Gigantes (mitologia grega): diferenças entre revisões

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'''Gigantes''' (em grego, no singular: Γίγας, no plural: Γίγαντες), na [[mitologia grega]], era uma raça de grande força e agressividade, embora não necessariamente de grande tamanho, conhecida pela ''Gigantomakhía'' (Γιγαντομαχία), sua batalha com os  deuses do [[Monte Olimpo|Olimpo]]. De acordo com  [[Hesíodo]], os gigantes eram filhos de  [[Gaia (mitologia)|Gaia]] (Terra), nascidos do ''[[Icor|ichor]]'' que caiu sobre ela quando [[Urano (mitologia)|Urano]] (Céu) foi castrado por seu filho, o [[titã]] [[Cronos]].
 
Representações arcaicas e clássicas mostram os gigantes com o porte de homens ''[[Hoplita|hoplitas]]'' (antigos soldados gregos fortemente armados) totalmente humanos em sua forma. Representações mais tardias (após c. 380 a.C.) mostram os gigantes com serpentes no lugar de pernas. Em tradições posteriores, os gigantes foram muitas vezes confundidos com outros adversários dos atletas olímpicos, em especial os titãs, uma geração anterior de grandes e poderosos filhos de Gaia e Urano. Dizia-se que os gigantes vencidos eram enterrados sob os vulcões, e assim essa era a causa das erupções vulcânicas e dos terremotos.
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== Origens ==
 
O nome "gigantes" é geralmente associado ao significado de "nascidos na Terra", e  na ''[[Teogonia]]'', Hesíodo torna isso explícito ao considerar os gigantes uma prole de Gaia. Segundo Hesíodo, Gaia unindo-se com Urano gerou muitos filhos: a primeira geração de titãs, os [[Ciclope|ciclopes]] e os [[Hecatônquiros|Hecatonquiroshecatônquiros]]. Mas Urano odiava os seus filhos e, assim que eles nasceram, ele os aprisionou dentro de Gaia, custando-lhe muito sofrimento. E assim Gaia criou uma foice de metal inflexível que deu a Cronos, o mais novo de seus filhos titãs, e escondeu-o em uma emboscada. E quando Urano veio deitar-se com Gaia, Cronos castrou seu pai, e "Gaia recebeu as gotas sangrentas que brotaram e assim como as estações mudam, ela gerou os imensos gigantes. A partir dessas mesmas gotas de sangue, também vieram as [[erínias]] (fúrias) e as [[Melíade|melíades]] (freixo), enquanto os genitais decepados de Urano caindo sobre [[Tálassa]] resultaram em uma espuma branca a partir do qual [[Afrodite]] nasceu. O mitógrafo [[Pseudo-Apolodoro|Apolodoro]] também considera os gigantes como prole de Gaia e Urano, embora ele não faça nenhuma conexão com a castração de Urano, dizendo simplesmente que Gaia "enfurecida por conta dos titãs, gerou os gigantes".
 
Há três breves menções de gigantes na ''[[Odisseia]]'' de [[Homero]], embora não seja totalmente claro se Homero e Hesíodo entendiam o termo, significando a mesma coisa. Homero considera os gigantes entre os ancestrais dos [[Feácios|Féaciosfeácios]], uma raça de homens encontrados por  [[Odisseu]], seu governante [[Alcínoo]], era filho de [[Nausítoo]], que era o filho de [[Posídon]] e  Peribeia, a filha do rei gigante Eurimedon.  Em outras partes da ''Odisseia'', Alcínoo diz que os Féaciosfeácios, assim como os ciclopes e os gigantes, são "parente próximo" aos deuses.   E Odisseu descreve os [[lestrigões]] (outra raça encontrada por Odisseu em suas viagens) como mais semelhantes a gigantes que a homens. O geógrafo [[Pausânias (geógrafo)|Pausânias]], no século II d.C., dizia que nestas linhas da ''Odisseia'' havia o sentido de que, para Homero, os gigantes eram uma raça de homens mortais.
 
O poeta lírico [[Baquílides]] do século V-VI, chama os gigantes de "filhos da terra". Mais tarde, o termo "[[Gegenes]]" ("nascido na Terra") tornou-se um epíteto comum dos gigantes. [[Higino]] considera os gigantes sendo a prole de Gaia e [[Tártaro (mitologia)|Tártaro]], outra divindade grega primordial.
 
== Confusão com os titãs ==
Embora fossem distinguidos em antigas tradições helenísticas e escritas posteriores, muitas vezes, se confundia ou se fundia os gigantes e suas ''Gigantomaquia'', com um conjunto anterior de descendentes de [[Gaia (mitologia)|Gaia]] e [[Urano (mitologia)|Urano]], os titãs e sua guerra contra os deuses do Olimpo, a ''Titanomaquia''. Esta confusão se estendeu a outros adversários dos atletas olímpicos, incluindo o enorme monstro [[Tifão]], a prole de Gaia e Tártaro, a quem [[Zeus]] finalmente derrotou com seu raio, e os Aloádas[[alóadas]], os grandes, fortes e agressivos irmãos Oto e Efialtes, filhos de [[Posídon]], que empilharam os montes, [[Pelion]] e Ossa, a fim de escalar os céus e atacar o Olimpo. Por exemplo, o escritor latino [[Higino]] do século  I, incluía os nomes de três titãs: [[Céos|Coios]], [[Jápeto]], e [[Astreu]], junto com [[Tifão]] e os aloádasalóadas, em sua lista de gigantes, e [[Ovídio]], parece confundir a ''Gigantomaquia'' com o cerco dos Aloádasalóadas depois no Olimpo.
 
== Descrições ==
[[Homero]] descreve o rei gigante Eurimedon com "grande coração" (μεγαλήτορος), e seu povo como "insolente" (ὑπερθύμοισι) e "perverso" (ἀτάσθαλος). [[Hesíodo]] chama os gigantes de "forte" (κρατερῶν) e "grande" (μεγάλους) que pode ou não pode ser uma referência ao seu tamanho. Apesar de uma possível adição posterior, a ''[[Teogonia]]'' também acrescenta aos gigantes nascidos "com brilhantes armaduras, segurando longas lanças em suas mãos".
 
Baquílides chama os gigantes de arrogantes, dizendo que eles foram destruídos por sua ''[[Húbris|híbris]]'' (orgulho excessivo). O poeta [[Álcman|Alcman]] do início do século VII a.C. talvez já tenha usado os gigantes como um exemplo de ''híbris'', com as frases: "A vingança dos deuses" e "eles sofreram punições inesquecíveis pelo mal que fizeram", possíveis referências a ''Gigantomaquia''.
 
A comparação de Homero dos gigantes aos lestrigões sugere semelhanças entre as duas raças. Os lestrigões, que "atiraram rochas enormes que um homem não poderia levantar", certamente possuíam grande força, e, possivelmente, grande tamanho, assim como a esposa de seu rei é descrita como sendo tão grande quanto uma montanha.
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== Gigantomaquia ==
A luta divina mais importante na mitologia grega era a ''Gigantomaquia'', a batalha travada entre os gigantes e os deuses do Olimpo pela supremacia do Cosmo. É principalmente por esta batalha que os gigantes são conhecidos, e sua importância para a cultura grega é atestada pela representação freqüentefrequente da ''Gigantomaquia'' na arte grega.
 
=== Fontes antigas ===
As referências aà ''Gigantomaquia'', em fontes arcaicas são escassas. Nem Homero nem Hesíodo mencionam nada sobre os gigantes lutando contra os deuses. A observação de Homero de que Eurimedon "trouxe destruição ao seu povo perverso" pode, eventualmente, ser uma referência para a ''Gigantomaquia'' e a observação de Hesíodo de que [[Héracles]] realizou um "grande trabalho entre os imortais" é provavelmente uma referência ao "papel crucial de Héracles na vitória dos deuses sobre os gigantes". O ''[[Catálogo das Mulheres]]'' de Hesíodo faz menções em seus saques de [[Troia]] e de [[Cós (Grécia)|Cós]], referindo-se a Héracles como tendo matado "gigantes presunçosos". E outra provável referência a ''Gigantomaquia'' no ''Catálogo das Mulheres'' acrescenta que Zeus produziu Héracles para ser "um protetor contra a ruína dos deuses e dos homens".
 
Há indícios de que pode ter havido um poema épico perdido, uma ''Gigantomaquia'', que fez um relato da guerra: na ''Teogonia'' de Hesíodo diz que as [[Musa|musas]] cantam sobre gigantes, e no século VI a.C. o poeta [[Xenófanes]] menciona a ''Gigantomaquia'' como um assunto a ser evitado à mesa. Um escoliasta de [[Apolónio de Rodes|Apolónio]] refere-se a uma ''Gigantomaquia'', na qual o titã Cronos, como um cavalo, gerou o [[centauro]] [[Quíron]] ao unir-se com [[Filira]], a filha de dois Titãstitãs, mas o escoliasta pode ter confundindo os titãs e gigantes. Outras fontes arcaicas possíveis incluem os poetas líricos, Alcman[[Álcman]] e, no século VI, [[Íbico]].
 
No fim do século VI e início do século V a.C. o poeta lírico [[Píndaro]] fornece alguns dos primeiros detalhes da batalha entre os gigantes e os deuses do Olimpo. Ele a localiza "na planície de [[FlégraFlegra]]" e acrescenta que [[Tirésias]]  prevê Héracles matando os gigantes "sobre suas setas certeiras". Ele chama Héracles de "aquele que subjugou os gigantes", e acrescenta Porfirion, que ele chama de "o rei dos gigantes", sendo superado pelo arco de [[Apolo]]. Em ''Héracles''  de [[Eurípides]]  acrescenta seu herói atirando nos gigantes com setas, e em sua ''Ion'' tem um refrão descrevendo uma representação da ''Gigantomaquia'' no século  V no Templo de Apolo em [[Delfos]], com [[Atena]] lutando contra o Gigantegigante [[Encélado (mitologia)|Encélado]] com seu "escudo [[Górgona]]", Zeus  queimando o Gigantegigante Mimas com seu "poderoso raio, resplandecente em ambas as extremidades", e [[Dioniso]] matando um Gigantegigante sem nome com o seu ''tirso''.
 
=== Apolodoro ===
O relato mais detalhado da ''Gigantomaquia''  é o do mitógrafo [[Pseudo-Apolodoro]] (século I ou século II d.C.). Nenhuma das primeiras fontes dão motivos para a guerra.  Um escoliasta da ''[[Ilíada]]'' menciona o estupro de Hera pelo Gigante Eurimedon e de acordo com o escoliasta de  Píndaro  na 6ª ''Isthmia'', foi o roubo do gado de [[Hélio (mitologia)|Hélio]]  pelo gigante Alcioneu que começou a guerra.  Mas Apolodoro, que também menciona o roubo do gado de Hélio por Alcioneu, sugere a vingança de uma mãe como o motivo para a guerra, dizendo que Gaia gerou os gigantes por causa de sua raiva contra os titãs (que tinham sido vencidos e aprisionados pelos atletas olímpicos). E, aparentemente, tão logo os gigantes nasceram começaram atirando "pedras e queimando carvalhos no céu".
 
Havia uma profecia de que os gigantes não poderiam ser mortos somente pelos deuses, mas eles poderiam ser mortos com a ajuda de um mortal. Ouvindo isso, Gaia procurou por uma determinada planta (''phármakon''), que iria proteger os gigantes.  Mas antes que Gaia ou qualquer outra pessoa pudesse encontrar esta planta, Zeus proibiu [[Eos]] (Aurora), [[Selene]] (Lua) e  Hélio  (Sol) de brilhar, e ele mesmo colheu o vegetal, então ele pediu a Atena para  convocar Héracles.
 
De acordo com [[Pseudo-Apolodoro]], Alcioneu e Porfirion eram os dois gigantes mais fortes. Héracles atirou em Alcioneu, que caiu no chão, mas depois reviveu, pois Alcioneu era imortal dentro de sua terra natal. Assim Héracles, por conselho de Atena, arrastou-o para além das fronteiras daquela terra, onde Alcioneu depois morreu. Porfirion atacou Héracles e Hera, mas Zeús fez com que Porfirion  se apaixonasse enlouquecidamente por [[Hera]], a quem Porfirion tentou violar, mas Zeus atingiu Porfirion com seu raio e Héracles matou-o com uma flecha.
 
Outros gigantes e seus destinos são mencionados por Apolodoro. Efialtes foi cegado por uma flecha de Apolo em seu olho esquerdo, e outra flecha de Héracles em seu olho direito. Euritofoi morto por Dioniso com seu ''tirso,'' Clítio por [[Hécate]] com suas tochas, e  Mimas, por [[Hefesto]] com o metal derretido de sua forja. Atena esmagou Encélado sob a ilha de Sicília e esfolou Pallas, usando a pele como um escudo. Posídon partiu um pedaço da ilha de Cós chamada de [[Nísiros|Nisiro]], e jogou-o em cima de  Polibotes. [[Hermes]], vestindo o capacete de [[Hades]], matou Hipolito, [[Ártemis]] matou Gration, e as [[moiras]] mataram Agrios e Thoon com clavas de bronze. Todo o resto foi "destruído" pelos raios lançados por Zeus, com cada um gigantes sendo flechado por Héracles.
 
=== Ovídio ===
O poeta latino [[Ovídio]] nos dá um breve relato da ''Gigantomaquia'' em seu poema ''[[Metamorfoses]]''. Ovídio, aparentemente incluindo o ataque dos Aloádasaloádas ao Olimpo, como parte da ''Gigantomaquia'', acrescenta que os gigantes tentaram aproveitar "o trono do Céu" empilhando "montanha sobre montanha para alcançar as estrelas sublimes". Mas Zeus sobrecarrega os gigantes com seus raios, derrubando-os "do enorme Ossa e do enorme Pelion". Ovídio diz que a partir do sangue dos gigantes veio uma nova raça de seres em forma humana. De acordo com Ovídio, Gaia não queria que os gigantes perecessem sem deixar rastro, por isso "fedendo com o sangue copioso de seus gigantescos filhos", ela deu vida ao "vapor coagulado" do sangue encharcado no campo de batalha. Estes novos descendentes, como seus pais, os gigantes, também odiavam os deuses e possuíam um desejo sanguinário pela "matança selvagem".
 
Mais tarde, nas ''Metamorfoses'', Ovídio refere-se à ''Gigantomaquia'' como "o momento em que gigantescos pés de serpentes esforçaram para fixar os seus cem braços no cativeiro do céu". Aqui Ovídio aparentemente confunde os gigantes com os Hecatonquiros, que, embora em Hesíodo lutaram ao lado de Zeus e os deuses olímpicos, em algumas tradições lutaram contra eles.
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Vários lugares têm sido associados com os gigantes e a ''Gigantomaquia''. Como observado acima, Píndaro considera que a batalha ocorreu em Flegra, como fazem outras fontes primitivas. Acredita-se que Flegra pode er sido um nome antigo para [[Pallene]], e Flegra/Pallene foi o local do nascimento dos gigantes e da batalha.
 
Apolodoro, que colocou a batalha em Pallene, diz que os gigantes nasceram "como alguns dizem, em Flegra, mas de acordo com outros em Pallene".& Mas o nome Flegra e a ''Gigantomaquia'' também foram muitas vezes associados, por escritores posteriores, com uma planície da Itália, a oeste de [[Nápoles]] e leste de [[Cumas]], o chamado ''Campi Phlegrei''. E o poeta [[Licofron]] do século III a.C., aparentemente localiza uma batalha dos deuses e dos gigantes nas proximidades da ilha vulcânica de [[Ísquia|Isquia]], a maior das ilhas Flegrea ao largo da costa de Nápoles, onde ele diz que os gigantes (juntamente com Tifão) foram "esmagados", sob a ilha. Pelo menos uma tradição coloca Flegra na [[Tessália]].
 
De acordo com o geógrafo [[Pausânias (geógrafo)|Pausânias]], os arcádios alegavam que a batalha ocorreu "não em Pallene da Trácia", mas na planície de [[Megalópolis]] onde "sobe fogo". Outra tradição aparentemente colocou a batalha em [[Tartesso]] na Espanha. [[Diodoro Sículo|Diodoro]] da Sicília apresenta uma guerra com várias batalhas, com uma em Pallene, uma em ''Campi Phlegrei'', e uma em [[Creta]]. [[Estrabão]] menciona um conto de [[Héracles]] no qual os gigantes batalham em [[Fanagoria]] uma colônia grega na costa do [[mar Negro]]. Mesmo quando, como Apolodoro, a batalha começa em um só lugar, as batalhas individuais entre um gigante e um deus podem variar para mais longe, como Encélado enterrado sob a Sicília, e Polibotes sob a ilha de [[Cós (Grécia)|Cós]]. Outros locais associados com os gigantes incluem [[Ática]], [[Corinto|Corínto]], [[Cízico]], [[Lípara|Lipara]], [[Lícia]], [[Lídia]], [[Mileto]] e [[Rodes]].
 
A presença de fenômenos vulcânicos, e a exumação frequente dos ossos fossilizados de grandes animais pré-históricos ao longo destes locais podem explicar por que esses sítios tornaram-se associados com os gigantes.
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* [[Eurimedon]] (Ευρυμέδων): Primeiro rei do gigantes
* [[Alcioneu]] (Αλκυονεύς): Criado para se opor a [[Hades]]. Morto por seu sobrinho-neto, [[Herácles]], auxiliado por [[Atena]], que aconselhou o herói arrastá-lo para longe de [[Palene]], sua cidade natal, porque, cada vez que o gigante caía recobrava as forças, por tocar a terra, de onde havia saído.
* [[Porfírion]] (Πορφυρίων): Rei dos gigantes. Criado para se opor a [[Zeus]]. Porfírio atacou a Héracles e [[Hera]], mas Zeus inspirou-lhe um desejo ardente por esta e enquanto o monstro tentava arrancar-lhe as vestes, Zeus o fulminou com um raio e Héracles acabou com ele a flechadas.
* [[Clítio]] (Κλυτίος): Criado para se opor a [[Hécate]] e drenar sua energia. Foi imolado por sua sobrinha Hecate com tochas de fogo.
* [[Damios]]: Criado para destruir [[Hipnos]]. Morto por Hipnos no [[monte Olimpo]].
* [[Encélado (mitologia)|Encélafo]] (Εγκέλαδος): Opunha-se a [[Atena]]. Morto por sua sobrinha-neta, Atena, quando esta jogou em cima dele a ilha de Sicília, depois foi enterrado sob o [[monte Etna]], como Tifão, na Sicília.
* [[Efialtes]] (Εφιάλτης) e [[Oto (mitologia)|Oto]] (Ώτος): Morto pelos sobrinhos [[Apolo]], com uma flechada no olho esquerdo, e [[Herácles]], com uma flechada no olho direito.
* [[Eurito]] (Εύρυτος): Morto pelo sobrinho-neto Dioniso com sua pinha derrubado tirsos.
* [[Gration]] (Γρατίων): Opunha-se a [[Selene]]. Assassinado por sua sobrinha-neta, com raios Lunares.