Panamá: diferenças entre revisões

|gentílico = panamenho,<ref>[http://www.bmf.com.br/caers/pages/perfil/panama.asp Sala do Exportador - RS, Dados Gerais sobre o Panamá]</ref>, panamense<ref>[http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=gentilicos&id=618 Portal da Língua Portuguesa, Dicionário de Gentílicos e Topónimos do Panamá]</ref>

|PIB_per_capita = {{formatnum:17809}}<ref name="Economia"/>

A grafia correta é ''Panamá ''nas [[linguagem humana|línguas]] [[língua portuguesa|portuguesa]], [[língua castelhana|castelhana]], [[língua italiana|italiana]] e [[língua francesa|francesa]] e ''Panama ''nas línguas [[língua inglesa|inglesa]] e [[língua alemã|alemã]]. O vocábulo ''panamá ''é a designação de um tipo de [[Chapéu-panamá|chapéu]] o qual fabrica-se a partir da [[matéria-prima]] das [[folha]]s de uma [[palmeira]] endêmica de cinco países da [[Mesoamérica]] que são o Panamá, a [[Colômbia]], o [[Peru]], e o [[Equador]], utilizando-se, também, como sinônimo de [[corrupção política]], escândalo financeiro, dinheiro mal administrado dos outros ou do governo, a partir das finanças ilegais praticadas por um companhia francesa denominada ''Compagnie Universelle du Canal Océanique'' que encarregava-se de [[Construção|construir]] o [[canal do Panamá]].<ref>BARBOSA, Francisco de Assis; HOLANDA, Guy de; '''Panamá''', ''in'' "Enciclopédia Mirador Internacional", Volume 15, EncyclopaediaEncyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda., São Paulo, 1993, p. 8511.</ref>

Com a decisão de retomar o projeto abandonado pelos franceses, os Estados Unidos, maior interessado na conclusão da rota, inicia as negociações com o governo colombiano. No início de [[1903]], o [[Tratado Hay-Herran]] foi assinado pelos dois países, mas o senado colombiano não o ratificou. Após a negativa, os Estados Unidos mudam de estratégia e passam a financiar movimentos separatistas locais de modo a retirar o poder do governo colombiano sobre a área.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

Em 3 de novembro de 1903, um movimento separatista proclamou a [[independência]] do Panamá em relação à [[Colômbia]]. Os [[Estados Unidos]] reconheceram de imediato o novo estado e enviaram forças navais que impediram a chegada de tropas colombianas para sufocar a rebelião. Quinze dias depois, foi firmado o [[Tratado Hay-Bunau-Varilla]], ratificado pelo governo provisório do Panamá, e que concedia aos Estados Unidos o uso, controle e ocupação perpétua da Zona do Canal, uma faixa de 16&nbsp;km de largura através do [[istmo]]. Em [[1904]] reiniciaram-se as obras. O canal só foi aberto oficialmente ao tráfego em [[15 de agosto]] de [[1914]].{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

A [[constituição]] de fevereiro de 1904 autorizava a intervenção das forças armadas norte-americanas em caso de desordens públicas, o que, na prática, equivalia à instauração de um protetorado. A instabilidade política motivou diversas intervenções nos primeiros decênios do século e isso, somado à alienação da [[Zona do Canal do Panamá|Zona do Canal]], que partia em dois o território nacional, alimentou na população sentimentos de hostilidade aos Estados Unidos e um crescente nacionalismo.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

Em 1924 normalizaram-se as relações entre o Panamá e a [[Colômbia]]. Em 1936, a "política da boa vizinhança" preconizada pelo [[presidente]] [[Estados Unidos|estadunidense]] [[Franklin Roosevelt]] permitiu um princípio de revisão do [[Tratado Hay-Bunau-Varilla]]. Arnulfo Arias, eleito presidente em junho de 1940, aproveitou a delicada situação internacional para exigir do governo dos Estados Unidos maiores compensações pelo uso bélico da Zona do Canal e da frota de [[Bandeira do Panamá|bandeira nominalmente panamenha]]. Após sua queda, em [[1941]], o país entrou na segunda guerra mundial, seguindo as diretrizes dos Estados Unidos, que foram autorizados a operar em bases localizadas fora da Zona do Canal.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

Em 1949 Arias foi novamente eleito, mas um golpe de estado entregou o poder dois anos mais tarde a José Antonio Remón, comandante da Guarda Nacional, que firmou com o presidente estadunidense [[Dwight Eisenhower]] novo tratado sobre o canal, mais favorável aos interesses panamenhos. O assassinato de Remón, em janeiro de 1955, levou aos breves mandatos presidenciais de José Ramón {{Nome próprio|Guizado}} e Ricardo Arias Espinosa. Ernesto de la Guardia Jr. governou de [[1956]] a [[1960]], quando as obras financiadas pelo [[Banco Mundial]] e a entrada de capital estrangeiro para a construção de refinarias de petróleo favoreceram o desenvolvimento do país.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

Durante o [[mandato]] de Roberto Chiari ([[1960]]-[[1964]]) concretizou-se um programa para a erradicação de bolsões de pobreza e a extensão da previdência social a amplos setores da população. Nessa época, a [[Ponte das Américas]], a estrutura sobre o [[Canal do Panamá]] que une por via terrestre o istmo, foi inaugurada em 12 de outubro de [[1962]]. Os distúrbios de janeiro de 1964 e o rompimento temporário das relações com os Estados Unidos levaram a nova intervenção. Marco Aurelio Robles (1964-[[1968]]) assinou novos tratados em junho de 1967.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

O Panamá é hoje o país mais internacionalizado da [[América Latina]], segundo o Índice de Globalização das [[Nações Unidas]]. Adota o dólar como moeda corrente, o inglês é falado nas ruas e tem gente de todo o mundo chegando e partindo de seus portos, rodovias e aeroportos.<ref name="Folha"/>.

O Panamá produz pequenas quantidades de [[ouro]] e dinheiro e explora o sal ao longo da costa do Pacífico. A maior parte dos [[Manufatura|produtos manufaturados]], como o [[cimento]], os [[cigarro]]s, os [[sapato]]s, os vestuários, o sabão, os produtos alimentares e as bebidas alcoólicas, é destinada ao mercado local. Os produtos petroleiros são refinados sobretudo para a [[exportação]].<ref name="VPM">{{Citar web|url=http://www.voyagesphotosmanu.com/economia_do_panama.html|título=Economia do Panamá|publicado=voyagesphotosmanu.com/|língua2=pt|acessodata=3 de maio de 2012}}</ref>.

É também um dos países mais prósperos e que mais cresce na América Latina. Tem apenas 2,8 milhões de habitantes. Desde a deposição do ditador [[Manuel Noriega]], em [[1989]], não tem mais Forças Armadas.<ref name="Folha">{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/americacentral/panama.shtml|título=Turismo-Panamá|publicado=Folha Online - UOL|língua2=pt|acessodata=3 de maio de 2012}}</ref>.

As grandes empresas [[agricultura|agrícolas]] convivem com as pequenas propriedades e [[agricultura de subsistência|lavouras de subsistência]]. A maior parte da produção agrícola destina-se à [[exportação]] e é obtida em [[fazenda]]s mecanizadas, mas persistem os núcleos de subsistência, que utilizam técnicas tradicionais. Nas [[planície]]s plantam-se [[arroz]], [[cana-de-açúcar]] e [[fruta]]s [[trópico|tropicais]]; nas terras [[clima temperado|temperadas]] são produzidos [[tomate]]s, [[batata]]s e [[cebola]]s. O [[milho]] é cultivado em quase todas as zonas agrícolas do país. Exportam-se [[café]], [[açúcar]] e [[banana]]s.<ref name="VPM"/>.

Apesar do considerável desenvolvimento registrado nas últimas [[década]]s, o [[setor secundário|setor industrial]] panamenho é relativamente fraco. Destacam-se a [[produção]] de [[plástico]]s, as [[indústria têxtil|indústrias têxteis]], as de confecção de artigos de [[couro]] e, sobretudo, as [[indústria alimentícia|alimentícias]]: carne, cereais, açúcar e laticínios.<ref name="VPM"/>. Os principais centros industriais são a [[capital]] do país e zona franca de [[Colón (Panamá)|Colón]], criada em [[1953]], onde reúnem montadoras de [[produto]]s procedentes dos [[Estados Unidos]], [[Japão]] e [[Europa ocidental]], que são posteriormente exportados para os [[país]]es das [[América]]s [[América Central|Central]] e do [[América do Sul|Sul]].