Trípoli: diferenças entre revisões

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|população_total = 1700000
|população_em = estimativa 2014
<small>Censo 2016</small>
<small>Censo 2016</small> |população_ref = <ref name="População de Trípoli">{{citar web|url= http://bsc.ly/index.php?P=vf&sec_Id=17&dep_Id=6 |titulo= مصلحة الإحصاء والتعداد ليبيا |publicado= Bureau of Statistics and Census Libya |lingua = árabe |data= 2012 |acessodata= 14 de janeiro de 2015}}</ref>
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|população_vazio1_título = [[Conurbação]]
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'''Trípoli''' ({{lang-ar|طرابلس||''Ṭarābulus''}}, {{langx|ayl|''Ṭrābləs''}}; {{langx|ber|''Ṭrables''}}; também طرابلس الغرب, translit.: ''Ṭarā-bu-lus al-Gharb'', '''Trípoli do Ocidente''', para a diferenciar da sua [[Trípoli (Líbano)|homónima libanesa]]; antigamente: Oea) é a [[Lista de capitais mundiais|capital]], maior e mais populosa cidade da [[Líbia]], sendo a sede do governo central e administração. Etimologicamente, o nome Trípoli vem do [[grego antigo]] Τρίπολις (''Trípolis'') que significa "três cidades".
 
Tem uma população de quase 1 milhão de habitantes<ref name="PopulaçãoPop_Tripoli">{{citar web|url= http://bsc.ly/index.php?P=vf&sec_Id=17&dep_Id=6 |titulo-translit= ar:مصلحة الإحصاء والتعداد ليبيا |publicado= Bureau of Statistics and Census Libya |lingua = árabe |data= 2012 |acessodata= 14 de Trípoli"janeiro de 2015}}</ref> e está situada a noroeste da [[Líbia]], na costa mediterrânica. Foi fundada no {{-séc|VII}} pelos [[fenícios]], que a chamaram de ''Oea''. Mais tarde, com a chegada dos [[Império Romano|romanos]], a cidade adquiriu o estatuto de ''cidade romana mais importante da [[África]]''. Pela cidade, foram passando cronológica e historicamente [[vândalos]], [[bizantinos]], [[árabes]], [[espanhóis]], [[turcos]], [[berberes]] e [[italianos]]. Os italianos permaneceram em Trípoli de 1911 até 1951, quando finalmente a Líbia conquistou sua independência.
 
A cidade é o principal porto marítimo, centro comercial e fabril do país. Nela se encontra a preciosa [[Universidade de Al-Fateh]]. Devido à sua longa história, há uma multidão de enclaves arqueológicos muito notáveis em Trípoli. É uma das cidades mais modernas, ricas e com um maior nível de vida da [[África]].
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Finalmente, uma resistência instalou-se no leste da [[Líbia]] dirigida por [[Omar Al-Mukhtar]], que mais tarde foi detido, julgado em tribunal marcial sumário e executado. A Itália nunca havia controlado a Líbia totalmente, com exceção de alguns períodos e lugares assistidos por alguns mercenários locais cooperativos. Trípoli foi controlada pela Itália até 1943. Depois disto, ao final da [[Segunda Guerra Mundial]] rege-se pelas forças britânicas até à sua independência, em 1951.
 
Em 15 de abril de 1986, as forças aérea e armada (ambos dos [[Estados Unidos]]) bombardearam Trípoli e [[Bengasi]]. O presidente americano naquela época, [[Ronald Reagan]] {{nwrap||1981|1989}} justificou o facto, advertindo que a Líbia era responsável pelo terrorismo dirigido contra os [[Estados Unidos]], incluindo o bombardeamento da discoteca ''La Belle'', em [[Berlim Ocidental]] (naquela época, [[Berlim]] dividida em [[Berlim Ocidental]] e em [[Berlim Oriental]], hoje apenas [[Berlim]], capital da [[Alemanha]]), dez dias antes. As sanções da [[ONU]] contra a Líbia foram levantadas em 2003, o que propiciou um aumento no tráfego do porto de Trípoli e um impacto positivo à economia da cidade.
 
=== Guerra civil líbia ===
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Vários meses depois da revolta inicial, as forças rebeldes, nas Montanhas Nafusa, avançaram em direção ao litoral, retomando Zawiya e atingindo Trípoli em 21 de agosto. Em 21 de agosto, o simbólico ''Green Square'', logo rebatizado Praça dos Mártires pelos rebeldes, foi levado sob controle rebelde e cartazes pró-Gaddafi foram derrubados e queimados. Durante um programa de rádio em 1 de Setembro, Gaddafi declarou que Trípoli deixaria de ser a capital, e que esta seria transferida para a cidade de Sirte, depois que os rebeldes haviam tomado o controle de Trípoli.
 
Em agosto e setembro de 2014, grupos armados islâmicos estenderam seu controle ao centro de Trípoli. O Conselho de Deputados do Parlamento estabeleceu operações contra o movimento. O Congresso Nacional geral, um dos parlamentos, continua a operar em Trípoli.<ref name="Guerra civil na Líbia 3">{{citar web|url= http://www.washingtonpost.com/world/middle_east/egypt-denies-intervening-in-libya/2014/08/24/88b364ee-2b7d-11e4-be9e-60cc44c01e7f_story.html |titulo= Libya’s Islamist militias claim control of capital |publicado= The Washington Post |workpublicacao= Associated Press |data= 24 de agosto de 2014 |acessodata= 14 de janeiro de 2015 |arquivourl= http://www.webcitation.org/6S6QPzb6U |arquivodata= 26 de agosto de 2014 }}</ref><ref name="Guerra civil da Líbia 4">{{citar notíciajornal |url= http://www.theguardian.com/world/2014/sep/09/libyan-parliament-refuge-greek-car-ferry |titulo= Libyan parliament takes refuge in Greek car ferry |autor= Chris Stephen |jornal= The Guardian |data= 9 de setembro de 2014 |acessodata= 14 de janeiro de 2015}}</ref>
 
== Geografia ==
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=== Clima ===
O clima de Trípoli é mediterrânico, marcado e influenciado pelo [[Mar Mediterrâneo]] que banha as suas costas e contrasta com as extremas temperaturas ao sul do país, marcadas pela proximidade do deserto. Os verões em Trípoli são muito calorosos e os invernos são muito suaves. Entre o mês de julho, as temperaturas ficam entre 22&nbsp;°C e 29&nbsp;°C, onde às vezes em dezembro não chega a ultrapassar 1&nbsp;°C, ainda que a média está entre 9&nbsp;°C e 18&nbsp;°C. A média anual de chuvas é de aproximadamente 300 milímetros ao ano, que ocorrem principalmente no inverno. Quedas de neve são muito raras, sendo a última registrada no dia 6 de Fevereiro de 2012, com 6&nbsp;cm de acumulação, esta também foi a nevada mais forte desde 1956.<ref>{{citar web | url=http://www.wunderground.com/blog/JeffMasters/comment.html?entrynum=2030 | título= Título ainda não informado (favor adicionar) | publicado=www.wunderground.com }}</ref>
 
Algumas amostras são a importante inundação que em 1945 (ainda na época do domínio italiano) deixaram a cidade alagada durante vários dias e a seca que afetou a cidade dois anos depois, perdendo como consequência muitas cabeças de gado. A deficiência das precipitações reflete-se na ausência de rios ou riachos permanentes em Trípoli, assim como em toda a [[Líbia]]. No [[Grande Rio Artificial]], uma rede de oleodutos que transportam água desde o deserto às cidades costeiras, abastece Trípoli de água. Este plano foi iniciado por [[Muamar Gadafi]] em 1982 e teve um impacto positivo aos habitantes da cidade.
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==== Eventos culturais ====
* 4 de Julho de 2017 ([[Terça-feira]]), na '''Casa das Artes "Ḥásan al-F’gīh Ḥásan"''', a sessão de autógrafos no lançamento do livro ''Xams ʕalā nawāfiḋ múġlaqä: Muċtarāt min ʔaʕmāl al-ʔudabāʔ al-lībiyyīn ax-xabāb'' (''Sol sobre janelas trancadas: Obras escolhidas de jovens escritores líbios'').<ref>{{citar periódico|ultimo=Ben Saʕīd|primeiro=ʔAsmāʔ|data=2 de Julho de 2017|titulo=Ḥafl tawqīʕ (Xams ʕalā nawāfiḋ múġlaqä) bi-Ṭarābulus, pt. Sessão de autógrafos [do livro] "Xams ʕalā nawāfiḋ múġlaqä (pt. Sol sobre janelas trancadas)", em Trípoli.|jornal=Al-Wásaṭ|doi=|url=http://www.alwasat.ly/ar/news/culture/146166|acessadoem=9 de Julho de 2017}}</ref>
 
==== Festivais ====
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* [[Abdurrahim El-Keib]], político e ex-primeiro-ministro;
* [[:it:Adriano Visconti|Adriano Visconti]], militar italiano;
* [[Sidi Ali ben Ziyad|Cídi Ali ben Ziyad]], sábio e alfaquim maliquita do séc.século VIII;
* [[:it:Cesare Biglia|Cesare Biglia]], político e advogado italiano;
* [[Claudio Gentile]], ex-jogador de futebol e treinador italiano;
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* Paulo Dentinho, jornalista e actual director de informação da [[RTP|R.T.P]]. Em 2011.
* Rui Lopes Aleixo, diplomata. Foi embaixador de Portugal em Trípoli entre 2007-2012.
* [[Santiago Macias]], arabista arqueólogo, actual presidente da Câmara Municipal de [[Moura]]. A sua passagem por Trípoli e pela Líbia anterior a 2011 foi retratada na exposição fotográfica ''Al-Sharq Wa Al-Gharb / Oriente e Ocidente'', que esteve patente no [[Festival Islâmico de Mértola]] entre 18 a 21 de Maio de 2017.<ref>{{citar web|url=http://www.festivalislamicodemertola.com/index.php?id=al-sharq-wa-al-gharb-oriente-e-ocidente-exposicao-fotografica-de-santiago-macias|titulo=Al-Sharq Wa Al-Gharb / Oriente e Ocidente|data=|acessodata=055 de Julho de 2017|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
* Victor Jabouille, professor catedrático da Faculdade de Letras da [[Universidade de Lisboa]]. Nos Anos 90, em viagem para [[Leptis magna|''Leptis Magna'']] (a confirmar).