Guerra Colonial Portuguesa: diferenças entre revisões

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Já no que concerne ao inimigo, a táctica era criar um fosso entre os guerrilheiros e a população, tentando criar uma má imagem daqueles junto desta; tentava-se, ainda, apelar à sua rendição garantindo-lhes toda a ajuda. Por seu lado, as forças independentistas dirigiam-se às populações com ideais de justiça, paz, independência e auto-determinação.<ref name=gc133/>
 
Em termos internos, as tropas portuguesas também agiam junto dos seus homens reforçando-lhes o moral transmitindo-lhes a ideia de que o que combatiam era uma causa justa, recorrendo-se da exaltação patriótica.<ref name=gc133/> No início do conflito, Portugal não estava preparado, ao nível social e legislativo, para dar apoio em caso de morte, ou ferimento, dos militares, nem das suas famílias.<ref name=gc150>{{citar web|url=http://www.guerracolonial.org/index.php?content=150|publicado=Guerracolonial.org|título=Guerra Colonial 1961-1974: O correio durante a Guerra Colonial - Organizações femininas - Apoio Moral|língua=|autor=|data=|acessodata=7 de Dezembro de 2011}}</ref> É aqui que entra o [[Movimento Nacional Feminino]] (MNF)<ref name=visao9293>{{harvnb|Revista ''Visão''|2011|pp=92-93}}</ref> e a Secção Feminina da [[Cruz Vermelha Portuguesa]] (CVP). O MNF e a CVP, foram duas organizações que tiveram uma forte influência entre os militares portugueses utilizando a figura da mulher para, moralmente, os fortalecer e suprimir, de algum modo, as ditas falhas sociais e legislativas. Organizavam vários eventos como a festa de Natal, visita de artistas, a angariação das ''[[Madrinha de guerra|madrinhas de guerra]]'' para troca de correspondência entre os soldados, apoio a feridos e envio de lembranças.<ref name=gc246>{{citar web|url=http://www.guerracolonial.org/index.php?content=246|publicado=Guerracolonial.org|título=Guerra Colonial 1961-1974: Manobra das Populações-Psico - Planos de Acção Psicológica|língua=|autor=|data=|acessodata=7 de Dezembro de 2011}}</ref> A acção destas duas instituições iria ter um papel importante junto do governo português no que diz respeito a novas leis e normas sobre os feridos em combate, as suas pensões e apoio às famílias dos mortos.<ref name=gc150/>
 
Em Portugal, a Acção Psicológica, e toda a sua organização, só teve início em 1963, integrada na contra-informação; nos anos seguintes, com o desenrolar da guerra, esta acção passou a fazer parte do Secretariado-Geral da Defesa Nacional, no Serviço de Informação Pública das Forças Armadas.<ref name=gc246/>