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[[Ficheiro:Ladislas the Posthumous 001.jpg|thumb|upright=1.0|right|[[Ladislau V da Hungria]]]]
[[File:Bindenschild Privilegium maius 1512.svg|thumb|upright=1.0|Pequenas [[Brasão de armas da Áustria|armas da Áustria]] , 1512: escudo de armas e do arquiduque: <br /><small>''[[Privilegium maius]].'' folha de rosto, cópia do imperador [[Maximiliano I do Sacro Império Romano-Germânico|Maximiliano I]]</small>]]
'''Arquiduque''' (em [[Língua polonesa|polonês]]: Arcyksiążę; em [[língua alemã|alemão]]: '''Erzherzog''' e no [[feminino]]: '''arquiduquesa''') era mais precisamente o [[título nobiliárquico]] dos membros da família imperial austríaca e da família imperial do [[Sacro Império Romano-Germânico]] (962-1806),os [[Casa de Habsburgo|von Habsburg]]. Nunca existiu um trono arquiducal: um arquiduque sempre tornava-se um soberano o imperador).<ref>[http://www.dicio.com.br/imperante/ Significado de imperante]</ref> É imediatamente superior ao de [[grão-duque]] e inferior ao de [[infante]]. Seu adjetivo é o arquiducal.<ref>[http://www.dicio.com.br/arquiducal/ Significado de Arquiducal]</ref> É o quinto maior título nobiliárquico existente.
 
Mesmo seu uso tendo sido mais famoso nano [[Arquiducado da Áustria]], esse título nobiliárquico pode ser concedido a qualquer aristocrata.
 
==Criação do título==
A primeira utilização do título foi com os governantes da [[Austrásia]]. Isso porque um dos [[merovíngios]] a usou como resultante da sucessão complexa na casa de [[Clóvis I]], rei dos francos.
 
No [[Dinastia carolíngia|Império Carolíngio]], o título foi concebido como promoção exclusiva para o [[Ducado da Lorena|Duque da Lotaríngia]], que poderia ser visto como sucessor do Reino da [[Lotaríngia]], que tinha sido o par do [[Frância ocidental|Reinoreino da [[França Ocidental]]. Com o falecimento de [[Carlos Magno]] a parte Oriental ficou conhecida como [[Frância orientalOriental]], que é o precursor do [[Sacro Império Romano-Germânico]].
 
Após a separação da Alta Lotaríngia (moderna Lorena; em [[língua alemã|alemão]]: ''Oberlothringen'') e da Baixa Lorena (em [[língua alemã|alemão]]:''Niederlothringen''; correspondente ao [[Ducado da Lorena]]).
 
A capital da baixaBaixa Lotaríngia foi [[Colônia (Alemanha)|Colônia]] e originalmente seu soberano foi investido como [[príncipe-bispo]], com territórios que se estendiam para o norte até a [[Frísia]]. A Baixa Lorena sofreu uma grande fragmentação com os ducados dos Países Baixos, [[Ducado de Brabante|Brabante]] (principalmente na [[Bélgica]] atual) e [[Gueldres]] (agora no reino holandês e dando seu nome à província de Guéldria), reivindicando o posto arquiducal mas nunca foram oficialmente concedidas pelo [[imperador romano-germânico]]. Em holandês é ''Aartshertog''.
 
O título de '''"Arquiduque da Áustria'''" apareceu com o ''[[Privilegium Maius]]'', em 1359, um documento que o duque [[Rodolfo IV da Áustria]] falsificou a assinatura do [[Imperador Romano-Germânico|imperador]] [[Frederico I do Sacro Império Romano-Germânico|Frederico I]] que estava originalmente presente no documento ''[[Privilegium Minus]]''.
 
Isso porque o duque Rodolfo IV tentou recuperar a influência política dos Habsburgos na cena europeia, tentando estabelecer relações com o imperador [[Carlos IV do Sacro Império Romano-Germânico|Carlos IV de Luxemburgo]] e aumentar o respeito dos governantes austríacos. No entanto, Rodolfo IV não pertencia aos sete [[Príncipe-eleitor|príncipes-eleitores]], que - conforme ditado pela [[Bula Dourada de 1356]] - tinha o poder de escolher o [[Rei dos Romanos]].

Tal como Carlos IV tinha feito [[Praga]] o centro de seu governo, Rodolfo IV fez o mesmo para [[Viena]], dando-lhe privilégios especiais, como o lançamento de projetos de construção e fundação da Universidade de Viena. Tudo isso visando aumentar a legitimidade e influência da casa e das suas terras austríacas. Para o efeito, no inverno de 1358/1359, Rodolfo IV ordenou a criação de um documento falsificado chamado ''Privilegium Maius'' ("o maior privilégio"). Ela entre outras coisas, determinou o título "Palatino Arquiduque" assim seria equiparado aos [[Príncipe-eleitor|príncipes-eleitores]]. Este novo título, contudo, não foi reconhecido pelo imperador Carlos IV.
 
[[Ernesto, Duque da Áustria]]e seus descendentes unilateralmente assumiram, de forma pessoal, o título de "Arquiduque".
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Arquiduque (em [[língua alemã|alemão]]: ''Erzherzog'' é um título nobiliárquico que não deve ser confundido com o de [[grão-duque]] (em [[língua alemã|alemão]]: ''Großherzog'' ). Este é utilizado por várias casas reais e está em uso em [[Luxemburgo]].
 
Na [[epifania]] de 1453, o [[imperador romano-germânico]] [[Frederico III do Sacro Império Romano-Germânico|Frederico III]], pertencente àda [[Casa de Habsburgo]], regulamentou o título de "Arquiduque" para os membros de sua casa. Até então nenhum membro de outra casa reinante no [[Sacro Império Romano-Germânico]] reconhecia oficialmente a existência de tal denominação. A base territorial foi o [[Ducado da Áustria]] que passou a ser [[Arquiducado da Áustria]]. Este fato é singular na história mundial, pois não houve outro arquiducado.<ref name="Grimm-Ehzg">Eintrag [http://www.woerterbuchnetz.de/DWB/wbgui_py?lemid=GE09309 Erzherzog, m. archidux.] In: Jacob Grimm, Wilhelm Grimm: Dicionário Alemão. Leipzig 1854-1960 (dwb.uni-trier.de)</ref>
 
O primeiro a oficialmente a usar o título foi [[Alberto VI da Áustria]], em 1563. Em 1477, o imperador Frederico III concedeu a utilização do mesmo título a seu primo, Sigismundo I da Áustria, regente da [[Áustria Anterior]]. O filho e herdeiro do imperador Frederico III, [[Maximiliano I do Sacro Império Romano-Germânico|Maximiliano I]], passou a usar o título, após a morte de sua esposa [[Maria, Duquesa da Borgonha|Maria da Borgonha]], que simplesmente aparece como Duque da Áustria. Somente com seu filho, Felipe, é que em primeiro lugar aparece nos documentos dos [[Países Baixos (região)|Países Baixos]]. O imperador Frederico III nunca usou o título de arquiduque, apenas o de duque até o seu falecimento, em 1493.
 
[[Ladislau V da Hungria|Ladislau V]], Duque da Áustria, nunca esteve em vida autorizado a usá-lo. Assim consecutivamente ninguém de seu ramo dinástico.
 
==Utilização==
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}}</ref>.
 
Inicialmente, foi usado exclusivamente pelo Chefechefe da [[Casa de Habsburgo]], chamada Casa d'Áustria, mesmo quando não possuía ainda as [[Coroacoroa Realreal|Coroascoroas Reaisreais]] dado [[Reino da Hungria]] e dado [[Reino da Boémia]] e a Coroacoroa Imperialimperial do [[Sacro Império Romano-Germânico]] (962-1806).
 
O [[título nobiliárquico]] data de 1156, mas só se tornou hereditário depois da promulgação da [[Bula Dourada de 1356|Bula de Ouro]], em 1356, e só foi reconhecido pelos [[Príncipe-eleitor|Príncipes eleitores]] em 1453. A partir de então, todos os membros da [[Casa de Habsburgo]] usariam o [[título nobiliárquico]] de Arquiduque ou Arquiduquesa d'Áustria, com o predicado de [[Sua Majestade Imperial e Real|Alteza Imperial e Real]].
 
Houve também arquiduques na [[Austrásia]] (sob [[Dagoberto II]]), na [[Ducado da Lorena|Lorena]] e no [[Ducado de Brabante|Brabante]].{{carece de fontes}}
 
==Uso dinástico==
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== Habsburgos famosos nos séculos XVIII e XX==
A [[Consorte real|rainha consorte]] [[Maria Antonieta|Maria Antonieta de França]], nascida arquiduquesa Maria Antónia da Áustria. Após a dissolução do Sacro Império Romano-Germânico, esta prática foi mantida no [[Império Austríaco]] (1804-1867) e no [[Império Austro-Húngaro]].
 
Em 28 de junho de 1914, o arquiduque [[Francisco Fernando da Áustria-Hungria]], herdeiro do trono austro-húngaro, foi assassinado em [[Sarajevo]], na Bósnia, incidente que se tornou a causa imediata da [[Primeira Guerra Mundial]].