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[[Ficheiro:Melbourne symphony orchestra.jpg|thumb|right|250px| A grande orquestra]]
Uma '''orquestra''' (do [[grego antigo]] ὀρχήστρα, 'lugar de dança ', por alusão ao espaço semicircular situado em frente ao palco do [[teatro grego]], onde dançava o [[Coro (teatro)|coro]]) é um agrupamento instrumental utilizado geralmente (mas nem sempre) para a execução de [[música erudita]].
* [[tuba|ba]]s)
 
== Etimologia ==
Esta palavra designa não só um grupo de [[músico]]s que interpretam obras musicais com diversos instrumentos como também uma parte física do [[teatro grego]], que se caracterizava por um coro formado por bailarinos e músicos que faziam evoluções sobre um estrado chamado ''orkhéstra'' (ορχήστρα), situado entre o cenário e os espectadores.
''Orkhéstra'' provinha do verbo ''orcheisthai'', que significava 'dançar' ou 'eu danço'. O vocábulo [[grego]] passou ao [[latim]] como 'orchestra', com o mesmo significado, como documentam os escritos de diversos poetas romanos. No século I, [[Vitrúvio]] e [[Suetónio]] a utilizaram para designar o lugar destinado aos senadores no teatro romano. A palavra chegou ao francês em fins da [[Idade Média]], em traduções de [[Suetónio]], porém só se aplicou ao teatro moderno a partir do século XVIII, com a ópera [[italiana]].
 
As orquestras completas, dá-se o nome de ''orquestras sinfônicas'' ou ''orquestras filarmônicas''; embora esses adjetivos não especifiquem nenhuma diferença no que toca à constituição [[instrumento musical|instrumental]] ou ao papel da mesma, podem revelar-se úteis para distinguir orquestras de uma mesma localidade. Na verdade, esses adjetivos denotam a maneira que é sustentada a orquestra. Não há nenhuma diferença, nos dias de hoje, entre '''sinfônica''' e '''filarmônica'''. Antigamente a orquestra '''sinfônica''' levava este nome por ser mantida por uma instituição pública, e a orquestra '''filarmônica''' era sustentada ou apoiada por uma instituição privada, mas hoje este conceito tem mudado e não há diferença.
Uma orquestra terá, tipicamente, mais de oitenta músicos, em alguns casos mais de cem, embora em actuação esse número seja ajustado em função da obra reproduzida. Em alguns casos, uma orquestra pode incluir músicos ''[[freelancer]]s'' para tocar instrumentos específicos que não compõem o conjunto oficial: por exemplo, nem todas as orquestras têm um [[harpa|harpista]] ou um [[saxofone|saxofonista]].
 
Uma orquestra sinfónica dispõe cinco classes de [[instrumento musical|instrumentos]]:
* as '''[[Instrumento de cordas|cordas]]''' ([[violino]]s, [[viola]]s, [[violoncelo]]s, [[contrabaixo]]s, [[harpa]]s)
* as '''[[madeiras]]''' ([[flauta]]s, [[flautim|flautins]], [[oboé]]s, [[corne-inglês]], [[clarinete]]s, [[clarinete baixo]], [[fagote]]s, [[contrafagote]]s)
* os '''[[metais]]''' ([[trompete]]s, [[trombone]]s, [[trompa]]s, [[tuba]]s)
* os '''[[instrumentos de percussão]]''' ([[Tímpano (instrumento)|tímpanos]], [[triângulo (instrumento musical)|triângulo]], [[caixa (instrumento musical)|caixas]], [[bombo]], [[Prato (instrumento musical)|pratos]], [[Carrilhão de orquestra|carrilhão sinfónico]], etc.)
* os '''[[instrumentos de teclas]]''' ([[piano]], [[Cravo (instrumento)|cravo]], [[Órgão (instrumento musical)|órgão]])
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[[Ficheiro:Mozarteum grosser saal buehne mit orchester.jpg|thumb|left|250px|A orquestra de câmara]]
 
A história da orquestra está ligada à história da [[música instrumental]]. A prática de música em instrumentos musicais é antiga, mas foi minoritária em relação à música vocal até o século XVI. Na maioria das vezes, inclusive, os instrumentos musicais eram usados como apoio ou acompanhamento às vozes.
m já é muito antiga, mas durante o período medieval estes grupos não tinham uma estrutura definida. É comum que as partituras desta época sejam indicadas apenas para vozes, mas as partes vocais podiam ser reforçadas ou mesmo substituídas por instrumentos musicais. É provável que o ''Hoquetus David'', obra musical do século XIV seja a primeira composição instrumental. Não há indicação de instrumentos, mas os estudiosos têm esta suspeita porque também não foi encontrado texto para o caso de ser música vocal.
 
Foi no século XVI, durante o [[Renascimento]], que a música instrumental começou a ser praticada de forma autônoma. Ou seja, foi com a [[música renascentista]] que os instrumentos musicais ganharam o status de merecerem ser ouvidos independentemente da música vocal. Inicialmente isto ocorreu com transcrições de música vocal ou danças estilizadas, e os primeiros instrumentos solistas foram o [[Órgão (instrumento musical)|órgão]] e o [[alaúde]].
 
mA ideia de formar [[grupos instrumentais]] também já é muito antiga, mas durante o período medieval estes grupos não tinham uma estrutura definida. É comum que as partituras desta época sejam indicadas apenas para vozes, mas as partes vocais podiam ser reforçadas ou mesmo substituídas por instrumentos musicais. É provável que o ''Hoquetus David'', obra musical do século XIV seja a primeira composição instrumental. Não há indicação de instrumentos, mas os estudiosos têm esta suspeita porque também não foi encontrado texto para o caso de ser música vocal.
 
Além do apoio à música vocal, os grupos instrumentais também foram, desde muito antigamente, usados em cerimônias públicas e em locais abertos. As festas romanas no [[Coliseu]] já usavam grupos de [[cornetas]] e outros instrumentos de grande volume. Acredita-se que por causa desta ligação com festas pagãs e com espetáculos que envolviam o martírio de cristãos é que a [[tradição cristã]] proibiu desde cedo o uso de instrumentos musicais na [[música litúrgica]]. As cortes feudais também usaram com frequência os instrumentos mais estridentes para cerimônias de coroação e festas em lugares abertos. Era comum chamar estes grupos instrumentais de música de estábulo.