Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 48:
Em Portugal o processo inicia-se com [[Filipe II de Espanha|Filipe II]], que cria a Aula do Risco do [[Paço da Ribeira]] em 1594; o ensino das artes percorre depois várias etapas, que conduzirão, em 1836, após a vitória das [[Guerra Civil Portuguesa|forças liberais de D. Pedro e de sua filha D. Maria II]], à criação das Academias de Belas-Artes em Lisboa e no Porto (Decretos de 25 de Outubro e de 22 de Novembro respetivamente). Com funções honoríficas, culturais e pedagógicas, a Academia de Belas Artes de Lisboa foi instalada no antigo [[Convento de São Francisco da Cidade|Convento de S. Francisco]], [[Chiado]], que nessa altura revelava ainda sequelas do devastador [[Terramoto de 1755|terramoto que arrasou a cidade de Lisboa em 1755]] (é nesse vasto conjunto arquitetónico que ainda hoje está sediada a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa).<ref name="FBAUL" /><ref name="Torre do Tombo">{{citar web|URL=http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4601727|título=Academia Nacional de Belas-Artes de Lisboa|autor=|data=|publicado=Arquivo Nacional Torre do Tombo|acessodata=08-02-2018}}</ref>
 
Nascida com um atraso de quase três séculos relativamente às academias [[Século XVI|quinhentistas]] fundadas em Itália e de dois séculos no que toca à Académie Royale de Peinture et Sculpture de Paris (1648), a Academia de Belas Artes de Lisboa tinha por objetivo «promover a civilização geral dos portugueses, difundir por todas as classes o gosto do belo», e também «proporcionar meios de melhoramento aos ofícios e artes fabris», atendendo assim pela primeira vez e de acordo com modelos internacionais, à qualidade artística dos «artefactos» de uma indústria que despontava. As várias vertentes do ensino – que abarcava os domínios do desenho, da pintura, da escultura e da arquitetura civil –, seriam asseguradas pelospor docentes disponíveiscom aptidões e conhecimentos predominantemente modestos (muitos dos quais provenientes das obras do [[Palácio da Ajuda ]]), visto à época não existirem figuras de destaque no panorama artístico português em geralcondições compara aptidõesexercer essas funções (a [[Domingos Sequeira]], então muito diminuído e conhecimentosem modestostermo de vida, vistoseria àapesar épocade nãotudo existiremdado figuraso quetítulo sehonorário destacassemde nodiretor panoramada artísticonova portuguêsAcademia).<ref>[[José-Augusto França|França, José Augusto]] (1991). ''História da Arte em Portugal: o Pombalismo e o Romantismo''. Barcarena: Editorial Presença, 2004, pp. 61, 80, 83-88. ISBN 972-23-3154-X</ref>
 
Alguns anos mais tarde a situação tinha evoluído, acentuando-se a relação entre a elite da arte portuguesa e a Academia. Segundo Margarida Calado, a partir de meados do século XIX e até à [[Implantação da República Portuguesa|implantação da República]], os artistas portugueses mais destacados "estudaram e/ou foram docentes na Academia e Escola de Belas Artes".<ref name="Calado">{{citar web|URL=http://repositorio.ul.pt/handle/10451/9153|título=Da Academia à Faculdade de Belas Artes|autor=[[Margarida Calado]]; Hugo Ferrão|data=2013|publicado=|acessodata=12-02-2018}}</ref>