Star Trek VI: The Undiscovered Country: diferenças entre revisões

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Meyer procurou um modo diferente e inédito para "estourar" Gorkon no espaço, tendo a ideia dos assassinos usarem botas especiais a fim de matarem o personagem em gravidade zero.<ref name=dvd /> A sequência final misturou efeitos físicos e trabalhos de dublês com computação gráfica. A segunda unidade sob a direção de Jaffe cuidou das imagens com atores. Apesar da sequência ter ficado boa no papel, não havia dinheiro suficiente para realizar os efeitos "do jeito certo": por exemplo, filmar os atores em frente de uma tela azul e depois inseri-los nos corredores da ''Kronos One''. Jaffe comentou que a abordagem de baixa tecnologia de suspender os dublês por cabos acabou auxiliando o efeito final, já que poucos cabos precisaram ser removidos digitalmente na pós-produção devido ao modo como eles foram filmados pelo diretor de fotografia da segunda unidade John Fante;<ref name=martin50 /> os cenários foram iluminados de modo a obscurecer os fios e construídos de lado para que os atores fossem puxados de baixo pra cima, dessa forma parecendo que estavam flutuando lateralmente. Estes cenários foram erguidos em cardãs para que o movimento dos dublês e ambiente criasse um efeito de flutuação. O plano de dois klingons sendo empurrados até o fim do corredor por feixes de feiser foi simulado ao posicionar a câmera na parte de baixo de um corredor, com esse cenário tendo sido construído verticalmente no mais alto estúdio da Paramount. Nesta posição, os cabos foram escondidos pelos atores enquanto eram puxados para cima.<ref name=dvd />
 
[[Ficheiro:ST6-Klingon.png|thumb|280px285px|Um klingon "sem peso" é jogado para trás, jorrando sangue violeta. Os cenários foram tombados para o lado a fim de dar a ilusão do ator estar flutuando horizontalmente; os glóbulos de sangue foram animados por computação gráfica.]]
O sangue que jorra dos klingons feridos foi criado por computação gráfica; os animadores precisavam garantir que o sangue flutuasse de maneira convincente enquanto ainda fosse interessante e não muito nojento.<ref name=altman4950 /> Os artistas de efeitos olharam imagens de glóbulos de água flutuando em gravidade zero para entenderem as físicas das partículas. O sangue inicialmente seria verde, porém os cineastas perceberam que McCoy sempre se referia aos vulcanos como tendo sangue verde. A cor final escolhida foi violeta, uma cor que Meyer não gostava mas teve que aceitar porque sua escolha preferida de vermelho teria feito o longa ganhar uma classificação indicativa de maiores de dezessete anos.<ref name=meyer /> As primeiras mortes na sala do teletransporte assim que os assassinos aparecem serviu de campo de testes para ajustar a cor e como o sangue moveria-se pela sala. A maioria das gotas eram "bolhinhas", grupos de esferas alisadas juntas por computador que criavam uma forma contínua. A forma poderia se esticar e até se quebrar quanto mais distantes as esferas ficassem. Os feisers usados nesta cena e no restante do filme eram versões redesenhadas de modelos anteriores, tendo sido usados pela primeira vez em ''The Final Frontier''. Esses objetos de cena tinha luzes azuis que ligavam quando o gatilho era apertado, assim os artistas de efeitos sabiam quando adicionar os feixes de feiser. A ILM combinou os tiros de feiser da Visual Concepts Engineering nas cenas de gravidade zero ao pintar o efeito manualmente em Photoshop.<ref name=martin50 /> A ILM também fez pequenos retoques onde necessário, adicionando rasgos nas roupas onde os tiros acertavam e criando a atmosfera klingon nebulosa para os objetos digitais.<ref name=martin51 /> A sequência em gravida zero foi a mais cara de se produzir em todo o filme.<ref name=okuda />
 
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Martia não foi a primeira metaforma a aparecer em ''Star Trek'', porém foi a primeira a ser criada com tecnologia digital de computação gráfica.<ref name=okuda /> Os efeitos eram revisões mais avançadas da tecnologia usada em filmes como ''[[Terminator 2: Judgment Day]]''. O animador John Berton tentou morfamentos novos e mais complicados, incluindo movimentar a câmera e morfando duas personagens durante um diálogo; cuidados especiais foram tomados para que os personagens se alinhassem perfeitamente nas imagens. Martia se transforma em Kirk durante uma conversa, necessitando que Iman e Shatner falassem de maneira similar; Farrar supervisionou as filmagens para a cena e fez os dois atores sincronizarem suas falas por meio de um alto-falante.<ref name=altman4950 /> A cena de luta entre Kirk e Maria na forma de Kirk foi filmada principalmente com um dublê; a maioria dos planos permitia que o rosto de apenas um dos combatentes fosse visível. Duas tomadas separadas de Shatner em direções opostas foram combinadas para o momento que Kirk e seu dúplice falam diretamente um com o outro, com o movimento de câmera tendo sido cuidadosamente controlado para que a imagem final fosse realista.<ref name=okuda />
 
Para a batalha final, George redesenhou os torpedos fotônicos para que tivessem um núcleo mais quente e um brilho maior por achar que as armas nos filmes anteriores pareciam "bonitas demais".<ref> {{harvnb|Martin|1992|p=57}} </ref> Os torpedos também passaram a se mexer como mísseis teleguiados em vez de balas de canhão. George disse a Farrar que sempre desejou ver algo penetrar a fina seção do disco da ''Enterprise'', assim uma réplica do disco foi produzida e explodida; o modelo foi filmado de cabeça para baixo a fim da explosão criar a sensação de falta de gravidade quando a orientação da imagem fosse corrigida na edição. As imagens pirotécnicas da Ave de Rapina sendo atingida foram reduzidas e colocadas em locais apropriados com o objetivo de similar ondas de explosões por toda a nave. Uma "miniatura pirotécnica" foi criada a partir de um molde de borracha da Ave de Rapina e explodida, com uma pequena dissolução fazendo a transição entre o modelo de controle de movimento e a nave pirotécnica. A ILM sabia que já existiam imagens de Chang reagindo ao torpedo, porém também sabia que Meyer não estava satisfeito com o resultado. A equipe de efeitos usou as filmagens de Plummer como referência e criaram um boneco que foi detonado na mesma posição. Jaffe afirmou que ele e o editor Ronald Roose "nos debruçamos sobre as imagens para achar o que totalizou três quadros utilizáveis que poderíamos usar para dizer ao público que 'nós o pegamos!'".<ref> {{harvnb|Martin|1992|p=58}} </ref>
 
===Música===