Plotino: diferenças entre revisões

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=== Mais tarde em sua vida ===
Enquanto em Roma, Plotino também ganhou o respeito do imperador [[Galiano]] e sua esposa [[Cornélia Salonina]]. Em um certo ponto Plotino tentou interessar Galiano na reconstrução de um abrigo abandonado na região da [[Campânia]], conhecida como a "Cidade dos Filósofos", onde os habitantes que vivem sob a constituição previstas nas leis de [[Platão]]. Um subsídio imperial nunca foi concedido, por razões que Pórfiro desconhece, que relata o incidente.
 
Pórfiro, posteriormente, passou a viver na [[Sicília]], até que teve a noticia que seu ex-professor tinha morrido. O filósofo passou seus últimos dias em reclusão em uma propriedade na Campânia, que seu amigo Zeto tinha legado dele. De acordo com o registro de Eustochius, que estava com ele até o final, as palavras finais de Plotino foram: "esforça-se para estar de volta com o Divino em vós, Divino no Tudo. Eustochius registrou que uma cobra rastejou para debaixo da cama, onde Plotino deitava, e deslizou para fora através de um buraco na parede; no mesmo momento em que o filósofo morreu.
 
Plotino escreveu os ensaios que se tornaram as ''[[Enéadas]]'' ao longo de um período de vários anos a partir de 253 d.c. até poucos meses antes de sua morte, dezessete anos mais tarde. Porfírio fazfez a observação de que as Enneadas, antes de serem compiladas e organizadas por ele próprio, eram apenas a enorme colecção de notas e ensaios que Plotino usava em suas palestras e debates, em vez de um livro formal. Plotino não foi capaz de rever o seu próprio trabalho, devido à sua fraca visão, mas seus escritos que necessitavam de edição, de acordo com Porfírio: a caligrafia do seu mestre era terrível, ele não separava suas palavras adequadamente, e ele pouco se importava com sutilezas de ortografia. Plotino tinha um desgosto tremendo com o processo editorial, o que acabou virando tarefa de Pórfiro, que não só poliu, mas também colocou os textos no novo arranjo que nós temos hoje em dia.
 
== Principais idéias ==
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=== Emanação do Um ===
Plotino parece oferecer uma alternativa para a ideia da ortodoxia [[Cristianismo|cristã]], ideiaa idéia de uma criação ''ex nihilo'' (do nada), apesar de Plotino nunca mencionar o cristianismo em qualquer de suas obras. A metafísica da Emanação, no entanto, assim como a metafísica da Criação, confirma a absoluta transcendência do Um ou do Divino, como a fonte de Ser de todas as coisas que ainda permanecem transcendentes delesdele em sua própria natureza; O Um não é de modo algum afetado ou diminuído por essas emanações, assim como o Deus cristão de nenhuma maneira é afetado por "nada" exterior. Plotino, usando uma analogia venerável que se tornaria crucial para a metafísica (em grande parte neoplatônica), compara o Um ao Sol, que emana a luz indiscriminadamente, sem se diminuir a si mesmo, ou a reflexão de um espelho que de modo algum diminui ou altera a maneira do objeto sendo refletido.
 
A primeira emanação é ''[[Nous]]'' (Mente Divina, ''[[Logos]]'', Ordem, Pensamento, Razão), identificado metaforicamente com o [[Demiurgo]] de Platão ''[[Timeu (diálogo)|Timeo]]''. Ele é a primeira Vontade para o bem. A partir de ''Nous'' prossede o [[Anima mundi|Mundo da Alma]], Plotino subdivide-se em superior e inferior, identificando o aspecto inferior da Alma com [[Natureza|a natureza]]. A partir do mundo a alma continua como almas humanas individuais, e, por último, a matéria, no nível mais baixo do [[Scala naturæ|ser]] e, portanto, o nível menos [[Perfeição|aperfeiçoado]] do cosmos. Apesar dessa avaliação do mundo material, Plotino afirmou a, em última análise, a natureza divina da criação material, pois, em última análise, deriva do Um, através de médios do ''nous'' e da alma mundial. É pelo bem ou por meio de beleza que devemos reconhecer o Uno, por conseguinte em coisas materiais e, em seguida, em [[Forma substancial|Formulários]].<ref>I.6.6 and I.6.9</ref>