Frederico I do Sacro Império Romano-Germânico: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 61:
Frederico lançou seis expedições militares na Itália. Na primeira, que começou em outubro de 1154,<ref>{{harvnb|Comyn|1851|p=227}}</ref> seu plano era lançar uma campanha contra os [[Normandos]] sob comando do rei [[Guilherme I da Sicília]].<ref name="Comyn, pg. 230"/> Ele marchou para o sul e quase que imediatamente encontrou resistência contra a sua autoridade. Conseguindo submeter [[Milão]], ele cercou e conquistou [[Tortona]] no começo de 1155, destruindo-a completamente.<ref>{{harvnb|Comyn|1851|p=228}}</ref> Ele então se moveu em direção a [[Pavia]], onde recebeu a [[Coroa de Ferro]] e o título de [[Lista de reis da Itália|rei da Itália]].<ref>{{harvnb|Comyn|1851|p=229}}</ref> Avançando pela [[Bolonha]] e [[Toscana]], ele rapidamente se aproximou da cidade de Roma. Lá, o [[Papa Adriano IV]] lutava contra as forças republicanas da comuna da cidade, lideradas por [[Arnaldo de Bréscia]], um estudante de [[Abelardo]].<ref name="Canduci, pg. 263"/> Como um sinal de boa fé, Frederico dispensou os embaixadores que recebeu do Senado Romano,<ref name="Comyn, pg. 230"/> e as forças imperiais reprimiram os republicanos. Arnoldo foi capturado e enforcado por traição. Apesar de seus ensinamentos teológicos não ortodoxos, Arnaldo não foi acusado de heresia.<ref>{{harvnb|Cantor|1969|pp=368–369}}</ref>
 
Enquanto Frederico se aproximava dos portões de Roma, o papa foi lá para encontra-lo. Após recebe-lo na tenda real e beijar os pés do papa, Frederico esperava receber o tradicional beijo da paz.<ref name="Comyn, pg. 231">{{harvnb|Comyn|1851|p=231}}</ref> Mas como Frederico havia se recusado a segurar o estribo do Papa enquanto o levava para sua tenda, Adriano se recusou a dar o beijo até que este protocolo fosse feito.<ref name="Canduci, pg. 263"/> O rei exitou e Adriano IV se retirou; após um dia de negociações, FrederocpFrederico cpmcprdpiconcordou e,em fazer o ritual requisitado, enquanto murmurava "''Pro Petro, non Adriano''" ("Por [[São Pedro|Pedro]], não Adriano"). Como Roma ainda estava em caos devido ao destino sofrido por Arnaldo de Bréscia, ao invés de marchar pelas ruas da cidade, Frederico e Adriano se retiraram no [[Santa Sé|Vaticano]].<ref name="Comyn, pg. 231"/>
 
No dia seguinte, a 18 de junho de 1155, Adriano IV coroou Frederico I como [[Imperador Romano-Germânico]] na [[Basílica de São Pedro]], em meio a aclamação do exército alemão.<ref name="Comyn, pg. 232">{{harvnb|Comyn|1851|p=232}}</ref> O povo de Roma então iniciou uma revolta e Frederico teve que passar o dia de sua coroação sufocando a rebelião, resultando na morte de mais de 1 000 pessoas, com milhares de outras feridas. No dia seguinte, Frederico, Adriano e o exército alemão viajaram para [[Tivoli]]. De lá, uma combinação de um verão italiano bem ruim e o efeito de um ano longe da Alemanha forçou Frederico a adiar seu plano de fazer guerra contra os normandos na [[Sicília]].<ref name="Comyn, pg. 232"/> Em seu caminho para o norte, eles atacaram a cidade de [[Espoleto]] e encontraram os embaixadores de [[Manuel I Comneno]], que deram ao Imperador vários presentes caros. Em [[Verona]], Frederico mostrou toda a sua fúria contra os rebeldes de Milão antes de retornar para a Alemanha.<ref>{{harvnb|Comyn|1851|p=233}}</ref>
 
Nesse meio tempo, a desordem havia se instaurado na Alemanha, especialmente na Baviera, mas a ordem foi restaurada pelo vigor de Frederico e por ações conciliatórias. O ducado da Baviera foi dado de [[Henrique II da Áustria|Henrique II]], margrave da Áustria, para o jovem primo do imperador, [[Henrique, o Leão]], Duque da Saxônia, da [[Casa de Guelfo]].<ref>{{harvnb|Comyn|1851|p=203}}</ref> Henrique II foi nomeado [[Ducado da Áustria|Duque da Áustria]] como sua compensação pela perda da Baviera. Como parte da sua política geral de concessão formal de poder para os príncipes alemães e para encerrar as guerras civis dentro do reino, Frederico decidiu agradar mais Henrique dando a ele direitos sobre os territórios austríacos. Esta foi uma grande concessão por parte de Frederico, que percebeu que Henrique o Leão tinha que ser acomodado, chegando ao ponto de partilhar um pouco do poder com ele. Frederico não poderia ter um inimigo como Henrique.<ref>{{harvnb|Davis|1957|p=319}}</ref>
 
Em 9 de junho de 1156, na cidade de [[Wurtzburgo|Würtzburgo]], Frederico se casou com [[Beatriz I da Borgonha|Beatriz da Borgonha]], filha e herdeira de [[Reinaldo III da Borgonha|Reinaldo III]], assim anexando aos seus domínios os territórios do [[Condado de Borgonha]]. Com o objetivo de criar cortesia, o imperador Frederico proclamou a ''[[Landfrieden|Paz na Terra]]'',<ref>{{citar web|URL=http://avalon.law.yale.edu/medieval/peace.asp|título=Peace of the Land Established by Frederick Barbarossa Between 1152 and 1157 A.D.|publicado=[[Yale Law School]]|acessodata=22 de dezembro de 2016}}</ref> escrito entre 1152 e 1157, que instituiu punições para diversos crimes, além de um sistema para resolver disputas. Ele se declarou como o único ''[[Augusto (título)|Augusto]]'' do mundo romano, deixando de reconhecer Manuel I de [[Constantinopla]].<ref>{{harvnb|Comyn|1851|p=234}}</ref>