Anti-imperialismo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎História: Corrigindo o nome Quênia em grafia em inglês para a grafia em português
Etiqueta: Possível mudança indevida de nacionalidade
Linha 1:
{{mais notas|data=novembro de 2012}}
'''Anti-imperialismo''' refere-se a toda teoria, movimento ou posição contrária a qualquer forma de [[colonialismo]] ou [[imperialismo]].
 
Linha 15 ⟶ 14:
 
==História==
[[Imagem:MartiJohnManuel K TRestauration.jpg|thumb|right|140px|Retratação de [[Jose Martí]].]]
Existem diversas hipóteses sobre a origem desta corrente ideológica. A mais aceita, reza que o anti-imperialismo teve suas raízes no final do século XIX, sustentada por contraditores ao [[colonialismo]] e [[neocolonialismo]]. O cubano [[José Martí]] é considerado o fundador desta corrente, ganhou tal reputação quando influenciou a população de [[Cuba]] com sua ideologia separatista, iniciando a chamada [[guerra de 1895]], na qual, Cuba buscava a separação da soberania espanhola. Ainda em 1895, o escritor e humorista [[Mark Twain]] fundou a intitulada [[Liga anti-imperialista dos Estados Unidos]] <ref>Twain, Mark ''Anti-imperialismo: Patriotas e traidores''</ref>, da qual criticava rigorosamente o domínio dos [[Estados Unidos]] sobre assuntos internos da republica de Cuba.{{carece de fontes|data=novembro de 2012}}
 
O movimento ganhou força em [[1917]], com a publicação do livro ''[[O Imperialismo, a fase superior do capitalismo]]'', autorado pelo russo [[Vladimir Ilitch Lenin|Lenin]], a obra permitiu que a ideologia do anti-imperialismo ficasse conhecida pelo mundo. Com isto, diversas colônias aderiram à ideologia, principalmente após o término da [[Segunda Guerra mundial]], quando os recursos das metrópoles europeias haviam se esgotado pelos combates, criando diversas desavenças ideológicas entre as colônias e suas metrópoles. A [[Organização das Nações Unidas|ONU]] condenava a adoção de campanhas militares como método de solucionar estas desavenças.{{carece de fontes|data=novembro de 2012}}
[[Imagem:MartiJohnManuel K TRestauration.jpg|thumb|right|140px|Retratação de Jose Martí.]]
Existem diversas hipóteses sobre a origem desta corrente ideológica.
A mais aceita, reza que o anti-imperialismo teve suas raízes no final do século XIX, sustentada por contraditores ao [[colonialismo]] e [[neocolonialismo]].
 
Entretanto, os conflitos armados não puderam ser evitados, pois, em [[1946]], a [[França]] desacatou as ordens da ONU e iniciou uma campanha militar para reprimir os movimentos de independência na [[Indochina francesa]], esta campanha ficou conhecida como [[Guerra da Indochina]]. Em [[1954]], a França também organizou campanhas para reprimir a luta por independência estabelecida na [[Argélia]]. Em [[1956]], o [[Reino Unido]] aliado a [[Israel]] e a própria França, iniciou uma ofensiva contra o [[Egito]], com intuito de iniciar um processo de recolonização do mesmo (Um vez que o Egito tinha se separado do Reino Unido anteriormente, em 1952). Entretanto, todos estes movimentos militares foram reprimidos, o que motivou diversas colônias a aderir à ideologia e buscar separação da potência européiaeuropeia.{{carece de fontes|data=novembro de 2012}}
O cubano [[José Martí]] é considerado o fundador desta corrente, ganhou tal reputação quando influenciou a população de [[Cuba]] com sua ideologia separatista, iniciando a chamada [[guerra de 1895]], na qual, Cuba buscava a separação da soberania espanhola.
Ainda em 1895, o escritor e humorista [[Mark Twain]] fundou a intitulada [[Liga anti-imperialista dos Estados Unidos]] <ref>Twain, Mark ''Anti-imperialismo: Patriotas e traidores''</ref>, da qual criticava rigorosamente o domínio dos [[Estados Unidos]] sobre assuntos internos da republica de Cuba.
 
O apogeu do movimento surgiu nas décadas nas décadas de [[Década de 1960|60]] e [[Década de 1970|70]], com diversas guerras de independência acontecendo ao redor do mundo, como a do [[Vietnã]], [[Zâmbia]], [[Quênia]], [[Congo]], [[Togo]], [[Níger]], [[Tanzânia]], [[Indonésia]], [[Burkina Faso]], dentre outros.{{carece de fontes|data=novembro de 2012}}
O movimento ganhou força em [[1917]], com a publicação do livro ''[[O Imperialismo, a fase superior do capitalismo]]'', autorado pelo russo [[Vladimir Ilitch Lenin|Lenin]], a obra permitiu que a ideologia do anti-imperialismo ficasse conhecida pelo mundo.
 
Com o colapso da [[União das Repúblicas Socialistas Soviéticas|União Soviética]] em [[1991]], o movimento perdeu seu maior aderente, resultando na necessidade das demais nações de serem solidárias umas com as outras. O [[Globalização|processo de globalização]], de certa forma, até simplificou o processo. Entretanto, o pacote econômico conhecido como [[Consenso de Washington]], que fora adotado por diversas nações na [[década de 1990|década de 90]], foi uma catástrofe para diversos países anti-imperialistas do [[segundo mundo]].{{carece de fontes|data=novembro de 2012}}
Com isto, diversas colônias aderiram à ideologia, principalmente após o término da [[Segunda Guerra mundial]], quando os recursos das metrópoles europeias haviam se esgotado pelos combates, criando diversas desavenças ideológicas entre as colônias e suas metrópoles. A [[Organização das Nações Unidas|ONU]] condenava a adoção de campanhas militares como método de solucionar estas desavenças.
 
Entretanto, os conflitos armados não puderam ser evitados, pois, em [[1946]], a [[França]] desacatou as ordens da ONU e iniciou uma campanha militar para reprimir os movimentos de independência na [[Indochina francesa]], esta campanha ficou conhecida como [[Guerra da Indochina]]. Em [[1954]], a França também organizou campanhas para reprimir a luta por independência estabelecida na [[Argélia]]. Em [[1956]], o [[Reino Unido]] aliado a [[Israel]] e a própria França, iniciou uma ofensiva contra o [[Egito]], com intuito de iniciar um processo de recolonização do mesmo (Um vez que o Egito tinha se separado do Reino Unido anteriormente, em 1952). Entretanto, todos estes movimentos militares foram reprimidos, o que motivou diversas colônias a aderir à ideologia e buscar separação da potência européia.
 
O apogeu do movimento surgiu nas décadas nas décadas de [[Década de 1960|60]] e [[Década de 1970|70]], com diversas guerras de independência acontecendo ao redor do mundo, como a do [[Vietnã]], [[Zâmbia]], [[Quênia]], [[Congo]], [[Togo]], [[Níger]], [[Tanzânia]], [[Indonésia]], [[Burkina Faso]], dentre outros.
 
Com o colapso da [[União das Repúblicas Socialistas Soviéticas|União Soviética]] em [[1991]], o movimento perdeu seu maior aderente, resultando na necessidade das demais nações de serem solidárias umas com as outras. O [[Globalização|processo de globalização]], de certa forma, até simplificou o processo. Entretanto, o pacote econômico conhecido como [[Consenso de Washington]], que fora adotado por diversas nações na [[década de 1990|década de 90]], foi uma catástrofe para diversos países anti-imperialistas do [[segundo mundo]].
 
==Anti-imperialismo americano==
[[Imagem:CheyFidel.jpg|thumb|Líderes [[revolucionário]]s [[Che Guevara]] (esquerda) e [[Fidel Castro]] (direita) em 1961.]]
 
{{Quote2|Devemos ter em mente que o imperialismo é um sistema mundial, o último estágio do capitalismo - e deve ser derrotado em um confronto mundial. O fim estratégico dessa luta deve ser a destruição do imperialismo. Nossa participação, a responsabilidade dos explorados e subdesenvolvidos do mundo é eliminar as bases do imperialismo: as nossas nações oprimidas, de onde extraem capitais, matérias-primas, técnicos e mão de obra barata, e para o qual exportar novas capitais - instrumentos de dominação - braços e todos os tipos de artigos, assim submergir-nos em uma dependência absoluta|[[Che Guevara]], Mensagem à Tricontinental de 1967<ref>{{citar web |url=http://www.marxists.org/archive/guevara/1967/04/16.htm |título=Che Guevara Internet Archive - Message to the Tricontinental |acessodata=25 de novembro de 2012 |autor= |coautores= |data=Primavera de 1967 |ano= |mes= |formato=HTM |obra=Tricontinental |publicado=Marxists.org |páginas= |língua= |língua2= |língua3= |lang= |citação= }}</ref>}}
 
Trata-se de uma alíquota desta corrente, da qual, se foca na amotinação ao [[imperialismo americano]] especificamente. Esta, possuí uma reputação mais radical em suas manifestações, sendo vistos por alguns como aderentes do [[Antiamericanismo|sentimento antiamericano]] e até ao [[terrorismo]]. Fora fundada em meados da [[Guerra fria]], uma vez que os [[Estados Unidos]] assumiram uma posição de contradição a União Soviética (Defensora do anti-imperialismo), e o objetivo desta corrente era de inibir ações estadunidenses contra o movimento.{{carece de fontes|data=novembro de 2012}}
Esta, possuí uma reputação mais radical em suas manifestações, sendo vistos por alguns como aderentes do [[Antiamericanismo|sentimento antiamericano]] e até ao [[terrorismo]]. Fora fundada em meados da [[Guerra fria]], uma vez que os [[Estados Unidos]] assumiram uma posição de contradição a União Soviética (Defensora do anti-imperialismo), e o objetivo desta corrente era de inibir ações estadunidenses contra o movimento.
 
A primeira nação a acatar ao movimento foi a [[Guatemala]], em [[1944]], durante o período que ficou conhecido como ''"Dez ano de primavera" (Ver:[[História da Guatemala]])''. A [[Argentina]] também mostrava-se afiliação ao movimento no governo de [[Juan Domingo Perón|Perón]] (1946-1955). Na [[Bolívia]], em [[1952]], o governo do militar [[Hugo Ballivián]] foi derrubado pelo [[Movimento Nacionalista Revolucionário|MNR]]. Entretanto, nenhum deste eventos proporcionaram tanta influência do pensamento no continente quanto a [[Revolução Cubana]], inspiradas pelos pensamentos, diversas facções armadas foram montadas em diversos países da América, como as [[Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia|FARCs]], o [[Exército Popular Revolucionário|ERP]], a [[Frente Sandinista de Libertação Nacional|FSLN]] em [[Nicarágua]], os [[Movimento de Esquerda Revolucionária|MIRs]], os [[Tupamaros]] do [[Uruguai]], dentre outros. Atualmente, existem 3 países que se declaram como aderentes de tal corrente, sendo eles: [[Cuba]], [[Venezuela]] e [[Bolívia]]<ref>[http://www.cronica.com.mx/nota.php?id_nota=171748 Evo Morales declara apoio a Hugo Chavez]</ref>
Entretanto, nenhum deste eventos proporcionaram tanta influência do pensamento no continente quanto a [[Revolução Cubana]], inspiradas pelos pensamentos, diversas facções armadas foram montadas em diversos países da América, como as [[Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia|FARCs]], o [[Exército Popular Revolucionário|ERP]], a [[Frente Sandinista de Libertação Nacional|FSLN]] em [[Nicarágua]], os [[Movimento de Esquerda Revolucionária|MIRs]], os [[Tupamaros]] do [[Uruguai]], dentre outros.
 
==Ver também==
Atualmente, existem 3 países que se declaram como aderentes de tal corrente, sendo eles: [[Cuba]], [[Venezuela]] e [[Bolívia]]<ref>[http://www.cronica.com.mx/nota.php?id_nota=171748 Evo Morales declara apoio a Hugo Chavez]</ref>
* [[Imperialismo]]
* [[Colonialismo]]
* [[Neocolonialismo]]
* [[Socialismo]]
 
{{Referências}}
 
=== Bibliografia ===
* Griffiths, Martin, and Terry O'Callaghan, and Steven C. Roach 2008. ''International Relations: The Key Concepts''. Second Edition. New York: Routledge.
* Heywood, C. 2004. ''Political Theory: An Introduction'' New York: Palgrave MacMillan
* Harrington, Fred H. "The Anti-Imperialist Movement in the United States, 1898-1900", ''Mississippi Valley Historical Review'', Vol. 22, No. 2 (Sep., 1935), pp.&nbsp;211–230 [http://www.jstor.org/stable/1898467 in JSTOR]
* Proudman, Mark F.. "Words for Scholars: The Semantics of 'Imperialism'". ''Journal of the Historical Society'', September 2008, Vol. 8 Issue 3, p395-433
 
==Ver também==
* [[Imperialismo]]
* [[Colonialismo]]
* [[Neocolonialismo]]
* [[Socialismo]]
 
==Ligações externas==