Matilde de Inglaterra: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:North West France 1150.png|thumb|250px|O norte da França na época da morte de Henrique em 1135. Círculos vermelhos indicam grandes centros urbanos.]]
Quando a notícia da morte de Henrique se espalhou, Matilde e Godofredo estavam em Anjou apoiando os rebeldes em sua campanha contra o exército real, que incluía vários de seus apoiadores como por exemplo Roberto de Gloucester.<ref name=barlow162 /> Muitos desses barões tinham jurado permanecer na Normandia até que o rei fosse propriamente enterrado, o que impedia que eles retornassem para a Inglaterra.<ref> {{harvnb|Crouch|2002|p=246}} </ref> O casal mesmo assim aproveitou a oportunidade para marchar até o sul da Normandia e tomar diversos castelos importantes que formavam parte do contestado dote de Matilde ao redor de [[Argentan]].<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|pp=66–67}} </ref> Em seguida eles pararam e foram incapazes de avançar mais, pilhando o interior e enfrentando uma resistência cada vez maior da nobreza normanda e rebeliões dentro ad própria Anjou.<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|pp=66–67}}; {{harvnb|Castor|2010|p=72}} </ref> Matilde nesse momento também estava grávida com seu terceiro filho, Guilherme; as opiniões dos historiadores variam sobre o quanto isso afetou seus planos militares.<ref name=castor72 > {{harvnb|Castor|2010|p=72}}; {{harvnb|Chibnall|1991|pp=66–67}}; {{harvnb|Tolhurst|2013|pp=43–44}} </ref>{{nota de rodapé|As opiniões variam sobre o papel que a terceira gravidez de Matilde teve em sua decisão de não avançar mais em 1135. Helen Castor diz que isso foi um grande fator no pensamento de Matilde, particularmente por causa das complicações de sua gravidez anterior. Marjorie Chibnall rejeita esse argumento, enfatizando os problemas militares e políticos que a imperatriz enfrentou ainda naquele ano.<ref name=castor72 /> }}
 
Enquanto isso, as notícias da morte de Henrique chagaram em Estêvão de Blois, que convenientemente estava em Bolonha e partiu para a Inglaterra acompanhado por sua criadagem militar. Roberto de Gloucester havia guarnecido os portos de [[Dover]] e [[Cantuária]], com alguns relatos sugerindo que essas forças proibiram Estêvão de aportar.<ref> {{harvnb|Barlow|1999|p=163}}; {{harvnb|King|2010|p=43}} </ref> Ele mesmo assim conseguiu chegar em Londres no dia 8 de dezembro e começou a tomar o poder pela Inglaterra nas semanas seguintes.<ref> {{harvnb|King|2010|p=43}} </ref> As multidões londrinas proclamaram Estêvão como o novo rei acreditando que este concederia novos direitos e privilégios para a cidade em troca, com seu irmão [[Henrique de Blois]], o [[Bispo de Winchester]], trazendo a [[Igreja Católica]] para seu lado.<ref> {{harvnb|King|2010|pp=45–46}} </ref> Estêvão tinha jurado apoio a Matilde em 1127, porém Henrique de Blois argumentou convincentemente que o falecido rei estava errado em insistir que sua corte fizesse o juramento, sugerindo que Henrique I tinha mudado de ideia no leito de morte.<ref> {{harvnb|Crouch|2002|p=247}} </ref>{{nota de rodapé|Henrique de Blois conseguiu persuadir [[Hugo Bigot]], intendente de Henrique I, a jurar que o rei tinha mudado de ideia sobre a sucessão em seu leito de morte, nomeando Estêvão como herdeiro. Historiadores modernos como Edmund King duvidam que o relato de Bigot era verdadeiro.<ref name=king52 > {{harvnb|King|2010|p=52}} </ref> }} A coroação de Estêvão foi realizada uma semana depois em 26 de dezembro na [[Abadia de Westminster]].<ref name=king47 > {{harvnb|King|2010|p=47}} </ref>
 
== Árvore genealógica ==