Lyndon B. Johnson: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Desfeita a edição 49125534 de 2804:14D:5C53:8518:9512:6AC3:90AC:BD53
Linha 180:
Ao contrário de Kennedy, Johnson tinha vasta experiência no Congresso. Ele conhecia as táticas obstrucionistas e sabia como fazer avançar as leis que queria, para qual comitê lançar os projetos e como convencer congressistas a apoia-lo.<ref name="Caro, Robert p459"/> Na luta para aprovar a lei de direitos civis, ele mudou a tática que Kennedy tinha e decidiu pessoalmente se intrometer em assuntos do poder legislativo.<ref name="Caro, Robert p460">Caro, Robert. "The Passage of Power". p. 460</ref>
 
Passar o projeto de direitos civis na Câmara dos Representantes iria requerer passar primeiro no Comitê de regras da Casa, onde lá estava parada e morrendo. Johnson suouusou várias técnicas para fazer com que a lei fosse para o plenário.<ref name="Caro, Robert p462">Caro, Robert. "The Passage of Power". p. 462</ref> Sem alternativa, o Congresso teve que se mover e a aprovou no Comitê e a levou para votação, onde passou na Câmara por 290 a 110.<ref>Dallek 1998, p. 116.</ref> No Senado, seus membros não tiveram muita opção se não recorrer a [[Obstrucionismo|filibuster]] (obstrução) para impedir a pauta. Johnson precisaria do apoio de pelo menos 20 senadores republicanos para passar pelas obstruções, mas o partido estava dividido e seu candidato a presidência daquele ano, Barry Goldwater, se opunha a lei.<ref>Caro, Robert. "The Passage of Power". p. 463</ref> De acordo com Caro, foi quando Johnson convenceu o líder republicano [[Everett Dirksen]] a apoiar a lei que esta acabou passando no senado; após um debate de 75 horas, a votação terminou em 71 a 29 em favor do projeto de lei.<ref>Caro, Robert. "The Passage of Power". p. 465</ref><ref name="Schlesinger-Pages644-645">{{citar livro|último =Schlesinger|primeiro =Arthur Jr.|anooriginal=1978|ano=2002|título=Robert Kennedy And His Times|páginas=644–645}}</ref>
 
Johnson assinou formalmente a [[Lei dos Direitos Civis de 1964]] em 2 de julho daquele ano.<ref name="Schlesinger-Pages644-645"/> Segundo pessoas próximas do presidente, após a assinatura da lei, Johnson teria dito a um ajudante: "nós perdemos o Sul por uma geração", antecipando que os sulistas brancos, anteriormente pró-Democratas, se voltariam contra o partido. De fato, desde 1980, nenhum candidato do Partido Democrata conquistou a maioria dos votos no sul dos Estados Unidos.<ref>Dallek 1998, p. 120.</ref>