Filosofia helenística: diferenças entre revisões

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== Escolas helenísticas ==
=== Ceticismo ===
{{Artigo principal|Ceticismo}}
[[Imagem:Petrarca-Meister 001.jpg|thumb|[[Pirro de Élis]], imagem retratando uma anedota contada por [[Sexto Empírico]]. Ao alcançar a ''ataraxía'', o filósofo manter-se-ia sereno e impassível]]
 
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=== Epicurismo ===
[[Imagem:Busto di epicuro, da villa papiri ercolano, copia romana da orig. del 250 ac. ca, MANN.JPG|miniaturadaimagem|[[Epicuro|Epicuro de Samos]]]]{{Artigo principal|Epicurismo}}
 
O epicurismo surge como uma doutrina diferenciada, em um contexto em que a filosofia costumava preocupar-se com os aspectos subjetivos e mais abstratos. [[Epicuro]] rejeita qualquer conhecimento que provenha de algo transcendente aos sentidos e afirma que a felicidade está ao alcance do homem através dessa filosofia voltada à verdade, distanciada do divino e ligada a uma noção mecânica do universo. Epicuro teria nascido em meio à [[História de Atenas|cultura ateniense]] - assim, sua filosofia pode ser entendida como essencialmente grega.<ref>Petit, 1987, p. 93</ref> Existiriam no epicurismo três características básicas: um [[atomismo]] descendente de [[Demócrito]], que permitiria a Epicuro explicar que o universo era formulado em princípio pela [[matéria]] (além de uma outra realidade, invisível, intangível) e que a alma seria mortal; a crença na indiferença dos deuses, posto que existiriam mas, uma vez que teriam atingido a felicidade, não viveriam com o propósito de dar forma ou reger o universo; e uma noção fixa acerca dos sentidos, considerando-os verdadeiros caminhos para a compreensão da verdade e o alcance do bem, sendo o bem aqui entendido por prazer.<ref>Abbagnano, 2014, p. 390</ref> Esse prazer seria, em última instância, a ausência de perturbação, ou seja, a ''ataraxía''. A verdade traduzida por aquilo que estava ao alcance do homem seria, então, o caminho para a felicidade e para a liberdade.
 
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=== Estoicismo ===
[[Imagem:Zeno of Citium Zapf.jpg|miniaturadaimagem|[[Zenão de Cítio]]]]{{Artigo principal|Estoicismo}}
 
O estoicismo também se formou com influências das correntes de pensamento anteriores. Uma de suas máximas era algo já defendido pelo megáricos, que era a negação, ou ao menos a contestação, à noção de uma multiplicidade universal ou de constantes mudanças no cosmos.<ref>Abbagnano, 2014, p. 758</ref> Com essa simples característica, nota-se a famosa distinção entre estoicismo e epicurismo,<ref>Chauí, 2010, p. 113</ref> na medida em que o primeiro lida com uma ideia de universo e de divindade totalmente ligada a uma unidade (seria o mundo, um só, por exemplo, e o divino, uma força imanente na natureza, da qual seriamos parcelas menores<ref>Chauí, 2010, p. 115</ref>), enquanto que o segundo dedica-se à crença das constantes transformações dos átomos e da multiplicidade de mundos<ref>Chauí, 2010, p. 99</ref>.
 
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=== Cinismo ===
[[Imagem:Antisthenes bust.jpg|200px|miniaturadaimagem|Antístenes, um discípulo de Sócrates, fundador da escola cínica]]{{Artigo principal|Cinismo}}
 
O [[cinismo]] (do grego ''κυνικός'', canino) era uma seita [[ascética]] de filósofos começando com [[Antístenes]] no {{-séc|IV}} e até o {{+séc|V}}, ou seja, começou no período clássico, mas persistiu por todo o período helenístico. Eles defendiam que se deve viver uma vida de virtude, de acordo com a natureza, rejeitando todos os desejos convencionais de riqueza, poder político, força ou fama e viver uma vida livre de posses. O nome cinismo, é referência ao estilo de vida dos cachorros (''kynos''). Cultuavam a indiferença, a falta de pudor e culpa, mas cultivando amizades e expulsando seus inimigos.<ref>Scholium on Aristotle's Rhetoric, quoted in Dudley 1937, p. 5</ref>
 
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=== Platonismo ===
[[Imagem:Arcesilaus and Carneades.jpg|miniaturadaimagem|Arcesilau e Carneades]]{{Artigo principal|Platonismo}}
 
[[Platonismo]] é o nome dado à filosofia mantida e desenvolvido pelos seguidores de [[Platão]]. O conceito central foi a [[teoria das formas]]: o [[Transcendência (filosofia)|transcendente]], possui [[arquétipo]]s perfeitos, dos quais objetos no mundo cotidiano são cópias imperfeitas. A forma mais elevada foi a [[Forma do Bem]], a fonte do ser, que só pode ser conhecida pela [[razão]].