Patrimonialismo: diferenças entre revisões

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Tal postura se instaurou na Europa pelos [[germanos]] que invadiram [[Roma]]. Os [[romanos]] tinham por característica a [[república]], forma onde os interesses pessoais ficavam subjugados aos da república. Os [[bárbaros]], que aos poucos foram dando forma ao império decadente, tinham o patrimonialismo como característica, onde o reino e suas riquezas eram transmitidas hereditariamente, de forma que os sucessores usufruiam dos benefícios do cargo, sem pudor em gastar o tesouro do reino em benefício próprio ou de uma minoria, sem prévia autorização de um [[senado]].
 
== No Brasil :o ==
No Brasil, o patrimonialismo fora implantado pelo [[Império Português|Estado colonial português]], quando o processo de concessão de títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado não se distingue perante as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o [[Brasil Colônia|período colonial]] (1500 - 1822), perpassando pelo [[Brasil Império|período Imperial]] (1822 - 1889) e chegando mesmo à [[República Velha]] (1889 - 1930) a confusão entre o público e o privado.
 
O patrimonialismo é uma ideia essencial para a definição do [[Homem cordial|Homem Cordial]], conceito idealizado pelo sociólogo [[Sérgio Buarque de Holanda]] em [[Raízes do Brasil]].
 
[[Victor Nunes Leal]], em seu clássico "Coronelismo: enxada e voto" trabalha de modo magistral o patrimonialismo no Brasil. Para este autor, a medida que o poder público ia se afirmando sobre o poder privado, e o Estado imperial ganhava força e podia prescindir da "muleta" dada pelos latifundiários e senhores de terras, este mesmo Estado teria extralegalmente tolerado que o fazendeiro (o chamado "coronel") embarcasse dentro da "canoa" do Estado moderno; em troca da "força moral" (dos votos) dos coronéis fazendeiros, o Estado brasileiro continuou, embora ilegalmente, homologando os poderes formais e informais destas figuras. Já os fazendeiros, "perdendo os anéis para conservar os dedos", souberam adaptar-se aos novos tempos, e embarcaram quase incólumes na "canoa sem remo" da república. O legado do poder privado, mesmo hoje, ainda sobrevive dentro da máquina governamental com o uso e presença do "jeitinho brasileiro", quando a maioria dos políticos veem o cargo público que ocupam como uma "propriedade privada" sua, ou de sua família, em detrimento dos interesses da coletividade. Agora, vá jogar minecraft.
 
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