Língua castelhana: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Linguistic map Southwestern Europe.gif|thumb|esquerda|250px|[[Mapa]] [[cronologia|cronológico]] mostrando o desenvolvimento das línguas da [[Península Ibérica]], entre as quais o castelhano.]]
 
A língua castelhana é o idioma da [[Espanha]], e da maioria dos países da [[América Latina]] (exceptoexceto [[Brasil]], [[Belize]], [[Haiti]], [[Guianas]] e várias ilhas [[caribe]]nhas), das [[Filipinas]], na Ásia, e da [[Guiné Equatorial]], na África. Conta com cerca de duzentos e cinquenta milhões de falantes. Também é chamada de "castelhano", nome da comunidade linguística (Castela) que lhe deu origem nos tempos medievais. Na Espanha, também são falados o [[Língua catalã|catalão]], o [[Língua asturiana|asturiano]], o [[Língua aragonesa|aragonês]] e o [[Língua galega|galego]] (idiomas de tronco românico), e o [[língua basca|basco]], uma língua cujas origens ainda são estudadas.
 
Na formação do castelhano/espanhol, podem-se distinguir três períodos: o medieval ou castelhano antigo (dos séculos X ao XV), o espanhol moderno (entre os séculos XVI e XVII) e o contemporâneo, que vai da fundação da Real Academia Espanhola até nossos dias.
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No ano 1713, fundou-se a [[Real Academia Espanhola]]. Como primeira tarefa, a Academia fixou as mudanças feitas pelos falantes do idioma, o que permitiu grande variedade de estilos literários: da liberdade das alterações sintáticas do [[barroco]], no [[século XVII]], às contribuições dos poetas da geração de 1927. No primeiro terço do século XX, apareceram novas modificações gramaticais que, ainda hoje, estão em processo de assentamento. Paralelamente, é contínua a criação de neologismos provenientes das inovações técnicas e dos avanços científicos.
 
No século XIX, os [[Estados Unidos]] adquirem a [[Luisiana]] de França e a [[Flórida]] de [[Espanha]], e conquistam do [[México]] os territórios que actualmenteatualmente formam o [[Arizona]], [[Califórnia]], [[Colorado]], [[Nevada]], [[Novo México]], [[Texas]], [[Utah]] e [[Wyoming]]. Desta forma, o castelhano passou a ser uma das línguas dos Estados Unidos, ainda que estas variedades primitivas só sobrevivam até o início do século XXI em [[Paróquia de St. Bernard]] e uma faixa que se estende do norte do Novo México ao sul de Colorado.
 
Depois da [[guerra hispano-americana]] de [[1898]], os [[Estados Unidos]] apoderaram-se também de Cuba, Porto Rico, Filipinas e [[Guam]]. No arquipélago asiático, os Estados Unidos impuseram um sistema de ensino para substituir o castelhano pelo inglês como veículo de comunicação dos [[filipino]]s.
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==== Espanhol Ibérico ====
A língua Espanhola tem vários dialectos. Relativamente ao Castelhano, isto é, o Espanhol Ibérico, originalmente do Reino de Castela, podemos dividir Espanha ao meio, isto é, existe um feixe de isoglossas que divide o Espanhol Peninsular em dois grupos, os dialecto centro-nortenhos e os dialectos meridionais. Os dialectos centro-nortenhos têm características mais conservadoras e os dialectos meridionais, nos quais podemos incluir um grande sub-dialecto, o andaluz, têm características mais inovadoras. Convém realçar que os dialectos centro-nortenhos peninsulares são a única variedade do Espanhol que conserva a distinção entre /s/ (grafado como <nowiki><s>) e /θ/ (grafado como <c>), isto é, «ceseo». Enquanto que todas as outras variedades são ou «seseantes» ou «ceceantes». «Seseo», isto é a perda da distinção fonética entre /s/ e /θ/ a favor de /s/. «Ceceo» é a perda da distinção fonética a favor da fricativa inter-dental /θ/, sendo este estigmatizado e marginalizado pelo resto da comunidade espanhola e até mesmo pelos próprios falantes «ceceantes». Este fenómeno de «ceceo» encontra-se apenas em zonas rurais do sul da Andaluzia, sendo nos meios urbanos evitado pelos próprios «ceceantes». O «seseo» é um fenómeno do norte da Andaluzia, que é encontrado em todos os países da América Latina. Nesta região do «seseo» encontra-se Sevilha, cidade da qual saíram as pessoas destinadas à repovoação e colonização do continente americano, levando assim o «seseo» com eles para a América, onde prevalece até hoje.</nowiki><ref>{{citar livro |ultimo= Hualde |primeiro= José Ignacio |editora= Cambridge University Press |edição= 2ª|data= 2010 |url=https://books.google.com.br/books?id=dwD5BUNAs2UC& |titulo= Introducción a la Lingüística Hispánica |pagina= 325 |total-páginas= 554 |isbn= 978-0-521-51398-2 }}</ref>
[[Ficheiro:Variedades principales del español.png|thumb|550px|Mapa-mundimúndi tentando identificar os principais dialetos do espanhol.]]
 
==== Variedades do Espanhol ====
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Devido às prolongadas conquistas às quais Espanha foi submetida ou que submeteu a outras nações, a língua castelhana foi invadida por uma enorme quantidade de vozes "adquiridas" de línguas de diversos grupos. É possível encontrar, no castelhano, palavras [[Línguas celtas|celtas]], [[Iberos|iberas]], [[Ostrogodos|ostrogodas]], [[Visigodos|visigodas]], latinas, [[Língua grega|gregas]], árabes, francesas, [[Língua italiana|italianas]], [[Línguas germânicas|germanas]], [[Línguas caribes|caribes]], [[Língua náuatle|astecas]], [[Quíchua|quéchuas]], [[Língua guarani|guaranis]] e outras. A influência relativa de cada um destas "aquisições" varia de acordo com o país falante.
 
Os países da América, principalmente nas suas regiões rurais, conservam um grande número de [[wikt:arcaísmo|arcaísmos]]: no extremo sul (Argentina e Uruguai), é frequente, no trato coloquial, o uso do "''vos''" em lugar do "''tú''" tradicional nos restantes países hispanófonos. A forma "''vos''" provém do trato formal da segunda pessoa do singular de antigamente, e sobrevive em Espanha na forma do trato informal para a segunda pessoa do plural (''vosotros''). Também sobrevive na Comarca de [[A Fonsagrada|Fonsagrada]] para a segunda pessoa do singular. O trato formal actualatual é "''Usted''" para a segunda pessoa do singular e "''Ustedes''" para a segunda pessoa do plural (também utilizados em Espanha).
 
== Sistema de escrita ==