Licônia: diferenças entre revisões

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[[Ficheiroimagem:Carte Lycaonie.png|thumb|direita|300px|Licônia.]]
{{PBPE|Licônia|Licónia}} ({{lang-langx|el|{{politônico|Λυκαονία}}}} - ||''Lukaonia''}}; {{lang-tr|Likaonya}}), também chamada de '''Licaônia''', era o nome de uma grande região no interior da antiga [[Ásia Menor]] ([[Anatólia]]), norte da dos [[Montes Tauro]], na fronteira com a antiga região da [[Cilícia]] e, no período [[bizantinos|bizantino]], com a [[Isáuria]]; porém, é difícil precisar suas fronteiras exatas pois elas variaram consideravelmente com o tempo.
 
== Etimologia ==
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== Licônios ==
Os licônios parecem ter sido, em grande medida, independentes do [[Império Aquemênida]], pelo menos no início, e eram, como seus vizinhos [[isáurios]], um povo de saqueadores selvagens e sem leis. Contudo, a região onde moravam era atravessada por uma das grandes estradas da Ásia Menor, a [[Estrada Real Persa]], que ia de [[Sardis]] e [[Éfeso]] até as [[Portas da Cilícia]], o que permitiu a criação de algumas poucas cidades importantes em seu percurso. A mais importante era sem dúvida [[Icônio]], na região mais fértil de todo o país, que era considerada pelos romanos e bizantinos como a capital, apesar de ser, etnologicamente falando, uma cidade [[frígios|frígia]]. Ela é hoje chamada de [[KonyaCônia]] e foi a capital do [[Império Seljúcida]] por séculos. Um pouco mais para o norte, na fronteira com a Frígia, estava [[Laodiceia Combusta]] (moderna [[LadikLadique (KonyaCônia)|LadikLadique]]), dita "Combusta" para distingui-la da [[Laodiceia no LicosLico|cidade frígia de mesmo nome]]. No sul, perto do sopé dos Montes Tauro, estava [[Laranda]], chamada atualmente de [[KaramanCaramânia]], que emprestou seu nome à província de [[Caramânia]]. [[Derbe]] e [[Listra]], que aparecem nos [[Atos dos Apóstolos]] como sendo importantes cidades, estavam localizadas entre Icônio e Laranda. Havia ainda muitas outras cidades que tornaram-se [[#Sés episcopais|sés episcopais]] nos tempos bizantinos. A Licônia foi [[cristianização|cristianizada]] muito cedo e seu sistema eclesiástico era o mais organizado de toda a Ásia Menor no final do século {{séc|IV}}.
 
Licônios parecem ter mantido sua cultura distinta na época de Estrabão, mas suas afinidades étnicas são desconhecidas. A menção da [[língua licônia]] nos Atos dos Apóstolos ({{citar bíblia|Atos|14|11}}) mostra que ela ainda era falada pelo povo de Listra por volta de 50 d.C. e provavelmente foi apenas depois, já por influência cristã, que o [[língua grega|grego]] a substituiu. É notável, porém, que nos Atos [[Barnabé (Bíblia)|Barnabé]] tenha sido chamado de [[Zeus (mitologia)|Zeus]] e que Paulo tenha sido confundido com [[Hermes (mitologia)|Hermes]] pelos licônios, o que faz com que alguns estudiosos acreditem que a língua licônia tenha sido, na realidade, um dialeto grego cujas reminiscências ainda podem ser encontradas no [[grego capadócio]], que é classificado como um dialeto distinto.
 
== História ==
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|image_map_caption = Província da Licônia num mapa da [[Diocese da Ásia]] ({{ca.}} 400)
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|life_span = {{dtlink|||371}}–séc. –{{séc|VII}}
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|year_end = século {{séc|VII}}
|event_end = Adoção dos [[sistema dos themata|sistema dos ''themata''temas]]
|event_post =Perda definitiva da região depois da [[Batalha de Miriocéfalo]]
|date_post=século {{séc|XII}}
|p1=
|s1=ThemaTema Anatólico
}}
Em 371, a '''Província da Licônia''' foi finalmente organizada como parte da [[Diocese da Ásia]] na [[Prefeitura pretoriana do Oriente]], uma situação que perdurou até o século VII{{séc|XII}}, quando ela foi incorporada pelo [[ThemaTema da Anatólia]].
 
As moedas da Licônia são bastante raras. A julgar pela quantidade de tipos e emissões conhecidas, a cunhagem de moedas parece ter sido uma atividade esporádica e, provavelmente, tinha objetivos puramente prestigiosos ou comemorativos, celebrando importantes eventos como a visita do imperador.