Fé bahá'í: diferenças entre revisões

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'''Fé bahá'í''' ({{lang-ar|بهائية}} ''Baha'iyyah'') {{IPAc-en|b|ə|ˈ|h|aɪ}}) é uma [[religião]] [[monoteísmo|monoteísta]] que enfatiza a união espiritual de toda a humanidade.<ref>Houghton (2004). "Bahaism". ''The American Heritage Dictionary of the English Language'' (4a. ed.). Houghton Mifflin Company. ISBN 0-395-71146-0.</ref> Três princípios básicos estabelecem a base para os ensinamentos e a doutrina bahá'i: a [[Deus na Fé Bahá'í|unidade de Deus]], que há apenas um Deus que é a fonte de toda a criação; a [[Fé Bahá'í e as religiões|unidade da religião]], que todas as maiores religiões têm a mesma fonte espiritual e partem do mesmo Deus; e a [[Fé Bahá'í e a unidade da humanidade|unidade da humanidade]], que todos os seres humanos foram criados igualmente e que a diversidade racial e cultural deve ser apreciada e aceita.<ref name="eor" /> Segundo os ensinamentos da fé bahá'i, o propósito humano é aprender a conhecer e a amar a Deus através de métodos como orações, [[introspecção|reflexões]] e ajuda aos outros.
 
A fé bahá'i foi fundada por [[Bahá'u'lláh]] na [[Pérsia]]. Bahá'u'lláh foi exilado da Pérsia para o [[Império Otomano]] devido a seus ensinamentos, falecendo enquanto ainda era oficialmente um prisioneiro. Após a morte de Bahá'u'lláh, sob a liderança de seu filho, [[`Abdu'l-Bahá]], a religião se expandiu de suas origens persa e otomana e ganhou espaço na Europa e nas Américas, além de ter se consolidado no Irã, onde sofre intensa perseguição.<ref name="affolter">{{citar periódico |ultimo=Affolter |primeiro=Friedrich W. |data=Janeiro de 2005 |titulo=The Specter of Ideological Genocide: The Bahá'ís of Iran |jornal=War Crimes, Genocide, & Crimes against Humanity |volume=1 |numero=1 |paginas=75–114 |url=http://www.altoona.psu.edu/journals/war-crimes/articles/V1/v1n1a3.pdf |acessadoem=14 de dezembro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120722083412/http://www.altoona.psu.edu/journals/war-crimes/articles/V1/v1n1a3.pdf |arquivodata= 22 de julho de 2012}}</ref> Após a morte de `Abdu'l-Bahá, a liderança da comunidade bahá'i entrou numa nova fase, passando de um único líder para uma ordem administrativa com órgãos eleitos e indivíduos indicados.<ref name="PSmith56">Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p. 56. ISBN 0-521-86251-5</ref> Há mais de cinco milhões de bahá'ís espalhados por mais de 200 países e territórios.<ref name="eor">Hutter, Manfred (2005). "Bahā'īs". In: Jones, Lindsay. ''Encyclopedia of Religion'' '''2''' (2a. ed.). Detroit: Macmillan Reference US. pp. 737–740. ISBN 0-02-865733-0.</ref>
 
Na fé bahá'i, a história religiosa da humanidade é vista como tendo sido manifestada através de uma série de mensageiros divinos, cada um dos quais estabeleceu uma religião adequada às necessidades de seu tempo e à capacidade das pessoas de então. Esses mensageiros vão de figuras [[religiões abraâmicas|abraâmicas]] como [[Moisés]], [[Jesus]], [[Maomé]] às [[darma|dármicas]] como [[Krishna]] e [[Buda]]. Para os bahá'is, os mensageiros mais recentes são o [[Báb]] e [[Bahá'u'lláh]]. Segundo os ensinamentos bahá'ís, cada mensageiro profetizou sobre os próximos, e a vida e os ensinamentos de Bahá'u'lláh completou as promessas [[escatologia|escatológicas]] das escrituras anteriores. A humanidade é entendida como fazendo parte de um processo de evolução coletiva e a necessidade do tempo atual é o estabelecimento de paz, justiça e unidade a uma escala global.<ref name="PSmith107">Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p.107-9. ISBN 0-521-86251-5</ref>
 
==Etimologia==
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== Crenças ==
{{livros bahá'ís}}
Três princípios básicos estabelecem a base da doutrina e dos ensinamentos bahá'í: a [[Deus na Fé Bahá'í|unidade de Deus]], a [[Fé Bahá'í e as religiões|unidade da religião]] e a [[Fé Bahá'í e a unidade da humanidade|unidade da humanidade]].<ref name="eor" /><ref name="RLeBron" /> Desses postulados se forma a crença de que Deus revela periodicamente sua vontade através de mensageiros divinos, cujo propósito é transformar o caráter da humanidade e desenvolver, entre aqueles que respondem ao chamado, qualidades morais e espirituais.<ref>[http://info.bahai.org/article-1-3-2-1.html "Bahá'u'lláh: His Teachings"]. Bahá'í Topics. s/d. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.</ref> A religião é, então, vista como ordeira, unificada e gradual de época em época.<ref name="PSmith108">Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p. 108-109. ISBN 0-521-86251-5</ref>
 
=== Deus ===
{{Artigo principal|Deus na Fé Bahá'í}}
 
Os textos da fé bahá'í descrevem um Deus único, pessoal, inacessível, onisciente, inextinguível e todo poderoso que é o criador de todas as coisas no universo.<ref name="PSmith106">Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p. 106. ISBN 0-521-86251-5</ref> A [[existência de Deus]] e do [[universo]] é considerada eterna, não tendo começo ou fim.<ref name="britannica">Daphne Daume, Louise Watson. (1992). "The Bahá'í Faith". ''Britannica Book of the Year''. Chicago: Encyclopædia Britannica. ISBN 0-85229-486-7.</ref> Apesar de ser diretamente inacessível, Deus é visto como consciente da criação e possui uma vontade e um propósito, manifestados através de mensageiros intitulados [[Manifestação de Deus|Manifestações de Deus]].<ref>Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p. 106-7. ISBN 0-521-86251-5</ref><ref name="PSmith111">Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p. 111-2. ISBN 0-521-86251-5</ref>
 
Os ensinamentos bahá'ís defendem que Deus é grandioso demais para os humanos compreenderem ou criarem uma imagem completa e precisa Dele por si próprios.<ref>[http://info.bahai.org/article-1-4-0-2.html "The Bahá'í Concept of God"]. Bahá'í Topics. s/d. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.</ref> Assim sendo, o entendimento humano de Deus só é atingido através de Suas revelações a Suas Manifestações.<ref name="hatcher_huri">Hatcher, John S. (2005). ''Unveiling the Hurí of Love''. ''Journal of Bahá'í Studies'' '''15''' (1). pp. 1–38.</ref><ref name="manifestation">Cole, Juan (1982). [http://bahai-library.com/cole_concept_manifestation ''The Concept of Manifestation in the Bahá'í Writings'']. ''Bahá'í Studies''. monografia 9. pp. 1–38.</ref> Na fé bahá'í, Deus é chamado por títulos e atributos (o Todo-Poderoso ou o Todo-Amoroso, por exemplo), e há uma ênfase substancial no [[monoteísmo]]; doutrinas tais quais a da [[Trindade (cristianismo)|Trindade]] são vistas como comprometedoras se não contraditórias à visão de que Deus é único e não possui equivalentes.<ref>{{citar periódico | titulo = Jesus Christ in the Baha'i Writings | primeiro = Robert | ultimo = Stockman | jornal = Baha'i Studies Review | volume= 2 | numero = 1 | url = http://bahai-library.com/stockman_jesus_bahai_writings | ref = harv}}</ref> Os ensinamentos bahá'ís afirmam que os atributos que são imputados a Deus são usados para traduzir Sua palavra em termos humanos e também para ajudar as pessoas a se concentrar em seus próprios atributos na adoração a Deus para desenvolver suas potencialidades em seu caminho espiritual.<ref name="hatcher_huri" /><ref name="manifestation" /> Segundo os ensinamentos bahá'ís, o propósito humano é aprender a saber e amar a Deus através de métodos tais como oração, reflexão e ajuda aos outros.<ref name="hatcher_huri" />
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{{Ver artigo principal|[[Convênio de Bahá'u'lláh]]}}
 
Os ensinamentos bahá'ís falam tanto de um "Grande Convênio" (ou [[aliança (Bíblia)|aliança]]),<ref>{{citar livro |sobrenome= Taherzadeh |nome= Adib |ano= 1972 |título= The Covenant of Bahá'u'lláh |editora= George Ronald |local=Oxford |isbn= 0-85398-344-5}}</ref> universal e infinito, e de um "Convênio Menor", único para cada dispensação religiosa. O Convênio Menor é visto como um acordo entre um mensageiro de Deus e seus seguidores e inclui práticas sociais e a continuação da autoridade da religião.<ref name="momen_covenant" /> Atualmente os bahá'ís veem a revelação de Bahá'u'lláh como um convênio menor com seus seguidores; nos escritos bahá'ís ser firme no convênio é considerada uma virtude a ser atingida.<ref name="momen_covenant">{{citar web | título = Covenant, The, and Covenant-breaker | autor = Momen, Moojan | acessodata =14 de junho de 2006 | url = http://bahai-library.com/momen_encyclopedia_covenant#3.%20The%20Lesser%20Covenant }}</ref> O Grande Convênio é visto como um acordo mais duradouro entre Deus e a humanidade, quando se espera que uma manifestação de Deus apareça de tempos em tempos, e implica a obrigatoriedade de reconhecer o sucessor do mensageiro atual.<ref>Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p. 109. ISBN 0-521-86251-5</ref>
 
Sendo a unidade da religião um ensinamento essencial da fé, os bahá'ís seguem uma [[Administração Bahá'í|administração]] que acreditam ser ordenada divinamente e, portanto, veem tentativas de criar cismas e divisões como esforços contrários aos ensinamentos de Bahá'u'lláh.<ref name="momen_covenant" /> Já ocorreram cismas, mas as divisões tiveram relativamente pouco sucesso e não conseguiram atrair um público considerável.<ref name="maceoin">{{citar enciclopédia |enciclopédia= Encyclopædia Iranica |ano= 1989 |título=Bahai Faith | nome= Denis | sobrenome= MacEoin | url = http://www.iranicaonline.org/articles/bahaism-iii | páginas= 448}}</ref> Os seguidores de tais divisões são considerados [[Rompedor do Convênio|violadores do Convênio]] pela Casa Universal de Justiça e evitados pela comunidade bahá'í; no entanto, trata-se de uma medida extrema e rara,<ref>Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p. 173. ISBN 0-521-86251-5</ref> aplicada somente àqueles que permanecem fiéis à causa bahá'í mas se opõem à administração ou que tentam criar cismas na comunidade; não é uma punição aplicada àqueles que perderam sua crença na fé ou que cometeram pequenas infrações da lei bahá'í.<ref name="momen_covenant" />
 
== Textos canônicos ==
{{Ver artigo principal|[[Literatura Bahá'í]]}}
 
Os textos canônicos são os escritos do [[Báb]], de [[Bahá'u'lláh]], [[`Abdu'l-Bahá]], [[Shoghi Effendi]] e da [[Casa Universal de Justiça]], assim como as conversas autenticadas de `Abdu'l-Bahá.<ref name="RobStock">Stockman, Robert. [http://irfancolloquia.org/14/stockman_scripture "Scripture in the Perspective of Comparative Religion and the Bahá'i Faith"]. Irfan Colloquia Session #14. 4-6 de julho de 1997. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.</ref> Os escritos do Báb e de Bahá'u'lláh são considerados revelação divina,<ref name="RobStock" /> os escritos e as palestras de `Abdu'l-Bahá e os escritos de Shoghi Effendi são considerados interpretação oficial e os textos da Casa Universal de Justiça são considerados legislação oficial e elucidação.<ref>Stockman, Robert. [http://bahai-library.com/stockman_encyclopedia_scripture "Scripture"]. Bahá'í Library Online. 1995. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.</ref> Supõe-se algum tipo de orientação divina para todos estes textos.<ref name="Smith-canonical-texts">{{citar enciclopédia |sobrenome= Smith |nome= Peter |enciclopédia= A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith |título= canonical texts |ano= 2000 |editora=Oneworld Publications |local= Oxford |isbn= 1-85168-184-1 |páginas= 100–101}}</ref> Dentre os principais escritos de Bahá'u'lláh estão o ''[[Kitáb-i-Aqdas]]'', literalmente ''"O LivroMais SacratíssimoSagrado Livro "'', que é seu livro de leis,<ref>Hatcher, W.S.; Martin, J.D. (1998).&nbsp;''The Bahá'í Faith: The Emerging Global Religion''. NovaYork, NY: Harper & Row. p. 46. ISBN&nbsp;0-06-065441-4.</ref> o ''[[Kitáb-i-Íqán]]'', literalmente ''"O Livro da Certeza"'', que se tornou a base de grande parte da crença bahá'í,<ref>Hatcher, W.S.; Martin, J.D. (1998).&nbsp;''The Bahá'í Faith: The Emerging Global Religion''. New York, NY: Harper & Row. p. 137. ISBN&nbsp;0-06-065441-4.
</ref> ''[[Joias dos Mistérios Divinos|As Joias dos Mistérios Divinos]]'', que inclui novas bases doutrinais, e ''[[Os Sete Vales]]'' e ''Os Quatro Vales'', que são tratados místicos a respeito da jornada da alma a caminho de Deus.<ref name="JWiegley" /><ref name="PSmith20" />
 
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Em 1868, Bahá'u'lláh foi banido de Constantinopla pelo sultão [[Abd-ul-Aziz|Abdülâziz]] para a colônia penal otomana de [[Acre (Israel)|`Akká]], localizada no atual estado de [[Israel]].<ref name="Yahyá" /><ref name="iranica">{{citar enciclopédia |enciclopédia= Encyclopædia Iranica |ano= 1989 |artigo=Baha'-allah |primeiro = Juan |último = Cole | url = http://www.iranicaonline.org/articles/baha-allah| arquivourl = https://web.archive.org/web/20071116044401/http://www.iranica.com/newsite/articles/v3f4/v3f4a085.html | arquivodata= 16 de novembro de 2007}}</ref> Perto do fim de sua vida, o severo e duro confinamento foi gradualmente relaxado, e lhe foi permitido morar numa casa perto de `Akká enquanto ele ainda era oficialmente um prisioneiro daquela cidade.<ref name="iranica" /> Ele morreu lá em 1892.<ref name="RLeBron" /> Os bahá'ís se viram para seu local de descanso na [[mansão de Bahjí]], conforme determina o [[Qiblih]], quando vão realizar suas orações diárias.<ref name="PSmith20"><span>Smith, Peter (2008). </span>[http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']<span>. Cambridge: Cambridge University Press. p. 20-21, 28. </span>[https://pt.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/0521862515 ISBN 0-521-86251-5]</ref>
 
Bahá'u'lláh escreveu muitas obras que são consideradas escrituras da fé bahá'í, das quais apenas uma fração foram traduzidas para o português.<ref name="oneworld">{{citar enciclopédia|último = Smith |primeiro = Peter |enciclopédia= A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith |título= Bahá'u'lláh, writings of |ano= 2000 |publicado=Oneworld Publications |local= Oxford |páginas= 79–80 |isbn= 1-85168-184-1}}</ref> Há cerca de 15.000 obras, tanto grandes quanto pequenas,<ref name="count" /> das quais as mais significativas são Oo ''[[Kitáb-i-Aqdas|Livro SacratíssimoMais Sagrado]]'', o ''[[Kitáb-i-Íqán|Livro da Certeza]]'', as ''[[Palavras Ocultas]]''<ref name="CBPortBaha" /> e ''[[Os Sete Vales]]''. Há também uma série de compilações de obras menores, das quais a mais significativa é a ''[[Seleção dos Escritos de Bahá'u'lláh]]''.
 
=== `Abdu'l-Bahá ===
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`Abbás Effendi era o filho mais velho de Bahá'u'lláh, conhecido pelo título de `Abdu'l-Bahá ("Servo de Bahá").<ref name="Abdul">Kazemzadeh, Firuz. [http://www.bahai-encyclopedia-project.org/index.php?view=article&catid=36%3Aadministrationinstitutions&id=81%3Aabdul-baha-abbas-1844-1921&option=com_content&Itemid=74 "`Abdu´l-Bahá `Abbás"]. The Bahá'í Encyclopedia Project. 2009. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.</ref> Seu pai deixou um testamento que nomeava `Abdu'l-Bahá como líder da comunidade bahá'í e o descrevia como "centro do Convênio", "líder da fé" e único intérprete autorizado de seus escritos.<ref name="RLeBron" /><ref name="balyuzi" /><ref name="Smith, Peter 2008 p. 47">Smith, Peter (2008).&nbsp;''An Introduction to the Baha'i Faith''. Cambridge: Cambridge University Press. p. 47. ISBN 0-521-86251-5</ref> `Abdu'l-Bahá esteve exilado e preso com seu pai, fato que continuou até a [[Revolução dos Jovens Turcos]] em 1908.<ref name="Abdul" /> Após sua libertação pelos revolucionários, ele viveu uma vida de viagens e conferências e manteve contato, via correspondência, com comunidades de fiéis e indivíduos, expondo os princípios da fé bahá'í.<ref name="eor" /> Ele morreu em 1921.<ref name="RLeBron" />
 
Estima-se que `Abdu'l-Bahá escreveu mais de 27.000 obras, a maioria das quais no formato de cartas, sendo que apenas uma fração delas foi traduzida para o português.<ref name="count" /> Dentre suas obras mais conhecidas estão ''[[O Segredo da Civilização Divina]]'', a ''Carta a Auguste-Henri Forel'' e o ''[[Esplendor da Verdade|Respostas a Algumas Perguntas]]''. Além disso, transcrições de muitas de suas conferências durante sua jornada pelo Ocidente foram publicadas em vários volumes, tais como as ''[[Palestras de `Abdu'l-Bahá|Palestras de Paris]]'' que, embora não reconhecidas no cânone de suas obras, ganharam ampla aceitação entre os bahá'ís.<ref name="Smith, Peter 2008 p. 47"/>
 
=== Administração Bahá'í ===