Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul: diferenças entre revisões

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Os '''Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul''', também chamada de '''Cruzeiro do Sul''' ou simplesmente '''Cruzeiro''', foi uma antiga [[companhia aérea]] [[brasil]]eira. Inicialmente chamado de [[Syndicato Condor]] Ltda foi oficialmente constituída em 1º de dezembro de 1927 no [[Rio de Janeiro]]. Herdeira da operação do [[Condor Syndikat]], empresa criada por pioneiros da aviação alemã, posteriormente incorporado pela [[Lufthansa]]. A empresa nasceu operando entre o [[Rio de Janeiro]] e [[Porto Alegre]], mas logo expandiu seus serviços até [[Natal]]. Os vôosvoos eram operados por Dorniers Val e Junkers G24.
 
== História ==
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O [[Syndicato Condor]] estabeleceu uma linha que nascia na [[Alemanha]] e prosseguia até [[Santiago do Chile]], transportando correio. Esse serviço utilizava várias aeronaves e tripulações, que iam passando sua carga de aeronave a aeronave, fazendo escalas até em navios aeródromos no meio do oceano.
 
Em 1933, uma nova rota até [[Cuiabá]] foi inaugurada. O Brasil começava a ser desbravado - pelo ar. Em 1935, as linhas costaiscosteiras chegam até [[Fortaleza]]. Dois anos depois, até [[Carolina]], no [[Maranhão]]. Em 1939, os hidroaviões são substituídos pelos [[Junkers Ju 52|Junkers Ju-52]], e os vôosvoos atingem [[Rio Branco]].
 
Com o início da [[Segunda Guerra Mundial]], as peças de reposição para aeronaves alemãs tornam-se difíceis de conseguir. O Governo Vargas, inicialmente simpático ao Eixo, muda de posição no meio do Conflitoconflito e vem para a banda dodos Aliados. O Syndicato Condor percebe ser fundamental a mudança de nome, afastando-se de suas origens alemãs.
 
[[Ficheiro:Cruzeiro do Sul NAMC YS-11 Groves-1.jpg|thumb|250px|esquerda|[[NAMC YS-11]] da Cruzeiro no Aeroporto Internacional de [[Oakland (Califórnia)|Oakland]], [[Estados Unidos]], em 1968.]]
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Nasce em 16 de janeiro de 1943 a designação Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul Ltda. No mês seguinte, a empresa compra 4 [[Douglas DC-3]] e começa a mudar sua frota para equipamentos norte-americanos. Em 1948, finalmente são aposentados os Focke Wulf FW 200, usados na rota Rio-Buenos Aires. A frota padronizada em DC-3 e C-47 enfrenta agora a competição de aproximadamente 30 empresas aéreas domésticas, criadas no pós-guerra.
 
A Cruzeiro, já internacional, ganha em 1947 o direito de servir [[Porto Rico]], [[Nova Iorque]] e [[Washington]]. Recebe para tais vôosvoos 3 [[Douglas DC-4]], mas exige subvenção governamental para operar nesta rota. Trinta vôosvoos de "reconhecimento" são feitos até 1949. A subvenção não sai e os DC-4 são trocados por [[Convair 340]], o primeiro deles chegando apenas em março de 1954.
 
A Cruzeiro trouxe 4 Caravelles, a partir de Janeiro de 1963. Com o fechamento da [[Panair do Brasil]], herdou mais 3, além de alguns [[Catalinas]], mantidos em operação nas rotas amazônicas.
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== Venda ==
A [[década de 1970|década de 70]] começou mal para a empresa, sendo que a mesma encontrou crescentes dificuldades para competir com a [[Varig]], [[VASP]] e com o crescimento da [[Sadia]]/[[Transbrasil]]. Quando finalmente obteve a chance de renovação de sua frota com a aquisição de 6 Boeing 737-200, a CRUZEIRO se viu envolvida em negociações onde VASP e VARIG disputaram seu controle acionário, sendo que em 22/05/1975 a Cruzeiro foi adquirida pela [[Fundação Rubem Berta]], controladora da [[Varig]]. Deixava de existir uma das pioneiras de nossa aviação.
A marca e o nome, porém, foram mantidos e a [[Varig]] usava a Cruzeiro para ter direitos a mais rotas e obter um faturamento de 2duas empresas. Como na compra dos 4 Airbus A300/B4, que foram negociados com o consórcio Airbus Industries pela Cruzeiro, até por ser um produto desconhecido, os dois primeiros aviões matriculados PP-CLA e PP-CLB fizeram tanto sucesso na rota para Miami, que o FAA fez questão de lembrar a VARIG que a rota era da VARIG e não da CRUZEIRO, então os outros dois aviões chegaram para a VARIG e receberam os prefixos PP-VND e PP-VNE. Outra situação em que a CRUZEIRO foi usada como laboratório foi no experimento de meses com o MD82, matriculado PP-CJM, no entanto o avião chegou a ter 6 unidades prospectadas pela CRUZEIRO, mas uma alta do dólar enterrou os planos e o PP-CJM foi devolvido após o período de experiência.
 
== Cruzeiro como subsidiária da Varig ==
Embora Varig e Cruzeiro do Sul foramtenham sido mantidas como empresas separadas que funcionamfuncionavam como um consórcio, na realidade as frequências e frotas foram integradosintegradas e racionalizadosracionalizadas, a fim de evitar a duplicação de serviços. Desde que em 1975 havia apenas quatro companhias aéreas nacionais que operamoperavam no Brasil (Varig, Cruzeiro, Vasp e Transbrasil) e o mercado era rigidamente reguladosregulado, o governo destinou um máximo de 45% da quota de mercado para o consórcio Varig/Cruzeiro sendo o restante dividida entre as outras duas linhas aéreas. O consórcio teve, porém, o monopólio das rotas internacionais e operado em todas as grandes cidades brasileiras.
Em 1979, a Cruzeiro comprou dois Airbus A300B4. Em 14 de junho, 1983 Cruzeiro usando suas concessões abriu novos serviços internacionais para Port of Spain e Bridgetown e mantidos os existentes para Montevidéu, Buenos Aires, La Paz, Santa Cruz de la Sierra, Iquitos, Paramaribo e Caiena. Em 1986, a frota de Cruzeiro consistia de dois Airbus A-300, 6 Boeing 727-100 e 6 737-200.
Na área econômica no entanto, o déficit, desde a compra da Varig nunca deixou de crescer. Finalmente, no dia 1 de janeiro de 1993 Cruzeiro do Sul deixou de existir quando foi totalmente absorvido Varig. Em 1997, o último 737-200 ainda pintados com o esquema de cores do Cruzeiro e com o registro Cruzeiro recebeu as cores da Varig. Seus traços desapareceram em 2001 quando os aviões PP-CJN, CJO, CJR, CJT. Por ironia do destino o PP-CJT ainda voltou a VARIG quando esta teve severos problemas de frota em 2002.