José Mário Branco: diferenças entre revisões

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Filho de professores primários, cresceu entre o [[Porto]] e [[Leça da Palmeira]], sendo marcado pelo ambiente pobre desta vila piscatória. Iniciou o curso de [[História]], na [[Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra|Universidade de Coimbra]], que deixou por terminar. Expoente da música de intervenção portuguesa, começou por ser ativo na [[Igreja Católica]]. Depois aderiu ao [[Partido Comunista Português]] e foi perseguido pela [[PIDE]] até se exilar em [[França]], em [[1963]]. Em [[1974]] regressou a [[Portugal]] e fundou o [[GAC|Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta!]], com o qual gravou dois álbuns.
 
Como interveniente em concertos ou álbuns editados, como cantautor e/ou como responsável pelos arranjos musicais, José Mário Branco é autor de uma obra singular no panorama musical português. Entre [[música de intervenção]], [[fado]] e outras, são obras suas famosas os discos ''[[Ser solidário]]'', ''[[Margem de Certa Maneira]]'', ''A noite'', e o emblemático ''[[FMI (álbum)|FMI]]'', obra síntese do movimento revolucionário português com seus sonhos e desencantos. Esta última foi proibida pelo próprio José Mário Branco de passar em qualquer rádio, TV ou outro tipo de exibição pública.<ref>Na contracapa do disco e nas duas etiquetas interiores consta o seguinte aviso: ''«Expressamente proibida a audição pública deste disco»''. Para além disso, a capa tinha um selo, que só depois de removido permitia tirar o disco, e esse selo continha a seguinte inscrição: ''«Por determinação expressa do autor fica proibida a audição pública parcial ou total desta obra»''.</ref> Não obstante este facto, [[FMI (álbum)|''FMI'']] será, provavelmente, a sua obra mais conhecida. O seu álbum mais recente, lançado em 2004, intitula-se ''[[Resistir é Vencer]]'' em homenagem ao povo timorense que resistiu durante décadas à ocupação pelas forças da Indonésia logo após o [[Revolução dos Cravos|25 de Abril]]. O ideário socialista está expresso em muitas das suas letras.
Como interveniente em concertos ou álbuns editados, como cantautor e/ou como responsável pelos arranjos musicais, José Mário Branco é autor de uma obra singular no panorama musical português, tendo sido influenciado, como uma boa parte de colegas seus, pelo trabalho de [[Michel Giacometti]].
 
Entre [[música de intervenção]], [[fado]] e outras, são obras suas famosas os discos ''[[Ser solidário]]'', ''[[Margem de Certa Maneira]]'', ''A noite'', e o emblemático ''[[FMI (álbum)|FMI]]'', obra síntese do movimento revolucionário português com seus sonhos e desencantos. Esta última foi proibida pelo próprio José Mário Branco de passar em qualquer rádio, TV ou outro tipo de exibição pública.<ref>Na contracapa do disco e nas duas etiquetas interiores consta o seguinte aviso: ''«Expressamente proibida a audição pública deste disco»''. Para além disso, a capa tinha um selo, que só depois de removido permitia tirar o disco, e esse selo continha a seguinte inscrição: ''«Por determinação expressa do autor fica proibida a audição pública parcial ou total desta obra»''.</ref> Não obstante este facto, [[FMI (álbum)|''FMI'']] será, provavelmente, a sua obra mais conhecida. O seu álbum mais recente, lançado em 2004, intitula-se ''[[Resistir é Vencer]]'' em homenagem ao povo timorense que resistiu durante décadas à ocupação pelas forças da Indonésia logo após o [[Revolução dos Cravos|25 de Abril]]. O ideário socialista está expresso em muitas das suas letras.
 
Trabalhou com diversos outros artistas de relevo da música de intervenção, nomeadamente [[José Afonso]], [[Sérgio Godinho]], [[Luís Represas]], [[Fausto Bordalo Dias]], [[Janita Salomé]], [[Amélia Muge]], [[Os Gaiteiros de Lisboa]] e, mais recentemente, [[Camané]], com quem colabora também como produtor. Do mesmo modo compôs e cantou para o teatro, o cinema e a televisão, tendo sido elemento de [[A Comuna - Teatro de Pesquisa]].