Potências do Eixo: diferenças entre revisões

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O Eixo surgiu no [[Pacto Anticomintern|Pacto ''Anticomintern'']], um tratado anticomunista assinado pela [[Alemanha Nazi|Alemanha]] e [[Império do Japão|Japão]] em 1936. A [[Reino de Itália (1861–1946)|Itália]] aderiu ao pacto em 1937. O "Eixo Roma–Berlim" tornou-se uma [[aliança militar]] em 1939 com o [[Pacto de Aço]] e integrou seus objetivos militares em 1940, com o [[Pacto Tripartite]].
 
O Eixo atingiu o seu auge durante a [[Segunda Guerra Mundial]], ocupando grande parte da [[Europa]], [[África]], [[Ásia]] e ilhas do [[oceano Pacífico]]. A Guerraguerra terminou em 1945, com a derrota do Eixo e dissolução da aliança. Assim como no caso dos Aliados, a constituição do Eixo foi fluída durante a guerra, com nações lutando ou não lutando ao longo das batalhas.
 
== Origens e criação ==
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Em setembro de 1923, Mussolini propôs ao chanceler alemão [[Gustav Stresemann]] uma "política em comum", buscando apoio militar alemão contra uma potencial intervenção militar francesa na disputa diplomática que a Itália possuía com a [[Iugoslávia]] por [[Rijeka|Fiume]]. Mussolini via na Alemanha nacionalista um aliado essencial para uma guerra contra a França, sustentando-se no iminente desejo de vingança dos alemães perante os franceses.<ref name="MacGregor Knox 2000. Pp. 124"/>
 
Desde a década de 1920 a Itália considerava o ano de 1935 uma data crucial para uma guerra contra os franceses, pois era nesse ano que as obrigações da Alemanha com o Tratado de Versalhes estavam programadas para expirar.<ref>MacGregor Knox. Common Destiny: Dictatorship, Foreign Policy, and War in Fascist Italy and Nazi Germany. Cambridge University Press, 2000. Pp. 125.</ref>
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| caption2 = O ''[[Duce]]'' italiano [[Benito Mussolini]] e o ''[[Führer]]'' alemão [[Adolf Hitler]]
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Desde a década de 1920 a Itália considerava o ano de 1935 uma data crucial para uma guerra contra os franceses, pois era nesse ano que as obrigações da Alemanha com o Tratado de Versalhes estavam programadas para expirar.<ref>MacGregor Knox. Common Destiny: Dictatorship, Foreign Policy, and War in Fascist Italy and Nazi Germany. Cambridge University Press, 2000. Pp. 125.</ref>
 
No começo da década de 1930, o Ministro das Relações Exteriores italiano, [[Dino Grandi]], frisou a importância e "peso decisivo" que a Itália poderia dar nas relações entre Alemanha e França. Ele reconheceu que a Itália não era uma grande potência, mas afirmou que tinha influência suficiente para alterar a situação política na Europa se decidisse ficar ao lado de qualquer um dos dois países.<ref>Gerhard Schreiber, Bern Stegemann, Detlef Vogel. ''Germany and the Second World War''. Oxford University Press, 1995. Pp. 113.</ref> No entanto, Grandi ressaltou que evitaria tornar-se "escravo da regra de três" de modo a defender seus interesses, argumentando que embora existissem tensões substanciais com a França, isso não significava que a Itália precisasse incondicionalmente comprometer-se em uma aliança com a Alemanha, assim como não precisaria necessariamente unir-se com a França se um dia viesse a ter alguma tensão com a Alemanha.<ref>Gerhard Schreiber, Bern Stegemann, Detlef Vogel. ''Germany and the Second World War''. Oxford University Press, 1995. P. 113.</ref> Essa tentativa de Grandi em manter um equilíbrio diplomático entre França e Alemanha foi desafiada pela pressão dos franceses em 1932, quando a França iniciou uma aliança com a Inglaterra e Estados Unidos para se precaver de um possível ataque revanchista da Alemanha.<ref name="burgwyn">H. James Burgwyn. Italian foreign policy in the interwar period, 1918-1940. Wesport, Connecticut, USA: Greenwood Publishing Group, 1997. P. 68.</ref> Grandi respondeu que a Itália estaria disposta a oferecer apoio à França contra a Alemanha, mas para isso os franceses teriam que ceder seu mandato sobre [[Camarões]] e permitir que a Itália tivesse mão livre na [[Etiópia]]. A França recusou as propostas da Itália por considerá-las inaceitáveis e por não acreditar que o risco alemão fosse imediato.<ref name="burgwyn"/>
 
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| caption2 = [[Gyula Gömbös]], primeiro-ministro da Hungria (1932-1936)
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Em 1932, [[Gyula Gömbös]] e seu partido subiram ao poder da Hungria e imediatamente procuraram aliança com a Itália.<ref name="burgwyn"/> Gömbös queria acabar com a Hungria pós-[[Tratado de Trianon]], mas sabia que sozinho não poderia enfrentar a [[Pequena Entente]].<ref name="burgwyn"/> Mussolini ficou entusiasmado com a oferta húngara e até ajudou Gömbös nas tentativas de convencer o primeiro-ministro da Áustria, [[Engelbert Dollfuss]], a assinar um acordo econômico tripartite com Itália e Hungria. Em 10 de novembro de 1932, durante um encontro entre Gömbös e Mussolini em Roma, foi levantada a questão de como ficaria a soberania da Áustria diante da inevitável subida ao poder do [[Partido Nazi]] na Alemanha. Mussolini estava preocupado com as ambições nazistas para a Áustria e garantiu que pelo menos a curto prazo se comprometeria em manter a Áustria como um Estado soberano. Mussolini temia que após dominar a Áustria, a Alemanha tomasse o [[ProvínciaBolzano autónoma(província de Bolzanoautónoma)|Tirol Meridional]], uma [[Lista de províncias da Itália|província]] ao norte da Itália cuja população era majoritariamente falante da [[língua alemã]]. Gömbös respondeu que uma [[Anschluss|anexação]] da Áustria pela Alemanha era inevitável e que era mais vantajoso ter uma Alemanha amigável no [[passo do Brennero]] do que uma Alemanha hostil entrando pelo [[Mar Adriático|Adriático]].
 
Em 1933, Adolf Hitler e o Partido Nazi chegaram ao poder na Alemanha. O primeiro contato diplomático de Hitler foi com a Hungria, com Gömbös sugerindo para "os dois países cooperarem na política externa e econômica".<ref>Iván T. Berend, Tibor Iván Berend. ''Decades of Crisis: Central and Eastern Europe Before World War 2''. First paperback edition. Berkeley and Los Angeles, California, USA: University of California Press, 2001. P. 310.</ref>
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Hitler tentou quebrar o impasse com a Itália em relação a Áustria enviando [[Hermann Göring]] para negociar com Mussolini em 1933, para tentar convencê-lo a pressionar a Áustria a nomear nazistas ao governo. Göring afirmou que a dominação nazista da Áustria era inevitável e que a Itália deveria aceitar isso, reforçando também a promessa de que em nome dos tratados de paz, Hitler não iria invadir Tirol Meridional.<ref name="burgwyn4">H. James Burgwyn. Italian foreign policy in the interwar period, 1918-1940. Wesport, Connecticut, USA: Greenwood Publishing Group, 1997. P. 78.</ref> Imediatamente após a visita de Göring, Dollfuss foi para a Itália para tentar combater qualquer progresso diplomático alemão. Dollfuss afirmou que seu governo estava sendo bem-sucedido em livrar-se do marxismo e que o apoio nazista não precisava ser aumentado. Pelo contrário, seria diminuído.
 
Em 1934, Hitler e Mussolini encontram-se pessoalmente pela primeira vez em [[Veneza]].<ref name="neville">Peter Neville. ''Mussolini''. London, England, UK: Routledge, 2004. P. 123.</ref> A reunião não ocorreu de forma amigável, pois enquanto Hitler exigia que a Itália pressionasse Dollfuss a nomear nazistas austríacos em seu gabinete, Mussolini recusava terminantemente a exigência.<ref name="neville"/> Em resposta, Hitler prometeu aceitar a independência da Áustria pelo menos naquele momento, pois a Alemanha passava por tensões internas (que ainda naquele ano culminaria no episódio da [[noiteNoite das facasFacas longasLongas]]) e não poderia se dar ao luxo de provocar a Itália.<ref name="neville"/>
 
Em 25 de junho de 1934, várias semanas após o encontro em Veneza, os nazistas austríacos assassinaram Dollfuss.<ref>Peter Neville. ''Mussolini''. London, England, UK: Routledge, 2004. Pp. 123.</ref> Mussolini ficou indignado com o ocorrido e atribuiu a Hitler a culpa, colocando-o como um traidor por não cumprir a sua palavra de que respeitaria a independência da Áustria.<ref>Peter Neville. ''Mussolini''. London, England, UK: Routledge, 2004. Pp. 123-125.</ref> A resposta de Mussolini ao assassinato foi violenta e imediata: rapidamente ele providenciou que diversas divisões do exército e esquadrões aéreos rumassem para o [[passo do Brennero]] e alertou que qualquer ação alemã contra a Áustria resultaria em uma guerra entre Alemanha e Itália.<ref>Gordon Martel. ''Origins of Second World War Reconsidered: A. J. P. Taylor and Historians''. Digital Printing edition. Routledge, 2003. Pp. 179.</ref> Hitler respondeu negando a responsabilidade pelo assassinato e afirmou que iria dissolver todos os laços entre o Partido Nazista Alemão e seu correspondente austríaco, jogando exclusivamente neles a culpa pela tensão política.<ref>Gordon Martel. ''Austrian Foreign Policy in Historical Context''. New Brunswick, New Jersey, USA: Transaction Publishers, 2006. Pp. 179.</ref>
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=== A aliança Alemanha–Itália–Japão ===
[[Imagem:1938 Naka yoshi sangoku.jpg|thumb|upright=0.8|esquerda|''Bons amigos em três países'' (1938): Pôster de propaganda japonês celebrando a participação da Itália no [[Pacto Anti-CominternAnticomintern]] em 6 de novembro de 1937. No topo, Hitler, Konoe e Mussolini.]]
O interesse para a formação de uma aliança entre a Alemanha e o Japão começou quando o diplomata japonês [[Hiroshi Oshima]] visitou o ministro das Relações Exteriores alemão [[Joachim von Ribbentrop]] em Berlim, 1935.<ref name="boscaro">Adriana Boscaro, Franco Gatti, Massimo Raveri, (eds). ''Rethinking Japan. 1. Literature, visual arts & linguistics''. P. 32.</ref> Oshima informou von Ribbentrop sobre o interesse do Japão em formar uma aliança germano-japonesa contra a União Soviética.<ref name="boscaro"/> Von Ribbentrop acatou a proposta de Oshima e defendeu que a aliança deveria basear-se em um contexto político para opor-se à [[Comintern]].<ref name="boscaro"/> O pacto proposto foi recebido com reações divididas no Japão. Uma facção de ultra-nacionalistas dentro do governo apoiou, enquanto a marinha japonesa e o Ministério das Relações Exteriores fizeram firme oposição ao pacto.<ref>Adriana Boscaro, Franco Gatti, Massimo Raveri, (eds). ''Rethinking Japan. 1. Literature, visual arts & linguistics''. P. 33.</ref> Havia uma grande preocupação no governo japonês de que um pacto com a Alemanha poderia acabar com as relações do Japão com a Inglaterra, pondo em risco anos de acordos benéficos com os ingleses.<ref>Adriana Boscaro, Franco Gatti, Massimo Raveri, (eds). ''Rethinking Japan. 1. Literature, visual arts & linguistics''. P. 38.</ref> Na Alemanha, a proposta de pacto causou uma divisão de opiniões semelhante, pois enquanto os altos escalões do partido nazista achavam uma boa ideia, muitos membros do Ministério das Relações Exteriores, do exército e da comunidade empresarial não gostaram, pois tinham negócios e interesses financeiros na China, país ao qual o Japão era hostil.
 
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==== Justificativas para a guerra ====
[[Imagem:Bundesarchiv Bild 183-2008-0922-502, Lodz, Einzug deutscher Truppen.jpg|thumb|Desfile da cavalaria alemã em [[Łódź]] durante a [[invasão da Polônia]], setembro de 1939.]]
O ''[[Führer]]'' [[Adolf Hitler]] declarou em 1941 que a eclosão da Segunda Guerra Mundial foi resultado da intervenção indevida das potências ocidentais durante a guerra entre Alemanha e Polônia. Hitler negava as acusações dos Aliados de que queria uma guerra em nível mundial e alegou que a guerra era desejada e foi provocada por políticos judeus ou associados aos interesses judeus.<ref>Dr Richard L Rubenstein, John King Roth. Approaches to Auschwitz: The Holocaust Amd Its Legacy. Louisville, Kentucky, USA: Westminster John Knox Press, 2003. P. 212.</ref> No entanto, Hitler claramente tinha projetos para transformar a Alemanha em um Estado com liderança no mundo, tal como sua intenção de transformar Berlim em ''Welthauptstadt'' (Capital do Mundo), reconstruí-la e renomeá-la para [[Welthauptstadt Germania|Germania]].<ref>Hitler's Germany: Origins, Interpretations, Legacies. London, England, UK: Routledge, 1939. P. 134.</ref> A expansão era justificada como uma necessidade inevitável para proporcionar o ''lebensraum[[Lebensraum]]'' ([["espaço vital]]") que pretendia solucionar o problema de [[superpopulação]] alemã fornecendo os recursos necessários para o bem-estar do povo dentro de seus territórios.<ref name="Stephen J. Lee 1945. P. 237">Stephen J. Lee. Europe, 1890-1945. P. 237.</ref> Hitler sempre queixou-se da falta de recursos do país comparado aos seus elevados índices populacionais e usava esse fator como justificava para corrobar seu plano de aumentar o tamanho da Alemanha.<ref name="Stephen J. Lee 1945. P. 237">Stephen J. Lee. Europe, 1890–1945. P. 237.</ref> Desde 1920, o Partido Nazista promoveu publicamente a ideia de expansão da Alemanha para territórios mantidos pela União Soviética.<ref name="Peter D. Stachura P. 31">Peter D. Stachura. The Shaping of the Nazi State. P. 31.</ref>
 
===== Polônia e Inglaterra =====
Sobre a guerra contra a Polônia, que provocou a intervenção dos Aliados contra a Alemanha, os alemães alegaram que tinham procurado resolver sua disputa com os poloneses a respeito das minorias alemãs presentes no chamado "[[Corredor Polonês]]" por meio de um acordo feito em 1934 no qual a Polônia supostamente se comprometeria em acabar com sua politica assimilacionista em relação à população alemã naquele país. No entanto, a Alemanha queixou-se mais tarde que a Polônia não cumpriu esse acordo.<ref name="Richard Blanke 1939. P. 215">Richard Blanke. Orphans of Versailles: The Germans in Western Poland, 1918-1939. Lexington, Kentucky, USA: University Press of Kentucky, 1993. P. 215.</ref> Em 1937, a Alemanha condenou a Polônia por violar o direito das minorias, mas propôs um acordo para aceitar os pedidos de parar a assimilação da população polonesa em território alemão se a Polônia fizesse o mesmo com a população alemã no seu território.<ref name="Richard Blanke 1939. P. 215"/> A proposta da Alemanha foi recebida com relutância pela Polônia, principalmente pela União Ocidental Polonesa (PZZ) e pelo Partido Nacional Democrático, levando o país a aceitar, em 5 de novembro de 1937, somente uma versão diluída da Declaração Conjunta sobre Minorias.<ref name="Richard Blanke 1939. P. 215"/> No mesmo dia, Hitler declarou sua intenção de se preparar para uma guerra contra a Polônia.<ref name="Richard Blanke 1939. P. 215"/> A Alemanha usou precedentes jurídicos para justificar sua intervenção contra a Polônia e anexação da [[Cidade Livre de Danzig]], que tinha maioria alemã e era liderada por um governo nazista que procurava incorporação com a Alemanha. Em 1939, a justificativa encontrada foi a constante violação da soberania de Danzig pela Polônia.<ref name="C. Kiss. 1989">A. C. Kiss. ''Hague Yearbook of International Law''. Martinus Nijhoff Publishers, 1989.</ref> A Alemanha condenou a Polônia por enviar tropas adicionais para a cidade em 1933, violando o limite de tropas polonesas admissíveis em Danzig.<ref name="C. Kiss. 1989"/>
 
Depois da Polônia ter aceitado apenas em termos o tratado que garantiria que as minorias alemãs não seriam assimiladas, Hitler decidiu que era chegada a hora de começar os preparativos para entrar em guerra contra o país. Destruindo-a, implantaria o ''lebensraumLebensraum'' e iniciaria a colonização alemã em seus territórios.<ref name="Richard Blanke 1939. P. 215"/>
 
[[Imagem:Heinkel He 111 during the Battle of Britain.jpg|thumb|esquerda|Bombardeiros [[Heinkel He 111]] da [[Luftwaffe]] durante a [[Batalha da InglaterraGrã-Bretanha]].]]
 
Embora a Alemanha tenha se preparado para a guerra com a Polônia já em 1939, Hitler ainda usou de meios diplomáticos combinados com ameaças de intervenção militar para pressionar a Polônia e conseguir concessões para a Alemanha, pressionando para tentar a anexação de Danzig sem oposição polaca. Hitler acreditava que poderia obter vantagens sobre a Polônia sem precisar provocar uma guerra com a Grã-Bretanha ou França.<ref name="William Young 2006. P. 266">William Young. German Diplomatic Relations 1871–1945: The Wilhelmstrasse and the Formulation of Foreign Policy. iUniverse, 2006. P. 266.</ref> Mesmo existindo uma garantia de apoio militar dos britânicos para a proteção da Polônia, ele acreditava que isso seria apenas um blefe britânico para tentar manter a Alemanha longe. Hitler apoiava-se principalmente num acordo germano-soviético em que ambos os países reconheciam os seus interesses mútuos envolvendo a Polônia.<ref name="William Young 2006. P. 266"/> A União Soviética se desentendia diplomaticamente com a Polônia desde a [[Guerra Polaco-Soviética]] de 1919–1921, em que os soviéticos foram pressionados a ceder a [[Bielorrússia]] ocidental e a [[Ucrânia]] ocidental à Polônia após intensos e demorados combates sobre esses territórios, que a União Soviética sempre quis reaver.<ref name="Eastern Europe 2004, Pp. 138-139">''Eastern Europe, Russia and Central Asia 2004, Volume 4''. London, England, UK: Europa Publications, 2003. Pp.&nbsp;138–139.</ref> Hitler acreditava que uma guerra com a Polônia seria apenas um conflito isolado, pois a Grã-Bretanha com certeza não gostaria de envolver-se em uma guerra com a Alemanha e União Soviética.<ref name="William Young 2006. P. 266"/>
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===== Países Baixos e região =====
Em maio de 1940, a Alemanha invadiu os [[Países Baixos (região)|Países Baixos da Bélgica]], [[Luxemburgo]] e [[Países Baixos]]<ref>{{citar livro|último =Werner Warmbrunn|primeiro =|título=The Dutch Under German Occupation, 1940-1945|url=http://books.google.com/books?id=ykWfAAAAIAAJ&pg=PA6|ano=1963|publicado=Stanford UP|língua=inglês|páginas=5–7}}</ref> sob a justificativa de que os britânicos e franceses poderiam usar a região como ponto estratégico para invadir a zona industrial de [[Vale do Ruhr|Ruhr]].<ref name="Gabrielle Kirk McDonald 2000. P. 649">Gabrielle Kirk McDonald. ''Documents and Cases, Volumes 1-2''. The Hague, Netherlands: Kluwer Law International, 2000. P. 649.</ref> Em meados de 1939, quando a guerra entre Alemanha, Inglaterra e França parecia cada vez mais próxima, Hitler declarou: ''"As bases aéreas holandesas e belgas devem ser ocupadas! Todas as declarações de neutralidade devem ser ignoradas."''<ref name="Gabrielle Kirk McDonald 2000. P. 649"/> Em uma conferência com líderes militares da Alemanha em 23 de novembro de 1939, Hitler declarou que Ruhr era o "calcanhar de Aquiles" alemão e ''"se a Inglaterra e França chegarem a partir da Bélgica e Países Baixos para Ruhr, estaremos em grande perigo"''. Sendo assim, afirmou que independente da neutralidade declarada por esses países, toda aquela região precisaria ser ocupada para evitar uma ofensiva anglo-francesa.<ref name="Gabrielle Kirk McDonald 2000. P. 649"/>
 
===== União Soviética =====
{{Principal|Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo}}
A Alemanha invadiu a União Soviética em 1941 por questões relacionadas ao ''lebensraum[[Lebensraum]]'' e [[anticomunismo]]. Em seus primeiros anos como líder nazista, Hitler disse que aceitaria manter relações amistosas com os soviéticos sob a condição de que
a Rússia recuasse suas fronteiras de acordo com o [[Tratado de Brest-Litovski]], assinado em 1918 por [[Vladimir Lenin]] a respeito da [[República Socialista Federativa Soviética Russada Rússia]], que dava grandes territórios até então detidos pela Rússia aos alemães em troca de paz durante a Primeira Guerra.<ref name="Peter D. Stachura P. 31">Peter D. Stachura. The Shaping of the Nazi State. P. 31.</ref> Em 1921, Hitler elogiou esse Tratado e declarou que confiava nas relações de paz entre as duas nações.<ref name="Peter D. Stachura P. 31"/> No entanto, Hitler queria uma Rússia territorialmente reduzida e apoiava a ideia de que o povo russo deveria se revoltar contra o governo bolchevique e estabelecer um novo governo.<ref name="Peter D. Stachura P. 31"/> Em 1922, contrariando seu pensamento anterior, ele apoiou a possibilidade de a Alemanha fazer uma aliança com a Inglaterra contra os soviéticos.<ref name="Peter D. Stachura P. 31"/> Mais tarde, Hitler declarou o quanto além do território russo ele planejava expandir a Alemanha:
{{quote|''"A segurança da Europa não estará assegurada até levarmos a Ásia para trás dos Urais. Nenhum estado russo organizado poderá existir a oeste dessa fronteira.''"|Adolf Hitler<ref name="André Mineau 2004. P. 36">André Mineau. Operation Barbarossa: Ideology and Ethics Against Human Dignity. Rodopi, 2004. P. 36</ref>}}
A política de ''[[lebensraumLebensraum]]'' incluía uma grande expansão da Alemanha para o leste dos [[Montesmontes Urais]].<ref name="André Mineau 2004. P. 36"/><ref>Rolf Dieter Müller, Gerd R. Ueberschär. ''Hitler's War in the East, 1941–1945: A Critical Assessment''. Berghahn Books, 2009. P. 89.</ref> Hitler desejava que o "excedente" da população russa que vivia ao oeste dos Urais fosse deportado para o leste.<ref>Bradl Lightbody. ''The Second World War: Ambitions to Nemesis''. London, England, UK; New York, New York, USA: Routledge, 2004. P. 97.</ref> Depois que a Alemanha invadiu a União Soviética, o desejo dos nazistas por uma Rússia independente e territorialmente reduzida foi influenciado por uma pressão do ''[[Deutsches Heer]]'' em 1942 para Hitler endossar a criação do Exército de Libertação Nacional da Rússia, que seria comandado por [[Andrey Vlasov]], militar russo capturado em combate que solicitara apoio para tentar derrubar [[JosephJosef Stalin]] e estabelecer um novo Estado russo.<ref>Geoffrey A. Hosking. ''Rulers And Victims: The Russians in the Soviet Union''. Harvard University Press, 2006 P. 213.</ref> Inicialmente a proposta de apoiar um exército russo anti-comunista foi recebida com rejeição por Hitler. No entanto, em 1944, a Alemanha enfrentou perdas significativas na Frente Ocidental, o que aumentou o apoio a Vlasov em seu plano, após ganhar a confiança do ''[[Reichsführer-SS]]'' [[Heinrich Himmler]].<ref>Catherine Andreyev. ''Vlasov and the Russian Liberation Movement: Soviet Reality and Emigré Theories''. First paperback edition. Cambridge, England, UK: Cambridge University Press, 1989. Pp. 53, 61.</ref>
 
===== Estados Unidos =====
Depois do [[ataque a Pearl Harbor|ataque japonês a Pearl Harbor]] e a eclosão subsequente da guerra entre Japão e Estados Unidos, a Alemanha apoiou os seus aliados e também declarou guerra contra os americanos. Durante os conflitos, a Alemanha denunciou a [[Carta do Atlântico]] e o ''[[Lend-Lease]]'' — políticas que teriam beneficiado Inglaterra e França antes mesmo da entrada dos EUA na aliança contra a Alemanha — como manobras imperialistas dirigidas para dominar e explorar países fora das Américas.<ref name="Randall Bennett Woods 1990. P. 200">Randall Bennett Woods. ''A Changing of the Guard: Anglo-American Relations, 1941–1946''. University of North Carolina Press, 1990. P. 200.</ref> Hitler criticou ainda o termo "liberdade" usado pelo presidente Roosevelt para descrever os objetivos dos EUA na guerra. Segundo Hitler, o significado americano de "liberdade" era usar a democracia para explorar o mundo e dar liberdade aos plutocratas para manipular as massas por meio de tal democracia.<ref name="Randall Bennett Woods 1990. P. 200"/>
 
==== Histórico ====
Os cidadãos alemães sentiam que seu país havia sido humilhado pelo [[Tratado de Versalhes (1919)|Tratado de Versalhes]] que pôs fim à [[Primeira Guerra Mundial]] e forçava a Alemanha a pagar enormes custos de guerra, perder territórios de população alemã e todas as suas colônias. Por causa dessas indenizações de grande porte, as reparações econômicas levaram a [[República de Weimar]] à hiperinflação durante o início da década de 1920. Em 1923, a Alemanha não se mostrava capaz de pagar as exigências de reparação aos Aliados, o que resultou na [[Ocupação do Ruhr|ocupação da região do Ruhr]] pelos franceses]]. No fim da década de 1920, a Alemanha começou a melhorar economicamente, porém a [[Grande Depressão]] criou mais dificuldades e um consequente aumento de forças políticas que advogavam soluções radicais para os infortúnios do país. Os nazistas, já como um grupo nacionalista organizado, difundiam a [[Dolchstoßlegende|lenda da punhalada pelas costas]] afirmando que a Alemanha havia sido traída por judeus e comunistas. O partido prometia reconstruir a Alemanha como uma grande potência e criar a Grande Alemanha, que incluiria a [[Alsácia-Lorena]], a [[Áustria]], os [[Sudetos]] e outros territórios de população alemã na Europa (cf. ''[[großdeutschland]]'' e [[pangermanismo]]). Os nazistas também almejavam ocupar e colonizar territórios não-alemães na [[Polônia]], [[Países Bálticos]] e [[União Soviética]], como parte de seu plano de conseguir o ''lebensraumLebensraum'' ("espaço vital") na Europa Oriental.
 
[[Imagem:Bundesarchiv Bild 146-1971-107-40, Russland, Kampf um Stalingrad, Infanterie.jpg|thumb|Soldados alemães na Rússia durante a [[Batalha de Stalingrado]] na [[Frente Oriental (Segunda Guerra Mundial)|Frente Oriental]].]]
Em 1935, a Alemanha retomou o alistamento militar e anunciou ao mundo que já detinha uma força aérea. Em março de 1936, renunciou ao Tratado de Versalhes e [[Remilitarização da Renânia|remilitarizou a Renânia]]. Em 1938, [[Anschluss|anexou a Áustria]] e ocupou a região [[Tchecoslováquia|tcheca]] dos [[Sudetos]] e em 1939 o [[Território de Memel]] da [[Lituânia]]. Em seguida invadiu o restante da [[Ocupação alemã da Checoslováquia|Tchecoslováquia]], criando o [[Protectorado de Boêmia e Morávia]] e a [[República Eslovaca (1939-1945)1939–1945|República Eslovaca]].
 
Em 23 de agosto de 1939, a Alemanha e a União Soviética assinaram o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], que continha uma cláusula secreta dividindo a Europa Oriental em esferas de influência (cf. ''[[negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo]]'').{{sfn|Molotov-Ribbentrop Pact|1939}} Oito dias depois, a Alemanha invadiu a sua parte da Polônia conforme decidido no pacto, fato que deu início à Segunda Guerra Mundial.{{sfn|Roberts|2006|p=82}} No final de 1941, a Alemanha já detinha grande parte da Europa e rompeu seu pacto com os soviéticos invadindo o território russo e quase capturando Moscou. No entanto, as esmagadoras derrotas nas [[Batalha de Stalingrado]] e [[Batalha de Kursk|de Kursk]] devastaram as [[Wehrmacht|forças armadas alemãs]]. Tudo isso combinado com o [[Desembarques da Normandia|desembarque dos Aliados ocidentais na França]] e na [[Invasão Aliada da Sicília|região da Sicília na Itália]], levou a uma desgastante e suícida guerra em três frentes que resultou no esgotamento de forças por parte da Alemanha e finalmente a sua derrota em 1945.
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Em 1941, com o fim da [[Cooperação Sino-Germânica (1911–1941)|cooperação Sino-Germânica]], o Japão tornou-se o principal representante das Forças do Eixo na Ásia e no Pacífico. O Império do Japão, comumente chamado de Japão Imperial, era uma monarquia constitucional regida pelo imperador Hirohito. A constituição japonesa prescrevia que:
 
:"''O imperador é o chefe do Império, combinando a si mesmo os direitos de soberania e a exercê-los de acordo com as disposições da presente constituição"'' (Artigo 4) e ''"O imperador possui o total controle sobre o Exército e a Marinha."'' (Artigo 11).
 
Sob o comando do imperador havia um gabinete político e o quartel-general imperial, com dois chefes de gabinete.
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Apesar da proteção e acordos de longa data com a Itália, tropas italianas invadiram a Albânia em 7 de abril de 1939, cinco meses antes do início da Segunda Guerra Mundial. A [[Protetorado da Albânia|Albânia foi um protetorado]] e dependência italiana entre 1939 e 1943. Tropas albanesas sob controle italiano foram enviadas para participar da invasão da Grécia e da ocupação da Iugoslávia pelo Eixo. Após a derrota da Iugoslávia, Kosovo foi anexada à Albânia pelos italianos. Quando o regime fascista caiu em setembro de 1943, a Albânia passou para o controle da Alemanha.
 
[[Montenegro]] também foi protetorado e dependência italiana entre 1941 e 1943.
 
As ilhas [[Dodecaneso|Ilhas Dodecaneso]], dependência italiana desde 1912, foram perdidas para a Grã-Bretanha em 1943.
 
=====Na África=====
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Em 21 de março de 1942, Tailândia e Japão entraram em acordo para que [[Shan (estado)|Shan]] e [[Kayah (estado)|Kayan]] passassem para o controle tailandês, enquanto o resto da Birmânia ficaria sob o controle japonês. Em 10 de maio de 1942, forças tailandesas entraram pelo leste de Shan, que era reivindicado por reinos siameses. Para repelir a 93ª divisão chinesa, a Tailândia mobilizou três divisões de infantaria e uma de cavalaria, lideradas por grupos de blindados de reconhecimento e apoio aéreo. A cidade de [[Kengtung]], que era o objetivo principal, foi capturada em 27 de maio. As ofensivas continuaram entre junho e novembro até a expulsão dos chineses de [[Yunnan]].<ref>[http://web.archive.org/web/20091027105102/http://geocities.com/thailandwwii/shans.html Thailand and the Second World War]</ref> Os territórios de Shan e Kayan foram anexados pela Tailândia ainda em 1942 e só seriam cedidos de volta para a Birmânia após a guerra em 1946.
 
Durante os primeiros meses de 1942, foi criado o Movimento Tailândia Livre ("''Seri Thai"'') contrário ao governo e suas ações. A rainha [[Ramphaiphanni]] de Sião, exilada no Reino Unido, era uma das líderes da resistência. O regente [[Pridi PhanomyongBanomyong]] reuniu um grande contingente que atuava dentro da Tailândia. Ajudados por alguns membros das forças armadas, aeroportos e campos de treinamento secretos foram estabelecidos para a resistência, contando ainda com ajuda de mais de 136 agentes da ''[[OfficeEscritório ofde StrategicServiços ServicesEstratégicos]]'' e ''[[Special Operations Executive]]''.
 
Enquanto a guerra acontecia, a população tailandesa começou a mostrar-se insatisfeita com a massiva presença japonesa nos país. Em junho de 1944, Phibun sofreu um golpe de Estado. O novo governo civil de [[Khuang Aphaiwong]] tentou ajudar a resistência, mas preservou a cordialidade com os japoneses. Após a guerra, os Estados Unidos defenderam a Tailândia para que o país não fosse julgado como um país do Eixo, mas os britânicos exigiram que o governo tailandês pagasse 3 milhões de toneladas de arroz como forma de reparação e ordenou a devolução das áreas que haviam anexado durante os conflitos. A Tailândia foi obrigada a devolver as áreas que havia tomado da [[Malásia]], [[Birmânia Britânica]] e [[Indochina Francesa]]. Phibun foi levado a julgamento por crimes de guerra e colaboração com o Eixo, mas acabou inocentado.
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Nos primeiros dias da [[Operação Barbarossa]], a Finlândia permitiu que os aviões alemães que participavam de bombardeios na região do [[rio Neva]] e [[Kronstadt]] reabastecessem em seus territórios antes de voltar para as bases na [[Prússia Oriental]]. Em retaliação, a União Soviética lançou uma grande ofensiva aérea contra aeroportos e vilas localizados na Finlândia. Em 25 de junho de 1941, a Finlândia declarou guerra aos soviéticos mais uma vez e o conflito que se seguiu ficou conhecido como [[Guerra da Continuação]].
 
O objetivo principal da Finlândia era recuperar os territórios perdidos para a União Soviética, no entanto, o Marechalmarechal [[Carl Gustaf Emil Mannerheim]] também demonstrou interesse na [[Carélia]] russa.
 
As relações diplomáticas com o Reino Unido foram cortadas em 1 de agosto de 1941, depois que os ingleses bombardearam forças alemãs que estavam instaladas no porto de Pechenga, Finlândia. Os ingleses insistiram diversas vezes sem sucesso para a Finlândia cessar-fogo e desfazer suas relações com os alemães até que finalmente declararam guerra aos finlandeses em 6 de dezembro de 1941. No entanto, o Reino Unido não chegou a participar de nenhuma operação militar nos confrontos da região. Estados Unidos e Finlândia não chegaram a declarar guerra oficialmente, embora a relação diplomática dos dois países tenha sido cortada em 1944 após o [[Acordo Ryti-Ribbentrop]].
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Finlândia e Alemanha ficaram mais próximos nas seis semanas que se seguiram após o Acordo Ryti-Ribbentrop, que continha condições para ajuda militar alemã a fim de impedir uma grande ofensiva soviética que poderia levar a uma ocupação completa do território finlandês. Apesar de ser redigido pelo presidente, o acordo não tinha caráter formal de aliança para evitar que precisasse ser ratificado pelo parlamento.
 
Algumas semanas depois, o presidente [[Risto Ryti|Ryti]] renunciou ao cargo e foi substituído pelo marechal [[Carl Gustaf Emil Mannerheim|Marechal Mannerheim]], que iniciou negociações secretas com os soviéticos que resultaram num cessar-fogo em 4 de setembro de 1944. Em 18 de setembro, ambos os países assinaram o [[Armistício de Moscou]]. Uma vez em paz com os soviéticos, os finlandeses se viram obrigados a expulsar as forças nazistas presentes em seu território, o que causou o início da [[Guerra da Lapônia]]. Em 1947, a Finlândia finalmente assinou um [[Tratado de Paris (1947)|tratado de paz com os Aliados]].
 
===Iraque===
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===Dinamarca===
A Dinamarca foi ocupada pela Alemanha após abril de 1940, mas nunca fez parte oficialmente do Eixo. Em 31 de maio de 1939, Dinamarca e Alemanha assinaram um pacto de não-agressão que não continha quaisquer obrigações militares para ambas as partes.<ref>[http://www.navalhistory.dk/Danish/Historien/1939_1945/IkkeAngrebsPagt.htm "Den Dansk-Tyske Ikke-Angrebstraktat af 1939"]. Flådens Historie.</ref>
Em 9 de abril de 1940, a Alemanha [[Operação Weserübung|atacou a Escandinávia]]. A velocidade do ataque alemão impediu que os membros do governo e o rei [[Cristiano X da Dinamarca|Rei Cristiano X]] fossem para o exílio. Eles tiveram que aceitar a "proteção do Eixo" e a colocação de tropas alemãs no território dinamarquês em troca de independência nominal. A Dinamarca coordenou sua política externa juntamente com a Alemanha, dando reconhecimento diplomático aos colaboradores e regimes fantoches do Eixo e rompendo relações diplomáticas com governos no exílio alinhados aos Aliados. Pouco depois, em 1941, o país também rompeu relações com a União Soviética e assinou o Pacto Anticomintern.<ref name="Trommer">{{citar web|autor =Trommer, Aage |título="Denmark". The Occupation 1940–45 |publicado=Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca | url=http://www.um.dk/Publikationer/UM/English/Denmark/kap6/6-15.asp|acessodata=20-09-2006 |língua=inglês |arquivourl= https://web.archive.org/web/20060618002436/http://www.um.dk/Publikationer/UM/English/Denmark/kap6/6-15.asp |arquivodata= 18-06-2006}}</ref> No Entanto, Estados Unidos e Inglaterra ignoraram as ações políticas da Dinamarca e continuaram a negociar com embaixadores dinamarqueses formas de usar a Islândia, Groenlândia e a frota mercante do país contra a Alemanha.<ref>William L. Langer and S. Everett Gleason, ''The Undeclared War, 1940-1941'' (em inglês, 1953), páginas 172-73, 424-31, 575-78 </ref><ref>Richard Petrow, ''The Bitter Years: The Invasion and Occupation of Denmark and Norway, April 1940-May 1945'' (em inglês, 1974) pg. 165</ref>
 
Em 1941, membros do Partido Nazista da Dinamarca criaram uma organização paramilitar chamada ''Frikorps Danmark'' e milhares de voluntários lutaram junto com os alemães na Frente Oriental. A Dinamarca vendeu produtos agrícolas e industriais para a Alemanha e fez empréstimos de armamentos e fortificações. O país também ajudou com recursos para a construção da [[Muralha do Atlântico]]. Essa ajuda não foi retribuída, nem durante e nem depois da guerra.