Novo keynesianismo: diferenças entre revisões
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{{Não confundir com|Nova economia keynesiana}}
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{{Capitalismo}}{{Liberalismo}}▼
{{fusão|Nova economia keynesiana|Novo keynesianismo||ci|pol|data=junho de 2016}}
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▲O Neokeynesianismo ou a nova escola keynesiana é um termo introduzido por [[Paul Samuelson]] ([[prêmio nobel de economia]]) para se referir ao projeto de integrar as visões das [[Escola neoclássica|escolas neoclássicas]] com [[Escola keynesiana|keynesianas]]. <ref>http://www.ufrgs.br/decon/publionline/textosprofessores/fonseca/classicos-neoclassicos-keynesianos.pdf</ref>
De forma genérica, a escola
▲O Neokeynesianismo foi uma das correntes de pensamentos sócio-econômicos aplicados em gestões econômicas em âmbito mundial na segunda metade do século XX devido a [[recessão econômica]] mundial oriunda da [[grande depressão]]. A abordagem [[keynesiana]] no neokeynesianismo surge a partir da síntese das primeiras idéias de [[John Maynard Keynes]] e das visões oriundas das escolas neoclássicas sobre o [[livre mercado]]. <ref>http://personales.unican.es/sanchezb/web/Modelos%20neok%202.pdf</ref>
▲De forma genérica, a escola Neokeynesiana defende a [[economia de mercado]] onde exista uma [[Regulação econômica|regulação minima na economia]] por parte de órgãos e agentes reguladores controlados pelo [[estado]] para corrigir as [[falhas de mercado]] que possivelmente estejam presentes, afim de maximizar os benefícios para a [[sociedade]], além de alinhar uma politica de [[estado de bem estar social]] apoiado sobre o viés do [[liberalismo social]].<ref>https://institutomyrdal.org/category/bem-estar-social/</ref>
Ao contrário das [[Economia neoclássica|escolas neoclássicas]], os neokenesianos rejeitam a versão pura do [[Laissez-faire|capitalismo laissez-faire]]
▲== Principais ideias do pensamento Neokeynesiano ==
▲Ao contrário das [[Economia neoclássica|escolas neoclássicas]], os neokenesianos rejeitam a versão pura do [[Laissez-faire|capitalismo laissez-faire]] por considerarem uma [[falácia]] a ideia que os [[Mercado livre|livres-mercados]] seriam capazes de resolver, de ''per si (sozinhos)'', todos os problemas que afetam uma [[sociedade]] (por exemplo [[Desigualdade social|disparatada desigualdade social]], falta de [[Relação de emprego|oportunidades de emprego]], [[Concentração de renda|alta concentração de renda]], acesso á [[saúde]] e [[educação]]).<ref>{{citar web|url=http://www.the-dissident.com/Boettke_CR.pdf|titulo=WHERE DID ECONOMICS GO WRONG? MODERN ECONOMICS AS A FLIGHT FROM REALITY|data=|acessodata=|obra=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
Isso se deve pela existência das [[Falha de mercado|falhas de mercado]] presentes e inerentes ao próprio [[Capitalismo|sistema capitalista]].
Nas palavras do economista [[Joseph Stiglitz]] vencedor do
" As economias de mercado se caracterizam por um alto grau de imperfeições (…) Modelos econômicos mais antigos presumem a existência de informações perfeitas ([[concorrência perfeita]] ou ausência de [[Falha de mercado|falhas de mercado]]), mas mesmo pequenas imperfeições nas informações ([[Falha de mercado|falhas de mercado]]) podem ter grandes conseqüências econômicas. Nossos modelos levaram em consideração a 'assimetria de informações', que é uma outra maneira de se dizer 'Algumas pessoas sabem mais do que outras. (…) Nosso sistema global se caracteriza por muitas desigualdades (…) Parece-me extremamente importante tratar dessas desigualdades. (…) Stiglitz também comentou que a ''"Economia pode fazer a diferença"'' para melhorar o padrão de vida das populações, sobretudo ao se focalizar ''"nas diferenças entre os mais bem aquinhoados e os carentes"''.
[[
Para os neokeynesianos não existem mecanismos na teoria [[economia neoclássica]] que possa garantir de que os comportamentos dos livres mercados que tendem a obter um [[Equilíbrio Geral|equilíbrio natural]] (graças à "[[mão invisível]]") e que os [[Agente económico|agentes econômicos]] (que devem perseguir seus próprios interesses) devam representar ''necessariamente'' os interesse da [[sociedade]] em geral.
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Essa posição ideológica da economia neoclássica é fortemente debatida pelos NeoKeynesianos que alcunharam o termo de "[[fundamentalismo de livre mercado]]".
Os
Segundo a ''"ideologia neoclássica tradicional"'' os livres mercados são [[Eficiência de Pareto|''"Pareto-eficientes"'']], exceto em alguns poucos casos enumerados, onde falhas de mercado ocorram. Segundo ''"paradigma da informação imperfeita"'' formulado por [[Joseph Stiglitz|Stigllitz]] e os livres mercados em sua maioria praticamente não são [[Eficiência de Pareto|''"Pareto-eficientes"'']].<ref>{{Citar web|url=http://www.beppegrillo.it/eng/2007/01/stiglitz.html|titulo=Beppe Grillo's Blog: The pact with the devil by Joseph E. Stiglitz|acessodata=2016-06-11|obra=www.beppegrillo.it}}</ref>▼
Na visão neokeynesiana, essas [[Falha de mercado|falhas de mercado]] não possuem poder cíclico regenerativo, assim o livre mercado não atingirá a [[Eficiência à Pareto|eficiência de Pareto]]. Ainda nas palavras do economista [[Joseph Stiglitz]]:▼
"Uma vez que o conceito de informações imperfeitas e incompletas foi introduzido, os defensores do livre mercado da [[Escola de Chicago]] já não podem mais sustentar sua tese descritiva da [[eficiência de Pareto]] no mundo real. Portanto o uso, por Stiglitz, das hipóteses do equilíbrio das expectativas racionais, que levam a um mais perfeito entendimento do capitalismo do que a visão comum entre os teóricos da expectativa racional, nos conduz, paradoxalmente, à conclusão de que o [[capitalismo]] se desvia do modelo de uma tal maneira que justificaria a ação do estado --[[keynesianismo]]-- como remédio."▼
Abaixo lista-se as figuras mais proeminentes da linha de pensamento da escola Neokeynesiana: ▼
[[Paul Samuelson]] Principal precursor da escola Neokeynesiana e [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|Prêmio nobel de economia]] em 1970; ▼
▲Segundo a ''"ideologia neoclássica tradicional"'' os livres mercados são
▲Na visão neokeynesiana, essas [[Falha de mercado|falhas de mercado]] não possuem poder cíclico regenerativo, assim o livre mercado não atingirá a
[[Paul Krugman|Paul Krugman]] vencedor do [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|prêmio nobel de economia]] em 2008 ▼
▲"Uma vez que o conceito de informações imperfeitas e incompletas foi introduzido, os defensores do livre mercado da [[Escola de Chicago (economia)|Escola de Chicago]] já não podem mais sustentar sua tese descritiva da
[[George Arthur Akerlof]] vencedor do [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|prêmio nobel de economia]] em 2001 (dividido com [[Joseph Stiglitz|Stiglitz]] e [[Michael Spence|Spence]] )▼
== Pensadores neokeynesianos notáveis ==
[[Michael Spence]] vencedor do [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|prêmio nobel de economia]] em 2001 (dividido com [[Joseph Stiglitz|Stiglitz]] e [[George Arthur Akerlof|Akerlof]])▼
▲Abaixo
[[James Tobin]] vencedor do [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|prêmio nobel de economia]] em 1981 ▼
▲*[[Paul Samuelson]]
*[[Joseph Stiglitz]] — vencedor do Prêmio Nobel de economia em 2001
▲*[[Paul Krugman|Paul Krugman]] — vencedor do
▲*[[George Arthur Akerlof]] — vencedor do
▲*[[Michael Spence]] — vencedor do
▲*[[James Tobin]] — vencedor do
*[[Amartya Sen]] — vencedor do
*[[Jean Tirole]] — vencedor do
*[[Angus Deaton]] — vencedor do
{{Referências}}
▲[[Amartya Sen]] vencedor do [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|prêmio nobel de economia]] em 1998
▲[[Jean Tirole]] vencedor do [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|prêmio nobel de economia]] em 2014
▲[[Angus Deaton]] vencedor do [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|prêmio nobel de economia]] em 2015
{{Portal3|Economia|Política}}
▲[[Categoria:Liberalismo]]
[[Categoria:Escola keynesiana]]
[[Categoria:Escola neoclássica]]
▲<references />{{Economia}}
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