Cana-de-açúcar: diferenças entre revisões

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A demanda mundial de açúcar é o principal condutor do cultivo de cana. A planta é responsável por 80% do açúcar produzido; a maior parte do restante é feito a partir da [[beterraba]]. A cana cresce predominantemente nas regiões [[Clima tropical|tropicais]] e [[Clima subtropical|subtropicais]] (a beterraba cresce em regiões [[Clima temperado|temperadas]]). Com exceção do açúcar, os produtos derivados da cana incluem [[melaço]], [[rum]], [[cachaça]] (bebida tradicional do Brasil), [[bagaço]] e etanol. Em algumas regiões, as pessoas usam palhetas de cana para fazer canetas, tapetes, telas e palha. A [[inflorescência]] de plantas jovens é consumida crua, cozida no vapor ou torrada, e preparado de várias maneiras em determinadas comunidades insulares da [[Indonésia]].<ref>{{citar web|título=Consumer Preference for Indigenous Vegetables|autor =Dahlia|ano=2009|publicado=World Agroforestry Centre|url=http://www.worldagroforestry.org/sea/Publications/files/poster/PO0251-10.PDF|display-authors=etal}}</ref>
 
Os [[persas]], seguidos pelos [[Grécia antiga|gregos]], descobriu os famosos "juncos que produzem mel sem abelhas" na Índia entre os séculos IVVI e VIIV a.C. Eles adotaram e depois se espalharam a agricultura da cana pelo mundo.<ref name=agrisugar1>{{citar web|título=Agribusiness Handbook: Sugar beet white sugar|publicado= Food and Agriculture Organization, United Nations|ano=2009|url=http://www.eastagri.org/publications/pub_docs/4_Sugar_web.pdf}}</ref> Os comerciantes começaram a negociar açúcar da Índia, que era considerado uma especiaria luxuosa e cara. No século XVIII, plantações de cana começaram a ser cultivadas no [[Caribe]], [[América do Sul]], [[Oceano Índico]] e nações insulares do [[Oceano Pacífico|Pacífico]] e a necessidade de trabalhadores para a sua produção tornou-se um dos principais motores de grandes migrações humanas, incluindo [[trabalho escravo]]<ref>{{citar livro|título=Sweetness and Power: The Place of Sugar in Modern History|autor =Sidney Mintz| isbn= 978-0-14-009233-2|ano=1986|publicado=Penguin}}</ref> e [[servo]]s contratados.<ref name="nationalarchives1">{{citar web|título=Indian indentured labourers|publicado=The National Archives, Government of the United Kingdom|ano=2010| url= http://www.nationalarchives.gov.uk/records/research-guides/indian-indentured-labour.htm}}</ref>
 
== História ==
[[Imagem:Spread sugarcane.JPG|thumb|esquerda|upright=1.3|A difusão para o oeste da cana em tempos pré-islâmicos (mostrada em vermelho), no [[mundo muçulmano]] medieval (verde) e pelos [[europeus]] no século XV (ilhas circundadas por linhas violeta)<ref name = Watson/>]]
A cana de açúcar é originária das regiões [[Trópicos|tropicais]] do [[Sul da Ásia|Sul]] e do [[Sudeste Asiático|Sudeste]] da [[Ásia]].<ref name=Sharpe/> Diferentes espécies provavelmente tiveram origem em locais diferentes, sendo a ''[[Saccharum barberi]]'' originária da [[Índia]] e a ''[[Saccharum officinarum|S. officinarum]]'' na [[Nova Guiné]].<ref name=Sharpe>{{citar web|último =Sharpe |primeiro =Peter | url= http://opensiuc.lib.siu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1388&context=ebl&sei-redir=1 |título=Sugar Cane: Past and Present |ano=1998 |publicado= Southern Illinois University |acessodata= 2 de abril de 2012}}</ref> Teoriza-se que a cana foi domesticada pela primeira vez como um [[cultura agrícola]] na Nova Guiné, cerca de 6000 a.C.<ref name=kew>{{citar web|título=Sugar cane-history|ano=2004|publicado=Royal Botanical Gardens, Kew| url= http://www.kew.org/plant-cultures/plants/sugar_cane_history.html}}</ref> Novos agricultores guineenses e outros cultivadores primitivos de cana mastigavam a planta pelo seu suco doce. Os primeiros [[agricultor]]es no sudeste da Ásia e em outros lugares também podem ter fervido o suco, transformando-o em uma massa viscosa para facilitar o transporte, mas a primeira produção conhecida de [[açúcar]] cristalino começou no norte da [[Índia]]. A data exata da primeira produção de açúcar de cana não é clara. Os primeiros indícios de produção de açúcar vem de antigos textos em [[sânscrito]] e [[pali]].<ref>Ver:
* George Watt (1893), The Economic Products of India, W.H. Allen & Co., Vol 6, Part II, pages 29–30;
* J.A. Hill (1902), The Anglo-American Encyclopedia, Volume 7, page 725;
* Thomas E. Furia (1973), CRC Handbook of Food Additives, Second Edition, Volume 1, ISBN 978-0849305429, page 7 (Chapter 1, by Thomas D. Luckey);
* Mary Ellen Snodgrass (2004), Encyclopedia of Kitchen History, ISBN 978-1579583804, Routledge, pages 145–146</ref>
 
Por volta do século VIII, comerciantes [[árabes]] introduziram o açúcar do Sul da Ásia em outras partes do [[Califado Abássida]] no [[Mediterrâneo]], [[Mesopotâmia]], [[Egito]], [[África do Norte]] e [[Andaluzia]]. Até o século X, fontes afirmam que não havia nenhuma aldeia na Mesopotâmia em que não crescia cana.<ref name = Watson>Watson, Andrew. ''Agricultural innovation in the early Islamic world. [[Cambridge University Press]]. p. 26–7.</ref> Foi entre as primeiras culturas trazidas para a [[América]] pelos [[Império Espanhol|espanhóis]], principalmente de seus campos nas [[Ilhas Canárias]], e pelos [[Império Português|portugueses]], de seus campos na [[Ilha da Madeira|Madeira]].