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[[Ficheiro:Prehispanic languages.gif|thumb|250px|direita|[[Língua]]s pre-romanas da península ibérica.]]
Os '''Iberos''' eram um povo que habitou as regiões sul e leste da [[penínsulaPenínsula Ibérica]] na [[Antiguidade]]. A respeito da sua origem, existem três teorias:
Segundo uma teoria, os Iberos são os habitantes originais da [[Europa Ocidental]] e os criadores da grande cultura megalítica que teve início em [[Portugal]]. Segundo outra teoria, os Iberos são de origem [[Cáucaso#História|Ibéria caucasiana]] e construíram [[ópido]]s muito semelhantes às mesmas construções encontradas na [[Escócia]]. A forma de tecer e colorir cobertas de lã grossa era a mesma em regiões do Cáucaso, no sul de Portugal ([[Alentejo]]) e na Escócia [http://pt.wikipedia.org/wiki/Cromeleque_dos_Almendres], no fim do {{AC|VI milénio|x}}, tendo-se espalhado pela penínsulaPenínsula Ibérica, [[França]], [[Grã-Bretanha]], [[Irlanda]] e [[Dinamarca]], até meados do {{AC|II milénio|x}} Esta teoria apoia-se em evidências arqueológicas, genéticas e linguísticas. Caso esta teoria seja verídica, os Iberos foram o mesmo povo dominado pelos [[Celtas]] no {{AC|I milénio|x}}, na Irlanda, Grã-Bretanha e França. Quando as primeiras migrações celtas chegaram ao ocidente europeu, os iberos já estavam estabelecidos há alguns milénios, principalmente no leste da penínsulaPenínsula Ibérica, uma região onde eles lutaram ferozmente contra a dominação romana. Migração e nomadismo eram muito comuns naqueles tempos. Contra os romanos a aliança entre Iberos e Celtas tornou-se mais forte. A própria [[Enciclopédia Britânica]] define os ingleses como descendentes dos Iberos e dos Celtas. Contudo, estes eram povos culturalmente diferentes, embora a raça fosse a mesma.
 
Por outro lado, uma terceira teoria sugere que eles são originários do Norte da [[África]], a região da qual provavelmente emigraram no {{AC|{{séc|VI}}|x}} para a penínsulaPenínsula Ibérica (à qual deram o nome), onde ocuparam uma faixa de terra entre [[Andaluzia]] e [[Languedoc]] ([[França]]). Foram parceiros comerciais dos [[Fenícios]], os quais fundaram (dentro do território dos Iberos) várias colónias comerciais, tais como [[Cádis]], [[Ibiza|Eivíssia]] e [[Empúrias]]. Foram assimilados pelos [[Celtas]] no {{AC|{{séc|I}}|x}}, formando o povo conhecido como [[Celtiberos]].
 
As ondas de emigração de povos [[Célticos]] - que desde o {{séc|VIII}} até ao {{AC|{{séc|VI}}|x}} entraram em massa no noroeste e centro da atual [[Espanha]] - também entraram em Portugal e [[Galiza]], mas deixaram intactos os povos indígenas da [[Idade do Bronze]] Ibérica no sul e leste da península.
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Das tribos iberas mencionadas pelos autores clássicos, os [[Bastetanos]] eram territorialmente os mais importantes e ocupavam a região de [[Almeria]] e as zonas montanhosas da região de [[Granada (Espanha)|Granada]]. As tribos a oeste dos Bastetanos eram normalmente agrupadas como "Tartessos", um nome derivado de [[Tartéssia]] que os gregos davam à região.
Os Turdetanos do vale do [[rio Guadalquivir]] eram os mais poderosos deste grupo. Em relação à sua cultura, as tribos do noroeste e da costa valenciana eram muito influenciadas pelas colónias gregas de ''Emporium'' (a moderna [[Ampúrias]]) e, na região de [[Alicante]], a influência provinha das colónias [[fenícios|fenícias]] de ''Malaca'' ([[Málaga]]), ''Sexi'' ([[Almuñécar]]) e ''Abdera'' ([[Adra]]), que depois passaram para os [[cartagineses]].
 
Na costa leste, as tribos Iberas parecem ter estado agrupadas em cidades-estado independentes. No sul surgiram [[monarquia]]s, e o tesouro de El Carambolo - perto de [[Sevilha]] - parece ter estado na origem da lenda de Tartessos. Em santuários religiosos encontraram-se estatuetas de bronze e terracota, especialmente nas regiões montanhosas. Há uma grande variedade de cerâmica de diversos estilos ibéricos.
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Já foi encontrada cerâmica ibérica no sul da França, [[Sardenha]], [[Sicília]] e África; e eram frequentes as importações gregas, tais como a esplêndida ''Dama de Elche'', um busto com características demonstrativas da forte influência clássica grega. A economia ibérica detinha uma agricultura rica, exploração mineira intensa e metalurgia desenvolvida.
 
A língua ibérica era uma língua não [[línguas indo-europeias|indo-europeia]], que continuou a ser falada durante a ocupação romana. Ao longo da costa leste, utilizava-se uma escrita ibérica, um sistema de vinte e oito sílabas e carateres alfabéticos, alguns derivados dos sistemas fenício e grego, mas de origem desconhecida. Ainda sobrevivem muitas inscrições desta escrita, mas poucas palavras são compreendidas, exceto alguns nomes de locais e cidades do [[século III]] que foram encontrados em moedas.
 
Os Iberos conservaram a sua escrita durante a conquista romana, quando se começou a utilizar o [[alfabeto latino]]. Ainda que inicialmente se pensasse que a [[língua basca]] era descendente da ibera, hoje em dia sabe-se que estas eram línguas separadas.
 
 
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