Usuário(a):Tetraktys/Da tradução e da pesquisa própria e outras ninharias: diferenças entre revisões

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Em minha opinião, depender tão excessivamente da tradução e traduzir mal são falhas graves em nosso projeto, e deveríamos envidar esforços concentrados em corrigi-las, mas sei que esse desejo não passa de outra utopia. Com a quantidade de editores que preferem copiar em vez de pesquisar por si mesmos (seja por falta de tempo ou de inclinação, por ideologia ou por qualquer motivo), a tendência não parece reversível. E com os poucos experientes em inglês para revisar a massa ingente de artigos já traduzidos, a tarefa se torna monstruosa e sem dúvida inexequível em relação ao passado, mas talvez, se esse problema for percebido em larga escala como um verdadeiro problema, talvez o nosso futuro possa acontecer em moldes mais independentes. Contudo, a grande quantidade de editores de baixa qualificação a editar e a ter poder de voto nas propostas de destaque deixa muitas dúvidas no ar...
 
Na verdade não sei se minha opinião corresponde bem ao universo geral da nossa Wiki, conheço uma parcela mínima do total dos artigos e posso estar estatisticamente muito errado, mas trabalho aqui desde 2007, já li milhares de artigos, e corrigi a tradução de algumas centenas,. eDepois aindada assimprimeira formou-sepublicação umadeste forteensaio, impressão.[[Wikipédia:Esplanada/geral/traduções Deixodemais, pelopesquisa própria de menos um(20set2017)|alguns alertaeditores paralevantaram todosprotestos]] a respeito de meu "desprezo" pelas traduções. Não é desprezo, ummas apeloeu parative de reconhecer que setalvez prestigieeu maistenha asido originalidadeduro demais. Mas não é sem algum fundamento. Creio que meus argumentos mostram aspectos que devem ser pelo menos pensados melhor, e ooutros meueditores conselhotambém paradeixaram registradas suas preocupações sobre os novatos:problemas da tradução na Wikipédia, de maneira que isso mostra que o assunto não é pacífico nem consensual.
 
De fato, o que seríamos sem as traduções? Nem me refiro somente à Wikipédia, mas a todo o campo do saber lusófono. Sem elas seríamos ainda bárbaros, alienígenas em nossa própria Terra, fechados em um mundinho só nosso, pequeno e mesquinho. Não pode ser assim, é evidente. Mas todos aqueles que sabem inglês e têm acesso aos originais, poderiam pensar apenas em não copiar, mas sim contar o que viram lá fora com nossas palavras, do nosso jeito.
::Caro editor, entendo sua boa intenção, mas se você não é de fato fluente na língua estrangeira, se ainda está no curso básico, será mais prudente deixar as traduções de lado e trabalhar só com fontes nacionais, o que não é demérito nenhum, é preciso enfatizar. Eu já fui como você e fiz muita porcaria antes de me qualificar. Não é tão difícil, nem é tão demorado, você só precisa de um pouco de paciência, mas acima de tudo precisa ponderar bem o fato de que um trabalho mal feito pode ter consequências negativas '''em larga escala''' quando você trabalha em um projeto com tamanha visibilidade e com tamanho poder de influenciar a opinião pública como o nosso. Seja responsável. Fica a dica!
[[File:Cinderella 1865 (2).png|thumb|left|A Gata Borralheira escravizada pelas filhas da madrasta.]]
 
O que parece essencial aqui, especialmente para os novatos, é que é preciso ter uma boa compreensão global do assunto para empreender uma tradução, ainda mais de artigos longos e complexos, mesmo os de temas populares. Eu tenho dúvidas, pelos textos que encontro, se essa compreensão existe de maneira suficiente. Acho que se ela existisse, poderia detectar incongruências na tradução pela simples lógica do contexto. Quase invariavelmente me parece que a coisa foi feita não na má vontade, mas num '''excesso''' de boa vontade, no desejo frenético de contribuir de maneira relevante. E acho que se o editor não domina bem o assunto para poder traduzi-lo com segurança e desenvoltura, a pressa não vai ser o meio de resolver esse problema, ela raramente produz obras de alta qualidade. Isso todos sabem. Assim, acho que podíamos sossegar um pouco o facho e reconhecer que somos pequenos, e que até onde a vista alcança seremos sempre pequenos. Então, sentemo-nos e gozemos, não somos a [[Gata Borralheira]], não temos um sinhozinho nos açoitando, não há uma meta definida, não há motivo algum para termos pressa. Parafraseando uma notória ex-presidenta do Brasil, e quando chegarmos na meta (que não exite), para não ficarmos sem fazer nada, dobramos a meta!
 
A pressa é um aspecto sempre presente na Wikipédia. A situação de termos robôs para criarmos artigos automaticamente para mim é uma obscenidade intelectual, principalmente porque isso foi implantado basicamente para fazer aumentar o número total de artigos, porque a relevância desses artigos é mínima, e eles são todos mínimos. Os robots que criam artigos só coletam dados essenciais, quase como uma tabela, e produzem uma enxurrada de artigos pouco relevantes sobre obscuras comunas francesas que ninguém conhece ou quer conhecer, ou sobre meteoritos do longínquo espaço sideral, totalmente desimportantes, ou sobre espécies selvagens que somente cinco biólogos no mundo conhecem. Ok, talvez seis ou sete conheçam. Isso é uma inflação e uma distorção deliberada em nossa imagem pública. Para finalizar, a recente disponibilização de uma modalidade de tradutor automático '''dentro da própria Wikipédia''', por favor, para mim abriu definitivamente as porteiras para a gandaia: ''Que venga el toro!!!'' Essa liberalidade não parece depor a favor de uma enciclopédia. Estamos manifestando aqui o que muitos analistas já observam: a tendência de automatização da transmissão do conhecimento, com todo o seu rol de problemas associados, e que faz parte de uma automatização generalizada da nossa vida. Os resultados aqui dentro já são visíveis e eu os considero muito questionáveis.
 
Enfim, cada cabeça com sua sentença. O mapa nunca reproduz o território fielmente, só oferece aproximações. O mapa que fiz informalmente ao longo de anos de experiência sem dúvida há de ser imperfeita quanto ao global, mas nas áreas que acompanho é extenso e não pode posso simplesmente descartá-lo, e por isso deixo pelo menos um alerta para todos, e um apelo para que se prestigie mais a originalidade. Para os novatos, deixo um conselho, um que repito sempre que posso:: Caro editor, entendo sua boa intenção, mas se você não é de fato fluente na língua estrangeira, se ainda está no curso básico, será mais prudente deixar as traduções de lado e trabalhar só com fontes nacionais, o que não é demérito nenhum, é preciso enfatizar. Eu já fui como você e fiz muita porcaria antes de me qualificar. Não é tão difícil, nem é tão demorado, você só precisa de um pouco de paciência, mas acima de tudo precisa ponderar bem o fato de que um trabalho mal feito pode ter consequências negativas '''em larga escala''' quando você trabalha em um projeto com tamanha visibilidade e com tamanho poder de influenciar a opinião pública como o nosso. Seja responsável. Fica a dica!
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