Plano de Mármore: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 4:
 
== História ==
 
[[Imagem:Forma Urbis-Cypta Balbi.JPG|thumb|esquerda|Fragmentos do [[Teatro de Balbo]]]]
Segundo estudos arqueológicos realizados no [[Templo da Paz]], o Plano de Mármore teria provavelmente sido produzido entre 203 e 211, ou seja, nos últimos anos o reinado de [[Sétimo Severo]] {{nwrap|r.|193|211}}, após a reparação do edifício em decorrência de avarias causadas pelo incêndio de 192. Segundo os resultados obtidos, várias porções dos tijolos do muro no qual afixou-se as lajes de mármore apresentam reparos severanos ao [[Dinastia flaviana|trabalho flaviano]] original realizado por [[Domiciano]] {{nwrap|r.|81|96}}. Ao todos afixou-se com braçadeiras 150 lajes, que foram organizadas em 11 fileiras; as três primeiras fileiras foram colocadas horizontalmente, enquanto nas demais alternou-se entre vertical e horizontal. Suas bordas foram suavizadas para eliminar variações de espessura e nestas áreas gravou-se o mapa da cidade, que representa todos os edifícios e monumentos do [[Império Romano|período imperial]] numa escala de 1:240. Juntas, as placas medem 18,10 metros de largura e 13 de altura. Abaixo do mapa, o muro foi confrontado com um [[soclo]], uma [[cornija]], um [[ortóstato]] alto, outra cornija e por fim duas fileiras de mármore plano.<ref name=Stanford />
 
Linha 10:
 
Cerca de 1600, com a morte de Fúlvio Orsini, o interesse pelos fragmentos decaiu gradualmente e muitos dos até então descobertos foram perdidos quando foram utilizados na construção do Jardim Secreto da [[família Farnésio]] entre a [[Via Júlia]] e o [[rio Tibre]]. Em 1741-1742, a propriedade do Plano de Mármore é transferida para a população de Roma, e os fragmentos existentes foram transferidos para os [[Museus Capitolinos]], onde o curador Pietro Forrier, com ajuda do arquiteto [[Giambattista Nolli]], organizou-os e expôs-os em molduras de madeira. Com aporte de desenhos anteriores, cópias em mármore de pedaços perdidos foram criadas e postas a exibição. Alguns destes pedaços perdidos, contudo, mais adiante reapareceram, embora geralmente quebrados em pedaços menores. Durante o {{séc|XIX}}, vários fragmentos novos foram descobertos mediante escavações (1813, 1867, 1882, 1884, 1888 e 1891) e por 1899, com a demolição total do jardim da família Farnésio, recuperou-se centenas deles.<ref name=Stanford />
 
[[Imagem:Forma Urbis-Cypta Balbi.JPG|thumb|esquerda|Fragmentos do [[Teatro de Balbo]]]]
 
Em 1902, durante trabalhos nos muros do [[Palácio Farnésio (Roma)|Palácio Farnésio]], outros 14 fragmentos foram descobertos. Em 1903, o Plano de Mármore foi reconstruído nos Museus Capitolinos e permaneceu em exposição no muro do jardim do [[Palácio dos Conservadores]] até 1924, quando foi recolhido em decorrências de novas avarias; permaneceram nas salas do Antiquário do [[Célio]]. Em 1931-1938, 1950, 1956 e 1999 novos fragmentos foram escavados. Em 1939, devido a construção dum túnel de estrada de ferro e a ameaça de instabilidade da sala onde os fragmentos estavam armazenados, eles foram levados de volta para os Museus Capitolinos, onde permaneceram até 1955, ano que foram transferidos para o [[Palácio Braschi]]. Em 1998, foram novamente transferidos, agora para o [[Museu da Civilização Romana]]. Em 2001, um novo fragmento foi descoberto durante a construção duma passagem subterrânea ao longo da [[Via das Lojas Escuras]], destinada a conectar-se próximo ao [[Museu da Cripta Balbi]]. Entre 2001-2002, alguns dos fragmentos foram exibidos separadamente no [[Coliseu]] e no [[Palácio Real (Milão)|Palácio Real]] em [[Milão]].<ref name=Stanford />