Jardins Suspensos da Babilónia: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 201.75.214.86 para a última revisão de Hume42, de 23h54min de 28 de março de 2017 (UTC)
m ajustando datas nas citações, traduzindo nome/parâmetro de predefinições, outros ajustes usando script
Linha 1:
[[Imagem:Hanging Gardens of Babylon.jpg|thumb|upright=1.5|Representação dos jardins suspensos da [[Babilônia (cidade)|Babilónia]], como imaginados por [[Martin Heemskerck]]. Na pintura, a [[Torre de Babel]] aparece ao fundo.]] {{geocoordenadas|32_32_07.85_N_44_25_40_L_type:landmark_region:EG|32° 32′ 07.85" N, 44° 25′ 40" L}}
 
Os '''Jardins Suspensos da Babilônia''' são uma das ''[[Sete maravilhas do Mundo Antigo|sete maravilhas do mundo antigo]]''. É, talvez, uma das maravilhas relatadas sobre a qual menos se sabe. Muito se especula sobre suas possíveis formas e dimensões, mas nenhuma descrição detalhada ou vestígio [[Arqueologia|arqueológico]] foi encontrado, exceto um poço fora do comum que parece ter sido usado para bombear água.
 
Tradicionalmente, acredita-se que tenha sido construído na antiga cidade da [[Babilônia (cidade)|Babilônia]], próximo de onde atualmente se localiza a cidade de [[Al-Hillah|Hillah]], no [[Iraque]]. Nas obras de [[Flávio Josefo|Josefo]], encontram-se citações ao sacerdote babilônico [[Beroso]], que teria escrito em aproximadamente [[290 a.C.]] que os jardins suspensos eram obra do rei [[Império Neobabilônico|neobabilônico]] [[Nabucodonosor II]], que governou entre [[605 a.C.|605]] e [[562 a.C.]]. Não há textos babilônicos existentes que mencionem os jardins e tampouco foram encontradas evidências arqueológicas na Babilônia que comprovassem sua existência.<ref>Finkel (1988) p. 58.</ref><ref>Irving Finkel and Michael Seymour, ''Babylon: City of Wonders'', (London: British Museum Press, 2008), p. 52, ISBN 0-7141-1171-6.</ref>
 
Em virtude da falta de evidências, tem sido sugerido que os Jardins Suspensos são puramente míticos, e que as descrições encontradas nos escritos gregos e romanos antigos (incluindo [[Estrabão]], [[Diodoro Sículo]] e [[Quinto Cúrcio Rufo]]) representam apenas um ideal romântico de um jardim oriental.<ref>Finkel 2008</ref> Se ele de fato existiu, foi destruído em algum momento após o primeiro século d.C.<ref>{{citecitar web|titletítulo=The Hanging Gardens of Babylon|url=http://www.seven-wonders-world.com/hanging_gardens_babylon.htm|accessdateacessodata=5 de Fevereiro de 2014}}</ref><ref>{{citecitar web|titletítulo=The Hanging Gardens of Babylon|url=http://www.unmuseum.org/hangg.htm|accessdateacessodata=5 de Fevereiro de 2014}}</ref>
 
Alternativamente, o jardim original pode ter sido, na verdade, um bem documentado que o rei [[Assíria|assírio]] [[Senaqueribe]] (704-681 a.C.) construiu em sua capital, [[Nínive]], sobre o rio [[Rio Tigre|Tigre]], próximo da cidade de [[Mossul]].<ref>{{citecitar booklivro|lastúltimo =Dalley |firstprimeiro = Stephanie|yearano=2013 |titletítulo=The Mystery of the Hanging Garden of Babylon: an elusive World Wonder traced |publisherpublicado= Oxford University Press| ISBN =978-0-19-966226-5}}</ref>
 
== Textos antigos ==
[[Imagem:Ogrody semiramidy.jpg|thumb|upright=1.5|Jardins Suspensos da Babilônia, interpretação datada do século 20 d.C.]]
No que tangem à textos antigos, os Jardins Suspensos da Babilônia foram descritos pela primeira vez por Beroso, sacerdote de [[Marduk]], que escreveu aproximadamente em 290 a.C., embora seus livros sejam conhecidos apenas por citações de autores posteriores (como por exemplo, Flávio Josefo). Há cinco principais escritores (incluindo Beroso) cujas descrições da Babilônia ainda existem em algum formato hoje. Estes escritores se preocuparam principalmente em descrever o tamanho dos jardins, por que e como foram construídos e como eram irrigados.{{carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
Josefo (cerca de 37-100 d.C) cita Beroso ao descrever os jardins.<ref name="Finkel"> Finkel (1988) p. 41.</ref> Beroso, por sua vez, descreveu o reinado de Nabucodonosor II, e é o único escritor a creditar a construção dos Jardins Suspensos ao imperador. <ref>Finkel (2008) p. 108.</ref>
Linha 28:
Até o momento, nenhuma evidência arqueológica dos jardins foi encontrado na Babilônia.<ref name="Finkel" /> Porém, é possível que estas evidências estejam soterradas abaixo do rio [[Rio Eufrates|Eufrates]], no entanto, por questões de segurança, o rio ainda não pode ser escavado. Na época de Nabucodonosor II, o rio corria a leste de sua posição atual, e pouco se sabe sobre a parte ocidental da Babilônia.<ref>[[Joan Oates]], ''Babylon'', Revised Edition, Thames and Hudson, London (1986) p. 144 ISBN 0500273847.</ref> Rollinger sugeriu que Beroso atribuiu a construção dos jardins a Nabucodonosor, na verdade, apenas por razões políticas, e que ele havia adotado a lenda de outro lugar.<ref>Rollinger, Robert "Berossos and the Monuments", ed. J Haubold ''et al'', ''The World of Berossos'', Wiesbaden (2013), p151</ref>
 
Uma teoria recente propõe que os Jardins Suspensos da Babilônia foram realmente construídos pelo rei assírio [[Senaqueribe]] (r. 704-681 a.C.) em seu palácio em Nínive. Stephanie Dalley postula que durante os séculos seguintes os dois locais acabaram se confundindo, e os extensos jardins do palácio de Senaqueribe acabaram sendo atribuídos à Babilônia de Nabucodonosor II.<ref>{{citecitar journalperiódico|authorautor =Stephanie Dalley|titletítulo=Ancient Mesopotamian Gardens and the Identification of the Hanging Gardens of Babylon Resolved|journalperiódico=Garden History|volume=21|yearano=1993|pagespáginas=7|jstor=1587050}}</ref> Recentemente foi descoberto um vasto sistema de aquedutos com inscrições de Senaqueribe, que Dalley propõe terem sido parte de uma série de 50 milhas (80 km) de canais, barragens e aquedutos utilizados para transportar água para Nínive, usando [[Parafuso de Arquimedes|bombas de parafuso]] para elevá-la até os jardins.<ref>{{citecitar journalperiódico|lastúltimo =Alberge|firstprimeiro =Dalya|titletítulo=Babylon's hanging garden: ancient scripts give clue to missing wonder|workobra=The Guardian|datedata=5 Mayde maio de 2013|url=http://www.guardian.co.uk/science/2013/may/05/babylon-hanging-garden-wonder-nineveh|accessdateacessodata=6 Mayde maio de 2013}}</ref>
 
{{referências|col=2}}
 
=== Bibliografia ===
*{{cite bookcitar livro|author1-linkautorlink1 =Irving Finkel |last1último1 =Finkel |first1primeiro1 =Irving |yearano=1988 |chapterurlcapítulourl=https://books.google.com/books?id=vGhbJzigPBwC&pg=PA38 |chaptercapítulo=The Hanging Gardens of Babylon |titletítulo=The Seven Wonders of the Ancient World |editor1editor-firstnome1 =Peter |editor1editor-lastsobrenome1 =Clayton |editor2editor-firstnome2 =Martin |editor2editor-lastsobrenome2 =Price |publisherpublicado=Routledge |publicationplacelocal-publicação=New York |pagespáginas=38 ff. |isbn=0-415-05036-7}}
*{{cite bookcitar livro|editor1editor-lastsobrenome1 =Finkel |editor1editor-firstnome1 =Irving L. |editor2editor-lastsobrenome2 =Seymour |editor2editor-firstnome2 =Michael J. |yearano=2008 |titletítulo=Babylon |publisherpublicado=Oxford University Press |publicationplacelocal-publicação=New York |isbn=0-19-538540-3}}
*{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Dalley |firstprimeiro =Stephanie |yearano=2013 |titletítulo=The Mystery of the Hanging Garden of Babylon: an elusive World Wonder traced |publisherpublicado=Oxford University Press |isbn=978-0-19-966226-5}}
 
== Ligações externas ==