Califado Omíada: diferenças entre revisões

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O '''Califado Omíada''' ({{langx|ar|الأمويون / بنو أمية||''Umawiyy''}}; {{langx|fa|امویان||''Omaviyân''}}; {{langx|tr|''Emevi''}}) foi o segundo dos quatro principais [[Califado|califados]] [[Islão|islâmicos]] estabelecidos após a morte de [[Maomé]]. O califado eraEra centrado na dinastia Omíada,{{Nota de rodapé|''Omíada'' {{langx|ar|الأمويون|nome}}, ''al-ʾUmawiyyūn'' ou {{lang|ar|بنو أمية}}], ''Banū ʾUmayya'', "Filhos de Umayya"}} originários de [[Meca]], [[Arábia Saudita]]. A família omíadaOmíada havia chegado ao poder durante o governo do terceiro califa, [[Otman]] {{nwrap|r.|644|656}}, mas o regime omíada foi fundado por [[Muawiya I]], governador de longa data da [[Síria]], após o fim da [[Primeira Guerra Civil Islâmica]] em 661 (41 ''[[Ano da Hégira|Anno Hegirae]]''). Por conseguinte, a Síria permaneceu como a principal base de poder dos Omíadas, com [[Damasco]] como sua capital. Os Omíadas continuaram as [[Expansão islâmica|conquistas muçulmanas]], incorporando no mundo muçulmano o [[Cáucaso]], a [[Transoxiana]], [[Sind|Sinde]], [[Magrebe]] e a [[península Ibérica]] (chamada pelos islâmicos de [[al-Andalus]]). Em sua maior extensão, o Califado Omíada cobria {{fmtn|15000000|km²}}, fazendo dele o maior império que o mundo tinha visto até então, e o [[Lista dos maiores impérios|quinto maior que já existiu]].
 
Na época, o imposto e gestão administrativa omíada era considerada injusta por alguns muçulmanos. Enquanto a população não-muçulmana tinha autonomia, as suas questões judiciais foram tratadas de acordo com suas próprias leis e por seus próprios chefes religiosos ou seus nomeados.<ref name="ReferenceA">{{harvnb|Rahman|1999|pp=128}}</ref> Pagavam ao governo central taxa para o policiamento.<ref name="ReferenceA"/> Maomé tinha afirmado explicitamente enquanto era vivo que todas as minorias religiosas deviam ser autorizadas a praticar a sua religião e terem as suas próprias instituições governamentais e jurídicas e em termos gerais essa política tinha continuado.<ref name="ReferenceA"/> As medidas de [[Estado de bem-estar social|assistência social]] tanto para muçulmanos como para não muçulmanos iniciadas por Omar também tinham sido mantidas.<ref name="ReferenceA"/> A esposa de Muawiya, Maysum, mãe de Yazid também era cristã. As relações entre os muçulmanos e os cristãos no estado eram boas. Os omíadas estavam envolvidos em batalhas frequentes com os cristãos bizantinos, sem se preocupar com a proteção de sua retaguarda na Síria, que havia permanecido em grande parte cristã como muitas outras partes do império. Posições de destaque foram mantidas pelos [[Cristianismo|cristãos]], alguns dos quais pertenciam a famílias que serviram nos governos bizantinos. O trabalho dos cristãos era parte de uma política mais ampla de tolerância religiosa que foi necessária em virtude da presença de grandes populações cristãs nas províncias conquistadas, especialmente na Síria. Esta política também impulsionou sua popularidade e solidificou a Síria como sua base de poder.
 
As rivalidades entre as tribos árabes causou agitação nas províncias fora da Síria, principalmente na [[Segunda Fitna|Segunda Guerra Civil Muçulmana]] de 680 até 692 da [[Era comum|Era Comum]] (EC) e a revolta berbere de 740 até 743 EC. Durante a Segunda Guerra Civil, a liderança do clã Omíada passou do ramo Sufyanid da família para o ramo [[Marwan I|Marwanida]]. À medida que a campanha constante esgotou os recursos materiais e humanos do Estado, os omíadas, enfraquecidos pela Terceira Guerra Civil Muçulmana de 744-747 EC, foram finalmente derrubados pela revolução abássida em 750 EC/132 AH. Um ramo da família fugiu para o [[Norte de África|Norte da África]] para Al-Andalus, onde se estabeleceu o [[Califado de Córdova]], que durou até 1031, antes de cair devido a [[Guerra civil do al-Andalus|Fitna de Al-Andalus]].
 
== História ==