Rádon: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 93.108.235.170 por mudar a grafia (usando Huggle) (3.3.3)
Etiqueta: Reversão
Linha 3:
 
== Características principais ==
É um elemento gasoso radioativo, enquadrado dentro dos chamados "gases nobres". Na forma gasosa, é incolor, inodoro e insípido; na forma sólida, tem cor avermelhada. Na tabela periódica, situa-se na coluna 8A, com o número 86 e símbolo Rn. A sua massa atómicaatômica é de 222, o que implica que tem por média 136 neutrõesnêutrons. No estado neutro, possui o mesmo número de eletrõeselétrons e de protõesprótons, 86.
 
== Aplicações ==
O radãoradônio tem sido aplicado como fonte de radiação em terapias contra o câncer, oferecendo algumas vantagens sobre o elemento rádio. Utiliza-se também como indicador radioativo para a detecção de fuga de gases, e também na medida da velocidade de escoamento de fluidos. Além disso, é utilizado em sismógrafos e como fonte de neutrõesnêutrons. E possui consistênciaconsistencia dura.
 
== História ==
Em 1899, Robert B. Owens <ref name=obit>{{citar jornal|autor = |agência= |título=Dr. R.B. Owens Dies. Noted Engineer, 70. Leader in the Electrical Field Was Secretary of Franklin Institute, 1910 to 1924. A MAjor in World War. Director A.E.F. Telephone Communication in Europe. Discovered Alpha Ray |url=http://query.nytimes.com/gst/abstract.html?res=980CE7D61639E23ABC4B53DFB767838B659EDE |citação=Dr. Robert Bowie Owena, prominent electrical engineer, Former director of the Maryland Academy of Sciences and |jornal=[[New York Times]] |data=3 de novembro de 1940 |acessodata=2015-03-22 }}</ref> percebeu que a radioatividade dos compostos de tório expostos ao ar era reduzida. [[Rutherford]] estudou tal fenómenofenômeno e descobriu que o [[tório]] "emitia" um gás radioativo, que ficou então conhecido por "emanação do tório". Em 1900, F. E. Dorn verificou que o mesmo se passava com o [[Rádio (comunicação)|rádio]], e, em 1903, A. Debierne e F. O. Giesel reconheceram as mesmas "emanações" no [[actínio]]. Estas "emanações" foram posteriormente identificadas como radãoradônio, um elemento químico à parte daqueles observados inicialmente.
 
== Ocorrência e obtenção ==
O átomo de radãoradônio é altamente instável. Todos os seus isótopos têm meias-vidas curtas, com excepçãoexceção de seu único isótopo naturalmente encontrado, o Rn-222, cuja meia-vida é de aproximadamente 4 dias. O radãoradônio geralmente apresenta [[decaimento alfa]], transformando-se em polóniopolônio, mas seu isótopo mais pesado também pode sofrer decaimento beta, transformando-se em [[frâncio]]. O radãoradônio é formado do decaimento do rádio e, portanto, todos os minerais que contêm rádio têm também radãoradônio.
 
== Isótopos ==
O radãoradônio é produto da desintegração do rádio (elemento 88), elemento altamente radioativo, assim como do tório (elemento 90), de onde vem o nome de um dos seus isótopos, tóron, de meia-vida de 55 segundos e de massa atómicaatômica 220 u. O isótopo 219Rn chama-se actínion, é produto da desintegração do actínio e tem meia-vida de 4 segundos. Além desses, o radãoradônio tem 22 isótopos artificiais, produzidos em reações nucleares por transmutação artificial em cíclotrons e aceleradores lineares. O isótopo mais estável é o 222Rn, também o mais abundante, com uma meia-vida de 3,8 dias e produto da desintegração do 226Ra. Ao emitir partículas alfa, converte-se num isótopo do elemento polóniopolônio. O isótopo pode ser retirado por destilação fracionada.
 
== Precauções ==
Quando existe uma concentração considerável de radãoradônio no ambiente, o gás entra em contactocontato com os pulmões por inalação. Essa incorporação supõe uma contaminação radioativa.
As partículas alfa emitidas pelo radãoradônio são altamente ionizantes, mas têm pouco poder de penetração -- tão pouco que não são capazes de atravessar a nossa pele ou uma simples máscara. No entanto, ao inalar o gás, esse escasso poder de penetração converte-se num problema, já que as partículas não conseguem escapar de nosso corpo e depositam nele toda a sua energia, podendo ocasionar lesões ou patologias de gravidade diversa, de acordo com a quantidade de radãoradônio inalado.
 
O radãoradônio é a segunda maior causa de morte de câncer de pulmão nos Estados Unidos, atrás apenas do cigarro <ref>http://www.cancer.org/cancer/cancercauses/othercarcinogens/pollution/radon</ref> . É provado por estudos da [[Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos|EPA]] (Environmental Protection Agency dos EUA) que em torno de 21.000 pessoas morrem por ano por causa desse elemento químico, 2.900 das quais não fumadoras <ref>http://www.epa.gov/radon/health-risk-radon</ref> .
 
Dois estudos abrangentes, um Norte-Americano e outro Europeu, combinaram dados de vários estudos residenciais prévios, concluíram que à medida que aumenta a concentração radão que uma pessoa é exposta, ao longo do tempo, aumenta o risco de contrair cancro do pulmão. O estudo Norte-Americano estimou que a probabilidade de contrair cancro do pulmão aumenta, em média, 11% por cada 100Bq/m3 adicional <ref>http://www.epa.gov/sites/production/files/2014-08/documents/na_rn_pooling.pdf</ref>e o estudo europeu estimou que a probabilidade de contrair cancro do pulmão aumenta, em média, 16% por cada 100Bq/m3 adicional <ref>http://www.epa.gov/sites/production/files/2014-08/documents/euro_rn_pooling.pdf</ref>.