no dia [[14 de maio]] de [[1948]]. Os Estados árabes reagiram imediatamente.
 
Começava ali a [[Guerra árabe-israelense de 1948|primeira guerra árabe-israelense]].
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