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{{Info/Político/Presidente
|nome =Mohamed Morsi<br />محمد مرسى عيسى العياط
|imagem =Mohamed Morsi-05-2013.jpg
|imagem-tamanho =220px
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|preposição =do
|país =Egito
|ordem_presidente =[[Anexo:Lista de presidentes do Egito|5]]
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|depois = [[Adly Mansour]]
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|nascimento_data ={{nowrap|{{dni|20|8|1951}}}}
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|partido =''[[Político sem partido|independente]]'' (2012-atualidade)<br />[[Partido da Liberdade e da Justiça]] (2011-2012)
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'''Mohamed Mohamed Morsi Issa al-Ayyat''' ({{lang-ar|محمد مرسى عيسى العياط}}) ([[El-Adwah]], [[Xarqia (província)|Província de Xarqia]], [[20 de agosto]] de [[1951]]) é um político do [[Egito]], eleito em 2012 como o [[Anexo:Lista de presidentes do Egito|5º presidente]] da história do seu país.
 
Entre [[30 de abril]] de [[2011]] e [[junho]] de [[2012]] foi presidente do [[Partido da Liberdade e da Justiça]], partido político fundado pela [[Irmandade Muçulmana]] após a [[Revolução Egípcia de 2011]].<ref>{{citar web|url=http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2551047&seccao=M%C3%A9dio%20Oriente|título=O islamita e o ex-Mubarak na 2.ª volta das presidenciais|publicado=Diário de Notícias (DN Online)|data=28/05/2012|acessodata=14 de junho de 2012}}</ref>
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== Vida pessoal e profissional ==
 
Morsi estudou [[engenharia]] na [[Universidade do Cairo]] e doutorou-se na mesma área nos [[Estados Unidos]], na [[University of Southern California]]. Ainda nos Estados Unidos ele atuou durante alguns anos como professor auxiliar, e lá também nasceram dois de seus cinco filhos, que portanto têm nacionalidade americana.
Em seguida, Morsi iniciou a carreira de professor no Egito, na Universidade de [[Zagazig]],<ref name="profile">[http://www.bbc.com/news/world-middle-east-18371427 Profile: Egypt's Mohammed Morsi], em inglês, acesso em 02 de setembro de 2014.</ref>, dirigindo o Departamento de [[ciências dos materiais]].
 
==Carreira política==
 
Entre 2000 e 2005 exerceu mandato parlamentar, tendo sido eleito por meio de uma candidatura formalmente independente, mas apoiada pela [[Irmandade Muçulmana]]. Durante o mandato, destacou-se como brilhante orador. Em 2005, não conseguiu a reeleição e alegou que o processo tinha sido fraudado.<ref name="profile"/>.
 
=== Presidência do Egito ===
{{Artigo principal|Revolução Egípcia de 2011}}
Com a fundação do Partido da Liberdade e da Justiça, Morsi foi escolhido pela Irmandade Muçulmana para ser o primeiro líder do novo partido.<ref>{{citar web|url=http://www.aljazeera.net/home/print/0353e88a-286d-4266-82c6-6094179ea26d/ec1af614-ab8b-4f33-9e16-b7969e03e175|título=Entrevista com Mohamed Morsi|publicado=[[Al Jazeera]]|lingua=árabe|data=29/01/2012|acessodata=15 de junho de 2012}}</ref>. No primeiro turno das [[Eleição presidencial do Egito de 2012|eleições presidenciais do Egito]] ele foi o candidato mais votado (aproximadamente 24%), competindo em um segundo turno contra o candidato independente [[Ahmed Shafiq]], nos dias 16 e 17 de junho 2012.<ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,junta-militar-egipcia-confirma-realizacao-de-eleicoes-na-data-prevista,886373,0.htm|título=Junta Militar egípcia confirma realização de eleições na data prevista|publicado=Estadão Online|data=14/06/2012|acessodata=15 de junho de 2012}}</ref>
 
Foi anunciado em 24 de junho de 2012 como o vencedor do 2º turno das eleições presidenciais do Egito, obtendo 13.230.131 votos (51,73% do total), apoiado pela [[Irmandade Muçulmana]] ante 12.374.380 votos do rival (48,27%) [[Ahmed Shafiq]].Assumiu no dia [[30 de junho]] como o primeiro presidente eleito do país após a revolução.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1109799-egito-aponta-vitoria-de-islamita-mohammed-mursi.shtml|título=Egito aponta vitória de islamita Mohammed Mursi|publicado=Folha de S.Paulo|data=24/06/2012|acessodata=24 de junho de 2012}}</ref> Deixou de fazer parte da Irmandade Muçulmana, declarando a sua intenção de ser o presidente de todos os egípcios, mencionando explicitamente a minoria cristã ([[Coptas]]).
 
Em 12 de Agosto de 2012 demitiu várias altas patentes militares, a começar pelo seu líder [[Mohamed Hussein Tantawi]], substituindo-os por militares da sua confiança. Ao mesmo tempo revogou algumas disposições de estatuto constitucional, ditadas imediatamente antes da sua eleição pelo Conselho Supremo das Forças Armadas com a intenção de limitar as competências presidenciais, salvaguardando as do Conselho. As medidas presidenciais de 12 de Agosto foram considerados como actos de afirmação do poder civil face ao poder militar.<ref>''Público'' (Lisboa), 13-8-2012</ref> O seu governo a nível das relações exteriores foi marcado por um rompimento com o Estado sírio<ref>{{citar web|url=http://www.abc.net.au/news/2013-06-16/egypt-severs-ties-with-syria/4756932|título=Egyptian president Morsi severs ties with Syria|publicado=''ABC News''|acessodata=3 de setembro de 2013}}</ref> e pelo apoio a rebeldes líbios.<ref>[http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052748704360404576206992835270906?mg=reno64-wsj&url=http%3A%2F%2Fonline.wsj.com%2Farticle%2FSB10001424052748704360404576206992835270906.html Egypt Said to Arm Libya Rebels]</ref>
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No dia 1º de julho, os militares deram um ultimato para que Morsi atendesse às demandas do público dentro de 48 horas. Em resposta, Morsi afirmou que ele era o líder legítimo do Egito, e que qualquer esforço para tirá-lo à força poderia mergulhar o país no caos. Textualmente dise: {{citação2|A legitimidade é a única maneira de proteger nosso país e evitar derramamento de sangue, para passar para uma nova fase.}}
 
Na noite do dia 03 de julho, o exército suspendeu a Constituição e anunciou a formação de um governo interino tecnocrata, em resposta, Morsi denunciou o anúncio como um "golpe", e foi levado pelo exército para um local desconhecido.<ref name="profile"/>.
 
=== Deposição, julgamento e condenação ===
{{Artigo principal|Golpe de Estado no Egito em 2013}}
Em julho de [[2013]], as [[Forças Armadas do Egito]], lideradas pelo general [[Abdul Fatah Khalil Al-Sisi|Abdel Fattah el-Sisi]], anunciaram a [[Golpe de Estado no Egito em 2013|deposição de Morsi]] do cargo de presidente do país.<ref name="OPERA-MUNDI/03-JUL-2013"/><ref name="OESP/03-JUL-2013"/><ref name="O-PUBLICO/03-JUL-2013"/> Encarcerado pelos militares, foi acusado de incitar a violência no país, espionar para organizações estrangeiras (como o [[Hamas]] e o [[Hezbollah]]) e de cometer atos de traição contra as leis da nação.<ref>{{citecitar newsjornal|url=http://alhayat.com/Details/584784|titletítulo=Morsi Charges (Arabic)}}</ref><ref>[http://purl.fdlp.gov/GPO/gpo48165 Egypt: Pending Charges against Mohammed Morsi]</ref> Morsi negou as acusações e afirmou ser um perseguido político.<ref name=trial4>{{citecitar newsjornal|url=http://www.dailynewsegypt.com/2014/05/19/morsi-prison-break-trial-resumes/|titletítulo=Morsi prison break trial resumes|datedata=19 de maio de 2014|firstprimeiro =Aaron|lastúltimo =Rose}}</ref>
 
Seus partidários se opuseram à sua derrubada organizando um [[Violência política no Egito (2013–presente)|acampamento de protesto]] que durou semanas, até que, em 14 de agosto de 2013, o exército reprimiu os protestos e destruiu o acampamento, numa ação que resultou em mais de mil mortes.<ref name="profile"/><ref>{{citecitar web|authorautor =Metro UK |url=http://metro.co.uk/2013/07/27/egypt-crisis-dozens-of-mohammed-morsi-supporters-killed-in-deadly-protests-3900747/ |titletítulo=Egypt crisis: Hundreds killed in violent Cairo clashes|publisherpublicado=Metro.co.uk |accessdateacessodata=10 de junho de 2014}}</ref> Um ano após o golpe que removeu Morsi do poder, o general [[Abdul Fatah Khalil Al-Sisi]], um dos responsáveis por tê-lo deposto, foi eleito o novo presidente do Egito.<ref>{{citecitar newsjornal|url=http://www.dailynewsegypt.com/2014/06/03/landslide-victory-al-sisi-inauguration-slated-sunday/|titletítulo=Landslide victory for Al-Sisi, inauguration slated for Sunday||accessdateacessodata=10 de junho de 2014|publisherpublicado=Daily News Egypt}}</ref>
 
Em 21 de abril de 2015, o tribunal condenou Morsi e outros 12 réus a prisão por tortura de manifestantes e de incitação à violência. Todos os 15 réus foram absolvidos das acusações de [[assassinato]]. O juiz proferiu uma sentença de 20 anos para Morsi e os outros que foram condenados.<ref>{{citecitar newsjornal|url=http://www.npr.org/blogs/thetwo-way/2015/04/21/401195647/egypts-former-president-morsi-sentenced-to-20-years-in-prison|agencyagência=National Public Radio|titletítulo=Egypt's Former President Morsi Sentenced To 20 Years In Prison|firstprimeiro =Bill|lastúltimo =Chappell|datedata=21 de abril de 2015|accessdateacessodata=22 de abril de 2015}}</ref> Morsi ainda enfrentará julgamentos separados por [[espionagem]], [[terrorismo]] e fuga da prisão.<ref>{{citecitar newsjornal|url=http://www.theguardian.com/world/2015/apr/21/egypts-ex-president-mohamed-morsi-jailed-protest-deaths-muslim-brotherhood|agencyagência=The Guardian|titletítulo=Egypt's former president Mohamed Morsi sentenced to 20 years in prison|datedata=21 de abril de 2015|accessdateacessodata=22 de abril de 2015}}</ref>
 
Um tribunal egípcio condenou Morsi [[Pena de morte|à morte]] em 16 de maio de 2015 por uma fuga em massa de uma prisão em 2011. As sentenças de morte no país precisam ser levadas para análise do Grande Mufti, a mais alta autoridade religiosa do país e existe a possibilidade de recurso na Justiça, mesmo que o líder religioso mantenha a decisão.<ref>{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150516_morsi_penademorte_pu |título=Ex-presidente Mohammed Morsi é condenado à morte no Egito |editor=[[BBC Brasil]] |data=16 de maio de 2015 |acessodata=16 de maio de 2015}}</ref>
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{{Caixa de sucessão
|antes =[[Hosni Mubarak]]
|título=[[Ficheiro:Coat of arms of Egypt.svg|65px]]<br />[[Anexo:Lista de presidentes do Egito|Presidente do Egito]]
|anos =30 de junho de 2012<br />até 3 de julho de 2013
|depois=[[Adly Mansour]]