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'''Operação Barbarossa''' ({{lang-de|''Unternehmen Barbarossa''}}) foi o [[nome de código]] para a invasão da [[União Soviética]] pelas [[Potências do Eixo]], iniciada em 22 de junho de 1941, durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Foi projetada para alcançar os objetivos ideológicos da [[Alemanha nazista]] de conquistar a União Soviética ocidental para que ela pudesse ser repovoada pelos [[alemães]], de usar os povos [[eslavos]] como força de [[trabalho escravo]] para o [[esforço de guerra]] do Eixo e de aproveitar as reservas de petróleo do [[Cáucaso]] e os recursos agrícolas dos territórios soviéticos além disso forçar uma paz com a inglaterra e impedir um provável ataque soviético a europa.{{sfn|Rich|1973|pp=204–221}}
 
Nos dois anos anteriores à invasão, a Alemanha e a União Soviética assinaram pactos políticos e econômicos com propósitos estratégicos. No entanto, o [[Oberkommando des Heeres|Alto Comando Alemão]] começou a planejar uma invasão da União Soviética em julho de 1940 (sob o nome de código "[[Operação Otto]]"), o que [[Adolf Hitler]] autorizou em 18 de dezembro de 1940. Ao longo da operação, cerca de 4 milhões de soldados do Eixo, a maior força de invasão da história das guerras, invadiu a União Soviética ocidental ao longo de uma frente de 2.900 quilômetros de extensão. Além das tropas, a [[Wehrmacht]] empregou cerca de 600 mil veículos a motor e entre 600.000 e 700.000 cavalos. A ofensiva marcou uma escalada da guerra, tanto geograficamente como na formação da aliança dos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]].
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Enquanto a historiografia mais antiga tendia a enfatizar a noção de uma [[Wehrmacht]] "limpa", o historiador [[Jürgen Förster]] observa que "de fato, os comandantes militares foram apanhados no caráter ideológico do conflito e envolvidos na sua implementação como participantes voluntários."{{sfn|Förster|1988|p=21}} Antes e durante a invasão da União Soviética, as tropas alemãs foram fortemente doutrinadas com ideologia anti-bolchevique, antissemita e anti-eslava através de filmes, rádio, palestras, livros e folhetos.{{sfn|Evans|1989|p=59}} Ao relacionar os soviéticos às forças de [[Genghis Khan]], Hitler disse ao líder militar croata [[Slavko Kvaternik]] que a "raça mongol" ameaçava a Europa.{{sfn|Breitman|1990|pp=340–341}} Após a invasão, os oficiais da Wehrmacht disseram a seus soldados que alvejassem pessoas que eram descritas como "sub-humanos bolcheviques judeus", "hordas mongóis", "inundação asiática" e "bestas vermelhas".{{sfn|Evans|1989|pp=59–60}} A [[propaganda nazista]] retratou a guerra contra a União Soviética como uma guerra ideológica entre o [[Nazismo|nacional-socialismo alemão]] e o bolchevismo judeu e uma guerra racial entre alemães e judeus, [[ciganos]] e eslavos ''Untermenschen''.{{sfn|Burleigh|2000|p=512}} Comandantes do exército alemão apontavam os judeus como a principal causa por trás da "luta partidária".{{sfn|Kershaw|2001|p=466}} A principal política de orientação para as tropas alemãs era "onde há um partidário, há um judeu e onde há um judeu, há um partidário", ou "partidário é o que o judeu é".{{sfn|Kershaw|2001|p=467}}{{sfn|Förster|1988|p=28}} Muitas tropas alemãs viam a guerra sob os termos nazistas e consideravam seus inimigos soviéticos como sub-humanos.{{sfn|Förster|2005|p=127}}
 
Depois que a guerra começou, os nazistas emitiram uma proibição de relações sexuais entre alemães e trabalhadores escravos estrangeiros.{{sfn|Majer|2003|p=180}} Havia regulamentos promulgados contra o ''[[Ostarbeiter]]'' ("trabalhadores orientais") que incluía a [[pena de morte]] para relações sexuais com um alemão.{{sfn|Gellately|1990|p=224}} [[Heinrich Himmler]], em seu memorando secreto, ''Reflexões sobre o Tratamento dos Povos das Raças Estrangeiras no Oriente'' (datado de 25 de maio de 1940), delineou os planos futuros para as populações não alemãs no Oriente europeu.{{sfn|Himmler|1940|pp=147–150}} Himmler acreditava que o processo de [[germanização]] na Europa Oriental seria completo quando "no Oriente habitar apenas homens com sangue verdadeiramente alemão e germânico".{{sfn|Mazower|2009|p=181}}
 
O plano secreto nazista ''[[Generalplan Ost]]'' ("Plano Geral para o Oriente"), que foi preparado em 1941 e confirmado em 1942, pedia uma "nova ordem de relações etnográficas" nos territórios ocupados pela Alemanha nazista na Europa Oriental. O plano previa [[limpeza étnica]], execuções e escravização da maioria esmagadora das populações das áreas conquistadas com porcentagens variadas muito pequenas das várias nações conquistadas que sofreram germanização, expulsão aos confins da Rússia e outros destinos. O efeito líquido deste plano seria assegurar que os territórios conquistados fossem germanizados. Foi dividido em duas partes: o ''Kleine Planung'' ("pequeno plano"), que abrangeu as ações a serem tomadas durante a guerra, e o ''Große Planung'' ("grande plano"), que abrangia ações a serem realizadas após a guerra ser conquistada, a ser implementado gradualmente ao longo de um período de 25 a 30 anos.{{sfn|Rössler|Schleiermacher|1996|pp=270–274}}