Jardins Suspensos da Babilónia: diferenças entre revisões

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== Textos antigos ==
[[Imagem:Ogrody semiramidy.jpg|thumb|upright=1.5|Jardins Suspensos da Babilônia, interpretação datada do século 20 d.C.]]
No que tangem àa textos antigos, os Jardins Suspensos da Babilônia foram descritos pela primeira vez por Beroso, sacerdote de [[Marduk]], que escreveu aproximadamente em 290 a.C., embora seus livros sejam conhecidos apenas por citações de autores posteriores (como por exemplo, Flávio Josefo). Há cinco principais escritores (incluindo Beroso) cujas descrições da Babilônia ainda existem em algum formato hoje. Estes escritores se preocuparam principalmente em descrever o tamanho dos jardins, por que e como foram construídos e como eram irrigados.{{carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
Josefo (cerca de 37-100 d.C) cita Beroso ao descrever os jardins.<ref name="Finkel"> Finkel (1988) p. 41.</ref> Beroso, por sua vez, descreveu o reinado de Nabucodonosor II, e é o único escritor a creditar a construção dos Jardins Suspensos ao imperador. <ref>Finkel (2008) p. 108.</ref>
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[[Quinto Cúrcio Rufo]] (século 1 d.C.) se refere aos escritos de [[Clitarco]] (século 4 a.C.), um historiador de [[Alexandre, o Grande]], ao escrever ''História de Alexandre o Grande'':
{{quote|text=Os babilônios também têm uma cidadela com vinte estádios de circunferência. As fundações de suas torres estão afundadas a 30 pés do chão e as fortificações sobem 80 pés acima dele no ponto mais alto. Na sua cimeira estão os jardins suspensos, uma maravilha celebrada pelas fábulas dos gregos. Eles são tão elevados como o topo das paredes e devem seu charme para a sombra de muitas árvores altas. As colunas que sustentam todo o edifício são construídas de rocha, e em cima delas há uma superfície plana de pedras cortadas fortes o suficiente para suportar a camada profunda de terra colocada sobre elas, e a água utilizada para a irrigação. A estrutura suporta árvores robustas que possuem troncos com oito côvados de largura e altura de quase 50 pés; elas dão frutos tão abundantemente como se estivessem crescendo em seu ambiente natural. E, embora o tempo com seus processos de deterioração gradual seja tão destrutivo para obras da natureza como para as do homem, este edifício sobrevive intacto, apesar de ser submetido à pressão de tantas árvores e de ter que suportar o peso de uma enorme floresta. Ele tem uma infra-estruturainfraestrutura de paredes com 20 pés de espessura em intervalos de onze pés, de modo que com a distância têm-se a impressão de árvores que pendem sobre as montanhas nas florestas reais. Diz a tradição que é o trabalho de um rei sírio que governou a Babilônia. Ele construiu isso por amor a sua esposa, que perdeu os bosques e florestas no país plano e convenceu o marido a imitar a beleza da natureza com uma estrutura deste tipo.<ref>History of Alexander V.1.35-5</ref>}}
 
== Estudos e controvérsias ==
[[File:Hanging Gardens of Babylon.gif|thumb|upright=1.5|Esta cópia feita em [[baixo-relevo]] do Palácio Norte de [[Assurbanípal]] (669-631 a.C.) em [[Nínive]] mostra um luxuoso jardim regado por um aqueduto.]]
Existem controvérsias a respeito de os Jardins Suspensos terem realmente existido ou terem sido apenas uma criação poética, principalmente devido à falta de documentos babilônicos preservados. Nos poucos de que se tem conhecimento, também não há menção aà esposa de Nabucodonosor, Amyitis (ou quaisquer outras esposas), embora um casamento político para uma Persa de Media fosse comum na época.<ref>Finkel (2008) p. 109.</ref> [[Heródoto]], escrevendo sobre a Babilônia próxima do tempo Nabucodonosor II, não menciona os Jardins Suspensos em suas ''[[Histórias (Heródoto)|Histórias]]''.
 
Até o momento, nenhuma evidência arqueológica dos jardins foi encontrado na Babilônia.<ref name="Finkel" /> Porém, é possível que estasas evidências estejam soterradas abaixo do rio [[Rio Eufrates|Eufrates]], no entanto, por questões de segurança, o rio ainda não pode ser escavado. Na época de Nabucodonosor II, o rio corria a leste de sua posição atual, e pouco se sabe sobre a parte ocidental da Babilônia.<ref>[[Joan Oates]], ''Babylon'', Revised Edition, Thames and Hudson, London (1986) p. 144 ISBN 0500273847.</ref> Rollinger sugeriu que Beroso atribuiu a construção dos jardins a Nabucodonosor, na verdade, apenas por razões políticas, e que ele havia adotado a lenda de outro lugar.<ref>Rollinger, Robert "Berossos and the Monuments", ed. J Haubold ''et al'', ''The World of Berossos'', Wiesbaden (2013), p151</ref>
 
Uma teoria recente propõe que os Jardins Suspensos da Babilônia foram realmente construídos pelo rei assírio [[Senaqueribe]] (r. 704-681 a.C.) em seu palácio em Nínive. Stephanie Dalley postula que durante os séculos seguintes os dois locais acabaram se confundindo, e os extensos jardins do palácio de Senaqueribe acabaram sendo atribuídos à Babilônia de Nabucodonosor II.<ref>{{citar periódico|autor =Stephanie Dalley|título=Ancient Mesopotamian Gardens and the Identification of the Hanging Gardens of Babylon Resolved|periódico=Garden History|volume=21|ano=1993|páginas=7|jstor=1587050}}</ref> Recentemente foi descoberto um vasto sistema de aquedutos com inscrições de Senaqueribe, que Dalley propõe terem sido parte de uma série de 50 milhas (80 km) de canais, barragens e aquedutos utilizados para transportar água para Nínive, usando [[Parafuso de Arquimedes|bombas de parafuso]] para elevá-la até os jardins.<ref>{{citar periódico|último =Alberge|primeiro =Dalya|título=Babylon's hanging garden: ancient scripts give clue to missing wonder|obra=The Guardian|data=5 de maio de 2013|url=http://www.guardian.co.uk/science/2013/may/05/babylon-hanging-garden-wonder-nineveh|acessodata=6 de maio de 2013}}</ref>