Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa: diferenças entre revisões

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Em 1862 a Academia passa a ser designada por Academia Real de Belas-Artes. Em 1881, uma reforma no ensino artístico ratifica algumas inovações curriculares entretanto introduzidas e é efetivada a separação entre a Escola de Belas-Artes de Lisboa, com fins didáticos, e a Academia Real de Belas-Artes propriamente dita, com fins culturais. As duas instituições permanecem, no entanto, estreitamente ligadas e o ensino mantém-se fiel a princípios académicos [[Século XIX|oitocentistas]]. Com a reforma de 1881 o ensino na Escola de Belas Artes passa a distribuir-se por vários cursos: o Curso Geral de Desenho, seis Cursos Especiais (Arquitetura Civil, Pintura Histórica, Pintura de Paisagem, Escultura Estatuária, Gravura a talho doce e Gravura em madeira), o curso Industrial ou de Belas Artes com aplicação às artes industriais (que pode considerar-se como um precursor dos cursos de [[Design]]) e ainda um curso noturno de Desenho para operários.<ref name="FBAUL" /><ref name="Torre do Tombo" /><ref>Lisboa, Maria Helena – ''As Academias e Escolas de Belas Artes e o Ensino Artístico (1836-1910)''. Lisboa; Edições Colibri - IHA/Estudos de Arte Contemporânea, FCSH – Universidade Nova de Lisboa, 2007, p. 66.</ref>
 
Na sequência da implantação do [[Implantação da República Portuguesa|regime republicano]], em 2011 a Academia é extinta, sucedendo-lhe o Conselho de Arte e Arqueologia (a Academia seria restaurada em 1932<ref>{{citar web|URL=http://academiabelasartes.pt/|título=Academia Nacional de Belas Artes: História|autor=|data=|publicado=Academia Nacional de Belas Artes|acessodata=24-02-2018}}</ref>); é efetuada uma reforma do ensino na Escola de Belas-Artes, cujo regulamento seria publicado apenas em 1925, marcando a real efetivação da instituição. A reforma seguinte, de 1932, ocorre no momento de consolidação do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] e não introduz alterações de fundo no sistema pedagógico em vigor (que na essência permanece fiel a valores académicos), mas apenas uma reorganização curricular e novas regras de admissão, para a qual passam a ser exigidos títulos [[Ensino secundário|liceais]] e não apenas a [[instrução primária]]. É criado o Curso Superior de Arquitetura.<ref name="FBAUL" /><ref name="França">França, José Augusto – ''A Arte em Portugal no Século XX: 1911-1961'' [1974]. 3ª ed. Lisboa: Bertrand Editora, 1991, pp. 462, 463. ISBN 972-25-0045-7</ref>
 
A partir de 10 de Junho de 1950 a Escola de Belas-Artes passa a denominar-se Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL) sendo ministrados os cursos de Pintura, Escultura e Arquitetura. Em 1957 uma nova reforma iria criar grande expectativa nas pessoas ligadas à arte e à arquitetura; apesar das alterações introduzidas essa expectativa fica em parte frustrada, devido às "contradições inevitáveis dos programas e das mentalidades" num país distante dos grandes centros europeus e ainda alheio à vivência [[Democracia|democrática]].<ref name="FBAUL" /><ref name="França" />