Garo (condimento): diferenças entre revisões

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[[Imagem:Garum Mosaik Pompeji.JPG|thumb|250px|[[Ânfora]] com garo, na Vila Aulo Umbrício Escauro, [[Pompeia]]; G(ari) F(los) SCAM(bri) SCAURI]]
 
'''Garo''' ({{langx|la|''garum''}}) ou '''liquamen''' era um género de [[condimento]] muito utilizado na [[Antiguidade]], especialmente na [[Roma Antiga]]. É feito de [[sangue]], [[víscera]]s e de outras partes seleccionadas do [[atum]] ou da [[cavala]]{{dn}} misturadas com peixes pequenos, [[crustáceos]] e [[moluscos]] esmagados; tudo isto era deixado em [[salmoura]] e ao sol durante cerca de dois meses ou então aquecido artificialmente. Este produto era exportado para várias partes do [[Mediterrâneo]]. Há notícias de exportação de garo para [[Atenas]], no {{-séc|V}} A existência de numerosos vestígios de fábricas detectados no litoral mediterrânico da [[Península Ibérica]], provam um nítido crescimento desta indústria conserveira. Em [[Roma]], o garo chegou a ser um produto de [[luxo]], chegando a atingir {{formatnum|1000}} [[denário]]s (por apenas 6,5 lL.)
 
Em [[Portugal]], a maior concentração de vestígios de unidades de fabrico de garo localiza-se no litoral [[Algarve|algarvio]]. Na região atlântica há a referir os restos descobertos na baixa pombalina de Lisboa<ref>Fundação Millennium bcp [http://www.millenniumbcp.pt/pubs/pt/grupobcp/fundacaobcp/nucleoarqueologico/ Fundação Millennium bcp - Núcleo Arqueológico]</ref><ref>[http://ocorvo.pt/2013/06/17/vestigios-da-lisboa-romana-encontrados-entre-a-rua-dos-douradores-e-a-rua-dos-fanqueiros/ Vestígios da Lisboa romana encontrados entre a Rua dos Douradores e a Rua dos Fanqueiros]</ref>, no Alto de Martim Vaz ([[Póvoa de Varzim]]), na [[Tanques Romanos da Praia de Angeiras|praia de Angeiras]] ([[Matosinhos]]) e no [[estuário]] do [[rio Sado]], em [[Creiro]], Rasca, Comenda, Ponta da Areia, Moinho Novo, [[Troia (Grândola)|Troia]], um dos mais importantes centros conserveiros da [[Hispânia]]. Mais recentemente (2007), foram descobertas vestígios de cetárias romanas sob a marginal nascente da vila de Sesimbra. As ruínas destas fábricas até agora achadas em território português são constituídos pelos tanques ou [[cetária]]s destinados à salga de peixe e à preparação de conservas, normalmente de alvenaria. As conservas de peixe destinadas à exportação eram embaladas em recipientes de cerâmica, as [[ânfora]]s.