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'''José Carlos Oliveira''' ([[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], [[18 de agosto]] de [[1934]] — [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], [[13 de abril]] de [[1986]]) foi um [[escritor]] [[Brasil|brasileiro]]. Celebrizando-se por suas colaborações diárias no ''Jornal do Brasil'' para onde escreveu por mais de duas décadas, tornou-se um dos grandes cronistas brasileiros do século XX, mas praticou também o romance e o memorialismo.
 
Boêmio pobre e talentoso, preferia chamar a si mesmo de Carlinhos Oliveira, "cristão, católico apostólico romano, pagão, filho de Iemanjá", "o mais ecumênico dos ateus", "brasileiro por fatalidade, temperamento e vocação", "apenas dois dedos maior que Napoleão Bonaparte", "com o coração de Gauguin, o fugitivo, o liberado, o inocente, o doido", expressões com que se autodefiniu em crônica bem humorada. Foi um defensor do livre pensamento, sem temer polêmicas nem o revanchismo dos poderosos de qualquer facção, como mostra a sua obra póstuma, organizada em 1995 por [[Bernardo de Mendonça]], ''Diário da [[Patetocracia]]'', que reúne as crônicas escritas e publicadas ao longo do ano de 1968 no ''Jornal do Brasil'', um período marcante na exacerbação da ditadura instaurada em 1964 sob o comando dos generais. Seu romance ''[[Terror e Êxtase]]'' foi adaptado para o cinema em [[1979]], em um obra de sucesso dirigida por [[Antônio Calmon]].
 
==="Patetocracia"===
É um termo criado pelo escritor José Carlos Oliveira, em sua coluna no ''Jornal do Brasil'' de 13 de fevereiro de 1968, para satirizar a ditadura militar vigente no Brasil com o golpe de Estado de 1964 que depôs o presidente João Goulart. A crônica, que denuncia as freqüentes violações da liberdade de expressão, intitula-se "Contra a censura, pela cultura" e a palavra é utilizada no seguinte trecho:
{{quote1|Todo dia um pateta qualquer enfia sua pata numa peça de teatro e corta as frases que lhe parecem atentatórias à moral, aos bons costumes e à democracia. Não se passa uma tarde sem que outro pateta dê o ar de sua graça, cortando seqüências inteiras de filmes. A Patetocracia não dorme em serviço.}}
 
Reunidas e batizadas por [[Bernardo de Mendonça]] em 1995 no livro ''Diário da Patetocracia'', as crônicas escritas ao longo do ano de 1968 por Carlinhos Oliveira, como também era conhecido o cronista, constituem um corajoso e fidedigno testemunho da evolução dos acontecimentos políticos e sociais que levaram o chefe do Executivo, general Costa e Silva, em 13 de dezembro, a assinar o Ato Institucional nº 5, peça formalizadora de uma ditadura já sem disfarces.
 
==Obras==
*''Os olhos dourados do ódio''. Rio de Janeiro, José Álvaro Editor, 1962.
*''A revolução das bonecas''. Rio de Janeiro, Editora Sabiá, 1967.
*''O pavão desiludido''. Rio de Janeiro, Edições Bloch, 1972.
*''Terror e êxtase''. Rio de Janeiro, Codecri, 1978.
*''O saltimbanco azul''. Porto Alegre, L&PM Editores, 1979.
*''Um novo animal na floresta''. Rio de Janeiro, Codecri, 1981.
*''Domingo, 22''. São Paulo, Editora Atica, 1984.
*''Bravos companheiros e fantasmas''. Vitória, Fundação Ceciliano Abel de Almeida/Universidade Federal do Espírito Santo, 1986
 
==Obra póstuma==
*''Diário da patetocracia''. Rio de Janeiro, Graphia, 1995.
 
==Fonte==
*OLIVEIRA, José Carlos. ''Diário da patetocracia''. Rio de Janeiro, Graphia, 1995.
*MENDONÇA, Bernardo de, "Carlinhos, a rainha e o ato". In:OLIVEIRA, José Carlos, ''Diário da Patetocracia - Crônicas Brasileiras, 1968''. Rio de Janeiro, Graphia, 1995, pp.xiii-xvi e 35.
 
=={{Ligações externas}}==
*[http://www.graphia.com.br/diversos/diariocrit.php As crônicas sem frivolidades de Carlinhos]
 
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