Ibne Batuta: diferenças entre revisões

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== Primeiros anos e primeira haje ==
Tudo que se sabe sobre a vida de ibne Batuta vem da informação autobiográfica incluída no relato de suas viagens. Ibne Batuta nasceu em uma família de estudiosos das leis do [[Islão]] em [[Tânger]], Marrocos, em 25 de fevereiro de 1304, durante a [[dinastia merínida]].<ref name="nascimento">{{Harvnbsfn|Dunn|2005|p=19}}</ref> Quando jovem, teria estudado na "escola" [[Islão sunita|sunita]] [[Maliki]] da [[sharia|lei muçulmana]], que era dominante no norte de África naquele tempo.<ref>{{Harvnbsfn|Dunn|2005|p=22}}</ref> Em junho de 1325, quando tinha vinte e um anos de idade, ibne Batuta partiu de sua cidade natal em uma ''[[hajjhaje]]'' (peregrinação) a [[Meca]], uma viagem que levaria 16 meses, mas ele não veria novamente o Marrocos por 24 anos.
 
[[Imagem:Yahyâ ibn Mahmûd al-Wâsitî 005.jpg|upright|esquerda|thumb|Uma ilustração de livros do {{séc|XIII}} em [[Bagdá]] produzida por {{ilc|Aluaciti|Iáia ibne Almamude de Uacite||Yahya ibn al-Mahmud Wasiti|al-Wasiti}} que mostra um grupo de peregrinos em uma [[haje]]]]
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[[Imagem:Ibn Battuta Mall on 2 June 2007 Pict 3.jpg|thumb|upright|Uma exposição interativa sobre ibne Batuta em [[Ibn Battuta Mall]] em [[Dubai]], [[Emirados Árabes Unidos]]]]
 
Em 17 de novembro de 1326, após um mês em Meca, ibne Batuta juntou uma grande caravana de peregrinos retornando através da [[Península Arábica]] para o [[Iraque]].<ref>{{Harvnbsfn|Dunn|2005|pp=89-103}}</ref> A caravana foi inicialmente para o norte de [[Medina]] e, em seguida, viajando à noite, em direção nordeste através do planalto do [[NéjedeNégede]] até [[NajafNajafe]], uma jornada que durou cerca de 44 dias. Em Najaf, visitou o mausoléu de [[Ali]], o quarto [[califa ortodoxo]] e genro de Maomé, um lugar particularmente venerado pela [[Xiismo|comunidade xiita]].
 
Neste ponto, em vez de continuar em direção a [[Bagdá]] com a caravana, ibne Batuta iniciou um desvio de seis meses que o levou para a Pérsia. De Najaf viajou para [[WasitUacite]] e depois para o sul seguindo o [[Rio Tigre]] até [[Basra]]. Seu próximo destino era a cidade de [[Isfahan]] através do [[Cordilheira de Zagros]] na Pérsia. Dali seguiu para o sul até [[Xiraz]], uma próspera cidade grande que havia sido poupada da destruição causada pela [[Império Mongol|invasão mongol]] em muitas outras cidades do norte. Finalmente, voltou através das montanhas para chegar a Bagdá em junho de 1327. Partes da cidade estavam em ruínas, seriamente danificadas pelo exército de [[Hulagu Khan]].
 
Em Bagdá, descobriu que {{ilc|Abu Saíde||Abu Sa'id}}, o último [[cã]] [[mongóis|mongol]] do [[Ilcanato]] estatal unificado, estava deixando a cidade em rumo norte, com uma grande comitiva. Ibne Batuta viajou com a caravana real por um tempo, então desviou-se para o norte, até [[Tabriz]], na [[Rota da Seda]]. Esta tinha sido a primeira cidade importante da região a abrir suas portas para os mongóis e tornou-se um importante centro comercial depois que a maioria das seus rivais nas proximidades foram destruídas.
 
Ao retornar novamente a Bagdá, provavelmente em julho, ele tomou uma excursão para o norte seguindo o rio Tigre, visitando [[Moçul]] e depois [[Cizre]] e [[Mardin]], ambas na moderna [[Turquia]]. Ao retornar para Moçul, juntou-se a um caravana "alimentadora" de peregrinos que rumava ao sul para Bagdá, onde encontraram a caravana principal que cruzava o [[Deserto da Arábia]] em direção a Meca. Ibne Batuta ficou doente com diarreia nesta viagem, chegando de volta a Meca fraco e esgotado para sua segunda ''hajj''haje.
 
== Locais visitados por ibne Batuta ==
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'''[[Líbia]]'''
* [[Trípoli]]
'''[[MamelucosSultanato Mameluco do Cairo|ImpérioSultanato Mameluco]]'''
* [[Cairo]]
* [[Alexandria]]
Linha 123:
* [[Kilwa Kisiwani]]
* [[Mombaça (Quênia)|Mombaça]]
'''[[Império do Mali]] - [[África]]'''
* [[Tombuctu]]
* [[Gao]]
Linha 129:
'''[[Mauritânia]]'''
* [[Ualata]]
Durante a maior parte da sua jornada no Império do Mali, ibne Batuta viajou com um [[séquito]] que incluía escravos, a maior parte dos quais carregavam bens diversos para negociações, mas poderiam eles próprios serem vendidos. No retorno de Taceda para Marrocos, sua [[caravana]] transportava 600 escravas, sugerindo que a escravatura era uma parte substancial das atividades comerciais do Império.<ref>Candice Goucher, Charles LeGuin, e Linda Walton, [http://www.learner.org/courses/worldhistory/support/reading_11_1.pdf Trade, Transport, Temples, and Tribute: The Economics of Power], in In the Balance: Themes in Global History (Boston: [[McGraw-Hill]], 1998)</ref>
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