Guerra dos Farrapos: diferenças entre revisões

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A revolução, que com o passar do tempo adquiriu um caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a [[Revoltas Liberais|Revolução Liberal]] que viria a ocorrer em São Paulo em 1842 e para a revolta denominada [[Sabinada]] na [[Bahia]] em 1837, ambas de ideologia do [[Partido Liberal (Brasil Império)|Partido Liberal]] da época. Inspirou-se na recém findada guerra de independência do [[Guerra da Cisplatina|Uruguai]], mantendo conexões com a nova república do [[Rio da Prata]], além de províncias independentes argentinas, como [[Corrientes (província)|Corrientes]] e [[Santa Fé (província)|Santa Fé]]. Chegou a expandir-se à costa brasileira, em [[Laguna (Santa Catarina)|Laguna]], com a proclamação da [[República Juliana]] e ao planalto catarinense de [[Lages]].
 
A revolta teve como líderes: general [[Bento Gonçalves da Silva]], general [[Antônio de Sousa Neto|Neto]], coronel [[Onofre Pires]], coronel [[Lucas de Oliveira]], deputado [[Vicente da Fontoura]], general [[Davi Canabarro]], coronel [[Afonso José de Almeida Corte Real|Corte Real]], coronel [[Teixeira Nunes]], coronel [[Domingos José de Almeida|Domingos de Almeida]], coronel [[Domingos Crescêncio de Carvalho]], general [[José Mariano de Mattos]], general [[Gomes Jardim]],<ref name=hartman>[http://www.feevale.br/files/documentos/pdf/20412.pdf HARTMAN, Ivar : '''Aspectos da Guerra dos Farrapos''' .Feevale, Novo Hamburgo, 2002, ISBN 85-86661-24-4, 148 pp. Edição eletrônica]</ref> além de receber inspiração ideológica de italianos da [[Carbonária]] refugiados, como o cientista e tenente [[Tito Lívio Zambeccari]] e o jornalista [[Luigi Rossetti]],<ref name=santana>[http://www.memorial.rs.gov.br/cadernos/bentogaribaldi.pdf SANT'ANA, Elma, "Bento e Garibaldi na Revolução Farroupilha", Caderno de História, nº 18, Memorial do Rio Grande do Sul. Edição Eletrônica.]</ref> além do capitão [[Giuseppe Garibaldi]], que embora não pertencesse a [[carbonária]], esteve envolvido em movimentos republicanos na [[Itália]].<ref name="DUMAS">[[Alexandre Dumas, pai|DUMAS, Alexandre]], Memórias de Garibaldi, Editora L&PM, Porto Alegre, 2000, 354 pp., ISBN 85-254-1071-3</ref> [[Bento Manuel Ribeiro]] lutou em ambos os lados ao longo da guerra, mas quando acabou a revolução ele estava ao lado do imperador.
 
A questão da [[abolicionismo|abolição da escravatura]] também esteve envolvida, organizando-se exércitos contando com homens negros que aspiravam à liberdade.<ref name="lopes">LOPES, Nei. Dicionário escolar afro-brasileiro. Publ. Selo Negro, 2006, ISBN 858747829X, ISBN 9788587478290, 174 pp.</ref><ref>MOURA, Clóvis. Dicionário da escravidão negra no Brasil. Editora EdUSP, 2004, 434 p. ISBN 8531408121, ISBN 9788531408120. </ref> Mesmo o ideal supremo dos revolucionários fosse a independência de uma república, os líderes da revolução, eram defensores da escravidão.<ref name="Juremir: “muitos comemoram Revolução sem conhecer a história”">{{citar web |url=http://www.sul21.com.br/jornal/juremir-muitos-comemoram-revolucao-e-nao-conhecem-sua-historia/ |titulo=Juremir: “muitos comemoram Revolução sem conhecer a história”|acessodata=20 de Junho de 2016}}.</ref> Tanto que nunca houve promessas aos cativos utilizados na guerra como se fossem militares, de que seriam libertos do cativeiro;. [[Bento Manuel Ribeiro]] Lutou em ambos os lados ao longo da guerra, mas quando acabou a revolução ele estava ao lado do imperador.
 
== Antecedentes e causas ==