Ética feminista: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
rm predefinição vazia
realizada fusão entre Predefinição:Feminismo e Predefinição:Feminismo (barra lateral), typos fixed: idéias → ideias (2), século 20 → século XX, a a → a utilizando AWB
Linha 1:
'''Ética feminista ''' é uma abordagem [[ética]] que se baseia na crença de que, tradicionalmente, a teoria ética tem desvalorizado/ou sub-apreciado a moral das [[mulher]]es e suas experiências e, portanto, escolhe reinventar a ética através de uma abordagem e visão holística [[Feminismo|feminista]].<ref>[http://plato.stanford.edu/entries/feminism-ethics/ Tong, R. and Williams N., Stanford Encyclopedia of Philosophy, Feminist Ethics, First published Tue May 12, 1998; substantive revision Mon May 4, 2009.]</ref>
{{Feminismo lateral}}
 
'''Ética feminista '''é uma abordagem [[ética]] que se baseia na crença de que, tradicionalmente, a teoria ética tem desvalorizado/ou sub-apreciado a moral das [[mulher]]es e suas experiências e, portanto, escolhe reinventar a ética através de uma abordagem e visão holística [[Feminismo|feminista]].<ref>[http://plato.stanford.edu/entries/feminism-ethics/ Tong, R. and Williams N., Stanford Encyclopedia of Philosophy, Feminist Ethics, First published Tue May 12, 1998; substantive revision Mon May 4, 2009.]</ref>
 
== Conceito ==
Filosofas feministas criticam a ética tradicional como pré-eminentemente focada na perspectiva dos homens, com pouca consideração para o ponto de vista das mulheres. Questões de cuidado e  [[moralidade]] na vida privada e familiar, as responsabilidades eram tradicionalmente considerados como assuntos triviais. Geralmente, as mulheres são retratadas como eticamente imaturas e superficial em comparação aos homens. A ética tradicional premia traços [[masculinos]] culturais como "a independência, a autonomia, o intelecto, a vontade, a desconfiança, hierarquia, dominação, cultura, transcendência, produto, ascetismo, guerra e morte",<ref name="Jaggar, Feminist Ethics, 1992">Jaggar, “Feminist Ethics,” 1992</ref> e dá menos peso para traços culturalmente [[Feminilidade|femininos]] como "interdependência, comunidade, ligação, partilha, emoção, corpo, confiança, ausência de hierarquia, a natureza, a imanência, o processo, a alegria, a paz e a vida."<ref name="Jaggar, Feminist Ethics, 1992">Jaggar, “Feminist Ethics,” 1992</ref> A ética tradicional é convencionalmente "macho" orientada, em que a razão moral é visualizada através de um quadro de regras, direitos, universalidade e imparcialidade. As abordagens "femininas" para a razão moral enfatiza os relacionamentos, responsabilidades, particularidade e parcialidade.<ref name="Jaggar, Feminist Ethics, 1992">Jaggar, “Feminist Ethics,” 1992</ref>
 
== Fundo histórico ==
A ética feminista desenvolveu-se com [[Uma Reivindicação pelos Direitos da Mulher]] de [[ Mary Wollstonecraft]], publicado em 1792.<ref name="womhist.alexanderstreet.com">[http://womhist.alexanderstreet.com/awrm/intro.htm From Wollstonecraft to Mill: What British and European Ideas and Social Movements Influenced the Emergence of Feminism in the Atlantic World, 1792-1869?]</ref> Com as novas idéiasideias do [[Iluminismo]], feministas foram capazes de individualmente viajar mais do que nunca, gerando mais oportunidades para a troca de idéiasideias e o avanço dos direitos das mulheres.<ref name="docsouth.unc.edu">[http://docsouth.unc.edu/highlights/feminists.html The Mothers of a Movement: Remembering 19th-Century Feminists]</ref> Com os novos [[Movimento social|movimentos sociais]], como [[Romantismo|o Romantismo]], desenvolveu sem precedentes visão otimista sobre a capacidade humana e seu destino. Esse otimismo foi refletido no ensaido de [[John Stuart Mill]], [[ The Subjection of Women]] (1869).<ref name="womhist.alexanderstreet.com">[http://womhist.alexanderstreet.com/awrm/intro.htm From Wollstonecraft to Mill: What British and European Ideas and Social Movements Influenced the Emergence of Feminism in the Atlantic World, 1792-1869?]</ref> As abordagens feministas para ética, foram desenvolvidas em torno deste período, por pessoas notáveis como [[Catherine Beecher]], [[Charlotte Perkins Gilman]], [[Lucretia Mott]] e [[Elizabeth Cady Stanton]] , com ênfase sobre a natureza de género da [[moral]]idade, especificamente relacionadas com "moralidade das mulheres".<ref name="docsouth.unc.edu">[http://docsouth.unc.edu/highlights/feminists.html The Mothers of a Movement: Remembering 19th-Century Feminists]</ref>
 
=== Charlotte Perkins Gilman ===
A escritora americana e socióloga, [[Charlotte Perkins Gilman]] imaginou um mundo ficcional, "[[Herland]]". Nesta sociedade sem homens, as mulheres produzem suas filhas através de [[Partenogénese|partenogênese]] e vivem uma moralidade superior. A sociedade centrada nas mulheres valoriza tanto o zelo e a maternidade enquanto desanima abordagens individualistas, competitivas para a vida. O pensamento de Gilman é que em um cenário onde as mulheres poderiam relacionar-se de forma cooperativa não haveria nenhuma necessidade de dominar o outro. Herland cultiva e combina as melhores virtudes "femininas"  e "masculinas" juntas para cria uma co-existência humana, [[Virtude|a virtude]]. Se uma sociedade quer ser virtuosa, de acordo com Gilman, deve exemplificar a utopia de Herland.<ref>Gilman, C. P. Herland. </ref> No entanto, enquanto as mulheres são [[Codependência|dependentes]] dos homens para apoio econômico, elas continuarão a ser conhecidas por seu servilismo e os homens por sua arrogância. As mulheres precisam ser igual aos homens economicamente antes que possam desenvolver-se de maneira verdadeiramente humana uma virtude moral, isto é uma mistura perfeita entre o orgulho e a humildade que podemos chamar de [[Autoestima|auto-respeito]].<ref>Gilman,C.P. ''Women and Economics'', New York: Harper & Row, 1966</ref>
 
== Ética do cuidado ==
[[Carol Gilligan]] e Nel Noddings são expoentes de uma ética do cuidado feminista que crítica a ética tradicional por tratar com descaso, banalizar ou atacar valores e virtudes culturalmente femininas.<ref name="Noddings, N. 1984">Noddings, N., Caring: A Feminine Approach to Ethics and Moral Education. </ref> No século 20XX, as feminista eticistas desenvolveram uma variedade de abordagens do cuidado centrada no feminismo e a ética em comparação as abordagens de cuidados não-feminista. Elas tendem a apreciar o impacto das questões de gênero de forma mais plena.<ref>Gilligan, C., In a Different Voice: Psychological Theory and Women's Development, Cambridge, MA: Harvard University Press., 1982</ref> Feminista eticistas de cuidado focam-se em tendências das sociedades patriarcais em não apreciar o valor e os benefícios de mulheres, formas de amar, de pensar, de trabalhar e de escrever e tendem a ver mulheres como subordinadas.<ref name="Noddings, N. 1984">Noddings, N., Caring: A Feminine Approach to Ethics and Moral Education. </ref>
 
== Ética da justiça ==
A[[Ética de justiça feminista| ética da justiça feminista]] é uma visão feminista sobre a moralidade, que procura envolver-se com, e, por fim, transformar, as abordagens tradicionais, universais da [[ética]].<ref name="Hutchings 2010 6869">Hutchings, Kimberley. </ref> Como a maioria dos tipos de ética feminista, a ética da justiça analisa o modo como o sexo é deixado de fora das considerações mainstream de ética. A ética mainstream é tida como de orientação masculina. No entanto, a ética da justiça feminista difere consideravelmente das outras. Um conjunto de ética universal é uma parte significativa da ética da justiça feminista.<ref name="Hutchings 2010 69">Hutchings, Kimberley. </ref> Está disciplina deixa clara a divisão entre moralidade "grossa" e moralidade  "fina". Outras abordagens éticas que definem e diferencia o grupo é o meio cultural e ou outros fenômenos são considerados como moralidade "grossa". Feministas da ética da justiça afirmam que a ordem moral "grossa" em oposição a a moralidade "fina", são intrinsecamente propensos à erosão válida da crítica feminista.<ref name="Hutchings 2010 6869">Hutchings, Kimberley. </ref>
 
== Ética feminista e o futuro ==
Linha 24 ⟶ 22:
 
== Ética feminista e Relações Internacionais ==
As feministas teorizam que a ética amplia o escopo das esfera das [[ Relações Internacionais]] predominantemente masculina. Isto é especialmente importante para as questões da esfera privada tomarem o palco para o público, que inclui questões como os [[ direitos da criança]], violência de gênero e a discriminação, as relações de gênero em sociedades dilaceradas pela guerra, e outras questões semelhantes, que são difíceis de aparecer relevantes nos principais debates da ética nas relações internacionais. Os diálogos feministas com a ética são quase inevitavelmente presente para a esfera privada e são conhecidos apenas pela sombra dominante dos paradigmas "masculino" da ética na esfera pública. Isto é especialmente uma realidade na discussão da ética nas Relações Internacionais, onde é predominantemente construída em uma linguagem da violência, tecnologias ou da economia, e que são conhecidos por ser tópicos de discussão masculino.
 
Ver a discussão de <span>Kimberly Hutchings</span> em "Ética" para obter mais detalhes sobre os fundamentos da teoria das Relações Internacionais <ref>Hutchings, Kimberly. </ref>
 
=== Algumas autores que aplicam a teoria nas Relações Internacionais ===
'''Alison Watson''' <ref>“Children Born of Wartime Rape: Rights and Representations .” </ref>
 
Watson descreve o problema de crianças nascidas na guerra, estupro e usa a teoria feminista da ética na abordagem destes problemas marginalizados. A invisibilidade é enfatizada na construção tradicional em grande parte da legislação internacional de discurso da maternidade como uma "atividade da esfera privada", onde importantes temas são focados, como filhos de guerra e estupro pode ser perdido na tradução do diálogo internacional e minimamente aflorado.<ref><cite class="citation journal">Watson, Alison (2007). </cite></ref> A teoria da ética feminista é fornecida em termos de ampliação de diálogos teóricos das relações internacionais e a resolução de questões que permanecem marginalizadas.
 
'''Puechguirbal''' <ref name="Puechguirbal, Nadine">Puechguirbal, Nadine. </ref>
 
Há evidências de que a falha em ampliar o escopo atual de ética em operações de manutenção da paz e reconstrução de estratégias, em torno de armas e violência, resulta em falha para atender as necessidades de homens e mulheres. Puechguirbal argumenta que o conflito é um "experiência de gênero" e aborda a importância das operações de manutenção da paz mantendo-se em verificar os impactos diferenciados da guerra sobre as mulheres, homens, meninos e meninas em situação de pós-conflito da sociedade, de modo a não marginalizar os grupos mais vulneráveis da população(<ref> name="Puechguirbal, Nadine. <"/ref> atualmente, as operações de paz são fortemente masculina, no sentido de que a segurança gira em torno da cessação das hostilidades e do desarmamento).<ref> name="Puechguirbal, Nadine. <"/ref> As operações de paz devem ser construídas descolando o foco apenas no desarmamento e a cessação das hostilidades contra membros de gangues para as construções sociais da violência contra as mulheres, homens e crianças que está incorporado em sociedades separadas pelo conflito. As questões de gênero não tem sido parte dos mandatos das missões de manutenção da paz,<ref> name="Puechguirbal, Nadine. <"/ref> e exorta as mulheres a assumir um papel mais ativo nos processos políticos da reconstrução pós-conflito.<ref> name="Puechguirbal, Nadine. <"/ref> A aplicação da ética feminista na manutenção da paz e estratégias de re-construção pode chegar a uma vasta gama de questões, bem como as não consideradas de extrema importância em diálogos de Relações Internacionais. As estratégias atuais não atingir os objetivos de gerar a paz, cessação da violência de gênero e abusos sexuais que continuam a atingir níveis elevados de incidência. Este continua a ser um resíduo das sociedades pós-conflito que deve ser resolvido. A implementação da ética feminista gera maior de manutenção da paz e construção estratégias de paz de gênero para atender as necessidades de ambos os sexos, de modo a ser implementado não apenas nas instituições, mas na sociedade.
 
== {{Referências ==}}
<div class="reflist" style=" list-style-type: decimal;">
<references /></div>
 
== Bibliografia ==
Linha 99 ⟶ 95:
* Warren, K.J. (2000). Ecofemnist Philosophy: A Western Perspective on What It Is and Why It Matters, Lanham, Md: Rowman & Littlefield.
* Wollstonecraft, M. (1988). A Vindication of the Rights of Women, M. Brody (ed.), London: Penguin.
* Ziarek, Ewa Plonowska. (2001). An Ethics of Dissensus: Postmodernity, Feminism, and the Politics of Radical Democracy, Stanford, CA: Stanford University Press.{{Portal3|Feminismo|Relações internacionais|Filosofia|Direitos humanos }}

{{Filosofia navegação}}
{{Feminismo}}
{{Portal3|Feminismo lateral|Filosofia}}
 
[[Categoria:Feminismo negro]]