As políticas de cotas são usadas com o fim de corrigir uma distorção presente na sociedade. No caso das cotas universitárias, o seu escopo é corrigir um problema de acesso ao ensino superior.
Há opiniões fortemente contrárias às cotas, posto que distorcem a competição por mérito puro. Os estudantes que deveriam ter obtido vagas por critério de mérito, são forçados a ceder suas vagas a outros, menos preparados, de onde se origina a convicção de que não estão sendo tratados de forma igual perante a lei (art 5º da CF / 1988). Todos pagam tributos para o custeio da universidade pública, logo toda a sociedade teria maior benefício pela disputa meritocrática pura, sem prejudicar quaisquer pagadores de impostos cuja condição social seja mais favorecida, ou por qualquer outro critério ainda mais subjetivo do que o social (cor da pele, por exemplo). Por outro lado, em países onde a qualidade do ensino público fundamental e médio vem se tornando progressivamente pior ao longo dos anos (vide avaliações internacionais nos quesitos compreensão escrita e matemática), esvazia-se o argumento de que a cota universitária seria distribuição de oportunidades.