Joaquim Murat: diferenças entre revisões

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'''Joaquim Napoleão Murat''' ([[Labastide-Murat|Labastide-Fortunière]], {{dtlink|25|3|1767}} – [[Pizzo]], {{dtlink|13|10|1815}}) foi um [[Marechal da França]] e também [[Almirante da França]] durante o reinado de [[Napoleão Bonaparte]], que o fez [[Berg (estado)|Grão-Duque de Berg]] de 1806 até 1808, quando se tornou [[Lista de reis da Sicília e Nápoles|Rei de Nápoles]] até 1815.<ref>Ramsey Weston Phipps. ''Armies of the First French Republic''. Londres: Greenwood Publishers, 1926, vol. 1, p. 146-147.</ref>
 
Veterano das [[guerras revolucionárias francesas]], Murat se tornou amigo de Napoleão após o levante de [[13 Vendémiaire]]. Depois, eles participaram de campanhas militares [[Primeira Campanha de Napoleão em Itália|na Itália]], [[Campanha do Egito|no Egito]] e [[Campanha de Napoleão na Síria|na Síria]]. Em 1804, foi feito [[Marechal da França]] pelo agora Imperador [[Napoleão I]]. Quatro anos depois, foi feito rei de [[Reino de Nápoles|Nápoles]]. Durante as [[Guerras Napoleônicas]], serviu na [[Guerra Peninsular|Espanha]], na [[Batalha de Austerlitz|Áustria]], na [[Campanha da Rússia (1812)|Rússia]] e ainda lutou na decisiva [[Batalha das Nações]]. Após esta última, que foi uma amarga derrota para a França, Murat fez um acordo com o [[Império Austríaco]] para salvar seu próprio trono em Nápoles.<ref>Connelly, Owen. ''Blundering to Glory: Napoleon's Military Campaigns''. 20 de outubro de 2013.</ref>
==Revolução Francesa==
Filho de estalajeiros, seus pais pretendiam que ele seguisse carreira eclesiástica. Murat, recebeu boa educação e chegou a ingressar no seminário dos Lazaristas em Toulouse, o qual abandonou em 1787, para alistar-se num regimento de cavalaria.
 
Ardoroso defensor da República, alcançou sucessivas promoções de posto a partir de 1792, durante as [[Guerras revolucionárias francesas|guerras revolucionárias]].
 
Em outubro de 1795, ele servia em Paris no momento em que Napoleão Bonaparte foi nomeado comandante das forças de defesa da [[Convenção (Revolução Francesa)|Convenção Nacional]]. Murat ajudou Bonaparte a suprimir a insurreição realista de [[13 Vindimario]]; transportando material de artilharia para formar a linha de defesa do [[Palácio das Tulherias]] (onde se abrigava a Convenção).[2][3]
 
A partir de então tornou-se ajudante de campo do general Bonaparte, servindo como tal nas campanhas da Itália (1796-1797) e do Egito (1798-1799) nas quais estabeleceu sua reputação como um líder de cavalaria talentoso e ousado. [2]
 
Após a destruição da esquadra francesa em [[Batalha do Nilo|Abuquir]] (1799); Bonaparte, esquivando-se do bloqueio naval imposto pelos ingleses, retornou a França acompanhado por um seleto grupo de seus oficiais de confiança, dentre os quais Murat.
 
O então general Murat desempenhou um papel crucial no golpe de estado do [[18 de brumário|18 Brumário]] (9 de novembro de 1799), no qual Bonaparte derrubou o [[Diretório (Revolução Francesa)|Diretório]] e estabeleceu o [[Consulado (Revolução Francesa)|Consulado]], sendo ele próprio o primeiro cônsul, detentor dos maiores poderes.
 
Em janeiro de 1800, Murat tornou-se cunhado de Napoleão ao casar-se com sua irmã, [[Carolina Bonaparte]]. Ainda neste ano tomou parte na decisiva [[Batalha de Marengo]], durante a invasão à Itália. Em 1801 concluiu a campanha contra o Reino de Nápoles, impondo o [[Armistício de Foligno]]. [2]
==Marechal do Império==
Nomeado governador de Paris em 1804, foi incluído entre os primeiros generais promovidos ao posto de marechal após a coroação de Napoleão como imperador em 2 de dezembro. [2]
 
Durante a guerra da [[Terceira Coligação|terceira coligação]] em 1805 tomou parte nas batalhas de [[Batalha de Ulm|Ulm]] e [[Batalha de Austerlitz|Austerlitz]]; onde austríacos e russos foram derrotados. Durante a [[Quarta Coligação|quarta coligação]], sua enérgica perseguição possibilitou a destruição do exército prussiano em [[Batalha de Jena–Auerstedt|Jena]] (1806) e evitou uma possível derrota dos franceses na [[Batalha de Eylau]] (1807). [2]
 
Recompensado com o título de Grão-Duque de [[Grao ducado de Berg e Clèves|Berg e Clèves]]; Murat foi enviado à Espanha como lugar-tenente de Napoleão. Almejou conquistar o trono espanhol desocupado, porém suas intrigas levaram, em vez disso, a um levante dos opositores em Madrid, a 2 de maio de 1808; o qual foi brutalmente reprimido, marcando o início da [[Guerra Peninsular]]. [2]
==Rei de Nápoles==
Napoleão deu o trono espanhol a seu irmão José Bonaparte, mas recompensou seu cunhado Murat a quem fez Rei de Nápoles. Murat ascendeu sob o nome de Joachim-Napoléon (ou Gioacchino-Napoleone, em italiano) sucedendo ao mesmo [[José Bonaparte]].
 
Murat manteve em Nápoles uma corte suntuosa; porém também realizou reformas consistentes no plano administrativo: implantou o [[Código Civil Napoleônico]], incentivou o cultivo do algodão e promoveu servidores por mérito. [3]
 
Percebendo a possibilidade de unificação italiana, tentou colocar-se a frente dos acontecimentos, encorajando sociedades secretas que desempenharam mais tarde um papel relevante no “[[risorgimento]]”. [2]
==Fim da Era Napoleônica ==
Em 1812, Murat tomou parte na [[Campanha da Rússia (1812)|campanha da Rússia]] comandando a reserva de cavalaria; distinguindo-se na [[Batalha de Borodino]] (setembro de 1812). Durante a desastrosa retirada das forças francesas, abandonou o comando do [[Grande Armée|Grand Armeé]] e retornou ao sul da [[península Itálica]], a fim de resguardar seu reino. [2]
 
Durante a [[Sexta Coligação|sexta coligação]] lutou ao lado de Napoleão na [[Batalha das Nações|batalha de Leipzig]] (1813), porém após a derrota dos franceses e o exílio de Napoleão, efetuou um acordo com os austríacos para salvaguardar seu trono em [[Reino de Nápoles|Nápoles]]. [2]
 
Considerando sua precária situação frente aos novos aliados, logo percebeu que as potências reunidas no [[Congresso de Viena]] tinham a intenção de removê-lo do trono e devolver o Reino de Nápoles aos Bourbon; desta forma não hesitou em aliar-se a seu cunhado Napoleão I, que retornara do exílio e recuperara o governo da França durante o chamado ‘[[Governo dos Cem Dias]]”. (3)
 
Murat proferiu uma proclamação aos patriotas italianos em [[Rimini]] à 30 de março de 1815 e deslocou-se para o norte. Venceu às forças imperiais do general [[Vincenz Ferreri Frédéric Bianchi|Bianchi]] na [[Batalha de Panaro]] no início de abril, mas acabou sofrendo uma decisiva derrota frente à estes na [[Batalha de Tolentino]] entre 2 e 3 de maio de 1815, o que representou o fim da chamada [[Guerra Napolitana]]. (3)
 
O Reino de Nápoles foi reunido ao da Sicília e restituído a [[Fernando I das Duas Sicílias|Fernando I de Bourbon]]. Murat viu-se completamente isolado após a definitiva derrota de Napoleão em [[Batalha de Waterloo|Waterloo]] em 15 de junho de 1815. [3]
 
Buscou refúgio na [[Córsega]], de onde ainda conseguiu reunir um pequeno número de seguidores. Tentou recuperar o trono napolitano fomentando uma insurreição na [[Calábria]], porém, seu desembarque no porto de Pizzo fracassou. Hostilizado pela população local, logo acabou preso pelas forças de Fernando I.
 
Recolhido ao Castelo de Pizzo, foi acusado de traição e sentenciado à morte por fuzilamento, sendo executado em 13 de outubro de 1815. [3]
==Descendência==
Joachim Murat e Carolina Bonaparte tiveram dois filhos e duas filhas.
 
O filho mais velho, [[Napoléon-Achille]] (1801-1847), emigrou para os Estados Unidos em 1821.
 
O filho mais novo, [[Napoleão-Lucien-Charles]] (1803-1878), foi também para os Estados Unidos em 1825, mas retornou à França em 1848, sendo reconhecido como um príncipe por Napoleão III, com o título de Príncipe Murat, sob o Segundo Império. Dele descende a casa principesca de Murat. [2]
 
Após a queda de Napoleão, em junho de 1815, ele fugiu para a [[Córsega]]. Logo depois, partiu então para a região de [[Calábria]] para tentar incitar uma rebelião em seu favor com o propósito de reconquistar Nápoles. Contudo, as forças do rei [[Fernando I das Duas Sicílias|Fernando I]] encerraram [[Guerra Napolitana|a insurreição]] e o capturaram. Em 13 de outubro de 1815, ele foi executado por um pelotão de fuzilamento.<ref>Murat, Caroline (1910). ''My Memoirs''. Londres. p. 23.</ref>
 
{{referências}}
 
[2] <nowiki>https://www.britannica.com/biography/Joachim-Murat</nowiki>
 
[3] <nowiki>https://en.wikipedia.org/wiki/Joachim_Murat</nowiki>
 
{{Commonscat|Joachim Murat}}