Filipa de Lencastre: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Desfeita(s) uma ou mais edições de 89.154.10.122, com Reversão e avisos.
Não se justifica ter as datas completas quando a descendência é biografada, mas nos casos em que não é, o único local onde pode figurar é o verbete dos pais.
Linha 56:
Os nomes dos filhos homenageavam tanto membros da família de D. João I quanto de D. Filipa, o que mostra o respeito dos reis pelos seus [[Antepassado|antepassados]].{{harvref|Oliveira|2010|p=411}}
 
Do seu casamento, nasceram:
* [[Branca de Portugal (1388-)|Branca de Portugal]] (13 de julho de 1388 – 6 de março de 1389), morreu jovem, antes de completar um ano de idade. O seu nome honrava a mãe de D. Filipa, [[Branca de Lencastre]].{{harvref|name=filhos|Oliveira|2010|p=406-412}}
* [[Afonso de Portugal (1390)|Afonso de Portugal]] (1390-1400), morreu jovem. Recebeu o mesmo nome que [[Afonso I de Portugal|D.&nbsp;Afonso&nbsp;I]], o rei fundador de Portugal.<ref name=filhos/>
* [[Duarte I de Portugal]] (1391-1438), sucessor do pai no [[Lista de reis de Portugal|trono português]], [[poeta]] e [[escritor]]. O seu nome homenageava simultaneamente seu bisavô materno, [[Eduardo III]], e o tio-avô [[Eduardo, o Príncipe Negro]].<ref name=filhos/>
* [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|Pedro, 1.º Duque de Coimbra]] (1392-1449), recebeu o nome de seu avô paterno, o rei [[Pedro I de Portugal]]. Foi um dos príncipes mais esclarecidos do seu tempo, sendo [[Regência_Regência (sistema_de_governogoverno)|regente]] durante a menoridade do seu sobrinho, o futuro rei [[Afonso V de Portugal|D.&nbsp;Afonso&nbsp;V]]. Tornou-se cavaleiro da [[Ordem da Jarreteira]], a mesma a que seus pais pertenciam. Morreu na [[batalha de Alfarrobeira]].<ref name=filhos/>
* [[Infante D. Henrique|Henrique, Duque de Viseu]], ''O Navegador'' (1394-1460), recebeu esse nome em homenagem ao bisavô, [[Henrique de Grosmont, 1.º Duque de Lancaster|Henrique de Grosmont]], ou ao tio materno, o rei [[Henrique_IV_de_Inglaterra|Henrique IV da Inglaterra]]. Investiu a sua fortuna em investigação relacionada com [[navegação]], [[náutica]] e [[cartografia]].<ref name=filhos/>
* [[Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha|Isabel]] (1397-1471), casou com [[Filipe III, Duque da Borgonha]] e entreteve uma corte refinada e erudita nas suas terras. O seu nome homenagearia suas duas [[Linhagem|linhagens]]: a paterna, com a rainha [[Santa_Isabel_de_AragãoSanta Isabel de Aragão,_Rainha_de_Portugal Rainha de Portugal|Santa Isabel de Portugal]] e a materna, através da tia [[Isabel_PlantagenetaIsabel Plantageneta|Isabel]] ou da bisavó, [[Isabel de Beaumont]].<ref name="filhos"/>
* [[Branca de Portugal (1398)|Branca]] (11 de abril de 1398 - 27 de julho de 1398), morreu jovem
* [[João, Infante de Portugal]] (1400-1442), [[condestável de Portugal]] e avô de [[Isabel de Castela]]. O seu nome foi escolhido em honra de seu pai e de seu avô, [[João de Gante]].<ref name="filhos"/>
* [[Infante Santo|Fernando, o Infante Santo]] (1402-1443), morreu no cativeiro em [[Fez]]. O seu nome foi uma homenagem ao tio paterno, o rei {{Lknb|Fernando|I||de Portugal}}.<ref name="filhos"/>
 
== Morte ==
Linha 70 ⟶ 71:
Desde o início de 1415, a [[peste bubónica]] invadia Lisboa e Porto. Os reis refugiaram-se em [[Sacavém]], mas os longos e frequentes jejuns, orações e vigílias da rainha enfraqueciam e debilitavam o seu corpo. Ela dedicava-se espiritualmente ao sucesso na [[Tomada de Ceuta]], empreendimento em que seu marido e seus filhos [[Infante D. Henrique|Henrique]], [[Pedro, Duque de Coimbra|Pedro]] e Duarte participaram. Contudo, com as constantes entradas e saídas de mensageiros e contactos, a peste acabou por chegar a Sacavém. O rei abrigou-se em [[Odivelas]], mas a rainha preferiu ir depois. Quando chegou, em julho do mesmo ano, já estava doente.{{harvref|Oliveira|2010|p=419}}
 
De acordo com a [[Crónica da Tomada de Ceuta]], de [[Gomes Eanes de Zurara]], D.&nbsp;Filipa sentiu a morte aproximar-se, preparando-se para a viagem eterna ao cumprir os ritos da boa morte. [[Confissão_Confissão (sacramento)|Confessou-se]], comungou e recebeu a [[extrema-unção]]. Quando os clérigos acabaram de rezar, no dia 19 de julho, ela faleceu.{{harvref|Oliveira|2010|p=421}} Inicialmente foi sepultada em [[Odivelas]], onde havia falecido. No ano seguinte, os seus restos mortais seguiram para o [[Mosteiro da Batalha|Mosteiro de Santa Maria da Vitória]], por ordem de seu marido. Mais tarde, o local abrigou túmulos de outros membros da [[dinastia de Avis]], tais como os de seus filhos.{{harvref|Oliveira|2010|p=425}} Com exceção de D. [[Duarte I de Portugal|Duarte]], que construiu o seu próprio [[panteão]], a "[[Ínclita Geração]]" está sepultada na [[Capela do Fundador]] do [[Mosteiro da Batalha]], primeiro panteão régio a ser construído em [[Portugal]]<ref>{{citar web|URL = http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/515935-batalha-acolhe-coloquio-sobre-d-filipa-de-lencastre-nos-600-anos-da-sua-mort|título = Batalha acolhe colóquio sobre D. Filipa de Lencastre nos 600 anos da sua morte|data = 12-05-2015|acessadoem = |autor = |publicado = Diário de Notícias da Madeira}}</ref>.
 
== Ver também ==
Linha 76 ⟶ 77:
 
== Notas ==
 
{{refbegin|2}}
 
{{note label2|a}} Além de ''Felipa'', aparecem ainda em português arcaico outras formas ortográficas como ''Fellipa'', ''Felippa'', etc. Eis mais um exemplo do uso do «e» em lugar do «i» inicial, que encontramos na Crónica de Dom João I, disponível em {{Citar web|url=http://purl.pt/416/1/hg-17356-p/hg-17356-p_item1/P338.html|título=Biblioteca Nacional Digital}}
 
{{note label2|b}} Há controvérsias quanto ao local e data de nascimento de Filipa de Lencastre, mas a bibliografia mais atualizada indica que ela nasceu possivelmente no [[Castelo de Bollingbroke]], em Lincolnshire, em março de 1360.{{harvref|Oliveira|2010|p=393}}
 
Linha 88 ⟶ 86:
 
== Bibliografia ==
 
{{refbegin|2}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Benevides|nome=Francisco da Fonseca|título=Rainhas de Portugal|ano=1878|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Lopes|nome=Fernão|título=Chronica de El-Rei D.&nbsp;João&nbsp;I''|url=http://purl.pt/416|ano=1897-1898|volume=5|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Silva|nome=Amélia Maria Polónia|título=Actas do Colóquio Comemorativo do VI Centenário do Tratado de Windsor|capítulo=D.Filipa de Lencastre: representações de uma rainha|ano=1986|url=http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/5431.pdf p.&nbsp;|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Silva|nome=Manuela Santos|título=Poder espiritual/poder temporal: as relações Igreja-Estado no tempo da monarquia (1179-1909)|capítulo=Práticas religiosas e hábitos culturais inovadores na corte dos reais de Portugal (1387-1415)|url=http://www.academia.edu/687239/Praticas_religiosas_e_habitos_culturais_inovadores_na_corte_dos_reis_de_Portugal_1387-1415_|ano=2009a|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Silva|nome=Manuela Santos|título=The Rituals and Rhetoric of Queenship: Medieval to Early Modern|capítulo=Philippa of Lancaster, queen of Portugal: educator and reformer|editor=OAKLEY-BROWN, Liz; WILKINSON, Louise J.|ano=2009b|url=http://www.academia.edu/687221/Philippa_of_Lancaster_queen_of_Portugal_1360-1415_|ref=harv}}
 
* {{citar livro|sobrenome=Oliveira|nome=Ana Rodrigues|título=Rainhas medievais de Portugal|editora=A Esfera dos Livros|ano=2010|isbn=9896262616|ref=harv}}
 
* {{citar livro|sobrenome=Stilwell|nome=Isabel|título=Filipa de Lencastre - A Rainha que Mudou Portugal|editora=A Esfera dos Livros|ano=2007|isbn=9789896260590}}
 
* {{citar livro|sobrenome=Sousa|nome=Armindo de|coautor=José Mattoso|título=História de Portugal - Vol. 2: A Monarquia Feudal|editora=Estampa|ano=1992|isbn=972330919X|ref=harv}}
 
Linha 113 ⟶ 102:
* {{Link||2=http://purl.pt/13459 |3=''Gravura de D.&nbsp;Filipa de Lencastre''}}
* {{Link||2=http://lencastre.com/files/D._Jo_o_I.pdf |3=''D.&nbsp;João&nbsp;I & D.&nbsp;Filipa de Lencastre''}}
 
 
{{Começa caixa}}