Dissolução da União Soviética: diferenças entre revisões

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Percebendo a importância de Gorbatchev para a estabilidade da nação, naquele momento, Ieltsin prometeu o apoio da República russa ao novo plano. Enquanto isso, os líderes ocidentais também davam sinais de uma clara preferência pela permanência de Gorbatchev no poder, embora demorassem a assumir o compromisso de uma ajuda econômica mais efetiva à União Soviética. O agravamento da situação econômica era justamente o que tornava mais delicada a posição de Gorbatchev. Decididamente, o povo soviético tinha perdido a paciência com os problemas econômicos, que se manifestavam na vida diária de cada cidadão. A desorganização da economia era visível nas prateleiras vazias dos supermercados e nas filas intermináveis para comprar os produtos mais corriqueiros, como sabonete ou farinha de trigo.
 
Aprovado o plano de mudanças, faltava ainda conseguir a assinatura do Tratado da União com todas as repúblicas. Mas em 1º de dezembro de 1991 a situação se precipitou com a consolidação da independência da Ucrânia, aprovada em plebiscito por 90% da população. Uma semana depois, numa espécie de golpe branco contra Gorbatchev, os presidentes das repúblicas da Rússia, Ucrânia e Bielo-RússiaBielorrússia, reunidos na cidade de Brest (Bielo-RússiaBielorrússia), criaram a Comunidade de Estados Independentes (CEI), decretando o fim da União Soviética. Diante disso, [[James Baker]], secretário de Estado norte-americano, declarou: “O Tratado da União, sonhado pelo presidente Gorbatchev, nunca esteve tão distante. A União Soviética não existe mais”. De fato, em 17 de dezembro Gorbatchev foi comunicado de que a União Soviética desapareceria oficialmente na passagem de Ano Novo. No dia 21 de dezembro, os líderes de 11 das 15 repúblicas soviéticas reuniram-se em [[Almaty|Alma -Ata]], então capital do [[Casaquistão]], para referendar a decisão da Rússia, Ucrânia e Bielo-RússiaBielorrússia e oficializar a criação da Comunidade de Estados Independentes ([[Comunidade dos Estados Independentes|CEI]]) e o fim da [[União Soviética]].
 
== Repúblicas ==
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Constitucionalmente, a União Soviética era uma [[federação]] das Repúblicas Socialistas Soviéticas (RSSs) e da [[República Socialista Federativa Soviética da Rússia]] (RSFSR), embora a regra do altamente centralizado [[Partido Comunista]] soviético fez federalismo meramente nominal. O Tratado sobre a criação de a URSS foi assinado em dezembro de [[1922]] por quatro repúblicas da fundação, a RSS da [[Rússia]], RSS da [[Transcaucásia]], RSS ucraniano e RSS bielorrussa. Em 1924, durante a delimitação nacional na Ásia Central, as RSSs do Uzbequistão e o Turcomenistão foram formadas a partir de partes do Turquestão, das ASSR do RSFSR e duas dependências Soviética, a [[Corásmia (província)|Corásmia]] e RSS [[Bucara]]. Em 1929, o [[Tadjiquistão]] foi dividido a partir da RSS do [[Uzbequistão]].
 
Com a Constituição de 1936, os constituintes da República Socialista Federativa Soviética da Transcaucásia, ou seja, da RSSs da Geórgia, Arménia e Azerbaijão, foram elevada à repúblicas da União, enquanto o [[Cazaquistão]] e Quirguistão foram separados da RSFS da Rússia. Em agosto de 1940 a União Soviética formou o RSS da [[Moldávia]] a partir de partes da RSS da [[Ucrânia]] e partes da [[Bessarábia]] anexouanexadas da [[Roménia]], bem como anexoanexou os [[Estados bálticos]], a [[Estónia]], [[Letónia]] e da [[Lituânia]]. A RSS Carélio-Finlandesa, foi dividido a partir do RSFSR março de 1940 e incorporada em 1956. Entre julho de 1956 e setembro de [[1991]], havia 15 repúblicas na União Soviética (ver mapa abaixo).
 
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