Antropocentrismo: diferenças entre revisões
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O termo tem duas aplicações principais. Por um lado trata-se de um lugar comum na [[historiografia]] qualificar como antropocêntrica a cultura [[Renascimento|renascentista]] e moderna, em contraposição ao [[teocentrismo]] da [[Idade Média]]. A transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva [[filosofia|filosófica]] e [[cultura]] centrada em [[Deus]] a uma outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por numerosos autores que buscaram mostrar a continuidade entre a perspectiva medieval e a renascentista.
Por outro lado, e em um contexto moderno, se denomina antropocentrismo as doutrinas ou perspectivas intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as peculiaridades da espécie
Pode ser visto, então, num sentido pejorativo, significando uma desvalorização das outras espécies no planeta, estando então associado à degradação ambiental, visto que a natureza deveria estar subordinada ao seres humanos
Em contraste, portanto, pode-se alegar que o ponto de vista mencionado anteriormente, estaria se baseando numa interpretação efêmera dos textos bíblicos, que foram escritos em épocas onde o sentido central de determinada palavra como "domínio" tinha outro significado, que nesse caso não era o de tratar com desprezo como entendemos hoje, mas de zelar, cuidar com autoridade. Nesse novo ponto de vista podemos afirmar que o contexto bíblico trata na realidade do caminho contrário ao antropocentrismo, considerando que a espécie humana deve cuidar das espécies menos favorecidas de razão e consciência. Além disso, pode-se alegar também que na realidade a versão bíblica, religiosa e medieval em geral não sejam exatamente antropocêntricas porque colocam Deus, e não o homem, no centro do universo, e ainda que isto sirva aos propósitos existenciais humanos, não se tem necessariamente o ser humano como centro, mas apenas como beneficiado por aquele considerado como centro, nesse caso, Deus.
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