Benguela (província): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Expansao
→‎Limites: Expansão do artigo.
Linha 24:
 
==Limites==
Benguela é uma província que limita-se com as seguintes províncias <ref name= Governo Provincial de Benguela >{{citar web| url=http://www.benguela.gov.ao/InformacoesProvinciais.aspx?tipo=Perfil|titulo= Governo Provincial de Benguela| acessdate= 2 de Agosto de 2016}}</ref>
 
* Norte - Província do [[Kwanza-Sul]].
Linha 33:
 
* Oeste - [[Oceano Atlântico]] .
 
 
==História==
 
Em [[1615]] foi criado o Reino de Benguela como resposta ao contexto vigente e necessidade na época , então identificada pela coroa lusa, de fazer a ligação por terra entre a costa ocidental africana e [[Moçambique]], visando a fortificação e consolidação do reino de [[Portugal]]. Por essa altura, [[Angola]] ficou geograficamente estruturada por "três reinos", sendo eles o do [[Congo|Khongo]], então feudatário de Portugal, o de Angola e o de Benguela, com regimes administrativos de tipo autónomo, sob ordens de um governador com a função de Capitão-tenente de Angola. Para tal, os conquistadores da época, ao serviço da coroa portuguesa massacraram e submeteram à escravidão as populações Vandombe de Cingongo (cujo sistema sociopolítico, por serem povos pastores, era instável) e edificaram um presídio.
Contudo, não se verificaria a possibilidade da exploração da região como se previu, nem a localização da cidade foi a mais favorável, pela existência de pântanos e de um subsolo cujo principal recurso era o cobre, de qualidade a quém da esperada. Nestas condições, emergindo entre quintalões mercantis, desenvolveu-se um entreposto comercial, alimentado pelos armadores negreiros, que tomou a designação de ''Mbaka'', do qual se ergueu a configuração arquitectónica da actual cidade de Benguela. Até ao [[século XIX ]] a rota saída de Mbaka interligava-se com o resto do sertão através de Mbalundu ou passando por Kakonda Ciyaka, Cipeyo, Wambu e Sambu, tendo em vista alcançar o kovongo, por ser o importante sertananejo do [[Bié]] que dava acesso ao resto de [[África]].
 
Depois das comunidades pré-históricas, a difusão etnolinguística [[Bantu]] veio criar as premissas institucionais que permitiram a instalação, entre 1615 e 1975, de povos doutras regiões do continente ou doutros continentes, como sejam portugueses, [[Holanda|holandeses]], [[França|franceses]] [[Brasil|brasileiros]], [[Arábia|árabes]], [[Judéia|judeus]] e [[Senegal|senegalenses]]. A industrialização regional iniciada no final do século XIX, com as fábricas de açúcar, o [[Porto Comercial do Lobito|porto]] e a [[Caminho de Ferro de Benguela|rede ferroviária]], foi atraindo uma mão-de-obra variada de diferente partes do mundo. Com a mudança das estratégias de penetração europeia, a partir de meados do século XIX, assistiu-se a uma escalada de conflitos em todo o território angolano, excepto em [[Cabinda]], por respeito aos tratados de protecção assinados com os portugueses.
 
Em 1885, as diversas potências europeias colonizadoras assinaram os denominados acordos de [[Berlim]] nos quais foram estabelecidos os tratados com vista a delimitar os vários territórios de África. Além da progressiva definição da fronteira de Angola, através de acordo pontuais com os países colonizadores vizinho , os acordos previam a instalação de um Governo efectivo do território, o que implicou uma intensificação da ocupação militar e um aumento dos incentivos à fixação de [[Agricultura|agricultores]] no interior do país, sob pena de perda do reconhecimento do direito à colónia pelos restantes países europeus, essencialmente França, Holanda, [[Alemanha]], [[Bélgica]] e [[Inglaterra]].
 
A partir de 1869, Angola passou a contar com 3 distritos: [[Luanda]], Benguela e [[Namibe|Moçâmedes]] (Namibe). Mais tarde foram criadas em Benguela as vilas do [[Bocoio]], do [[Balombo]] e da [[Ganda]]. A fundação da cidade do [[Lobito]] em [[1913]] teve uma motivação diferente, uma vez que ocorreu como resposta á geopolítica internacional, através do investimento na área dos transportes, que se traduziu na construção do [[Caminho de Ferro de Benguela]] e do [[Porto Comercial do Lobito]], para ligar o interior de África á [[Europa]] colonizadora. A queda de cotação internacional do [[sisal]] mudou o rumo de Benguela. A reconversão da actividade económica foi feita através de uma aposta na [[pesca]]. A costa de Benguela é muito rica em recursos piscatórios e o desenvolvimento da actividade pesqueira levou ao crescimento da população residente.
 
A partir de 1940 povos de outras origens, como os [[Alemanha|alemães]], [[Cabo Verde|cabo-verdianos]] e [[São Tomé e Príncipe|são-tomenses]] fluíram em grande escala para a região. As populações de origem europeia emigravam por causa da guerra, esse mesmo motivo fazia as populações do interior do país migrarem para o litoral.<ref name=Benguela/>
 
== Economia ==